27/05/2025

O mal do nosso tempo


A resistência e a luta contra as progressões das iniquidades do nosso tempo, abundantemente vistas nos poderes do nosso país, seriam menos difíceis e desgastantes se houvesse fraternidade, união de forças com aqueles que partilhamos a fé e a confiança nos mesmos princípios e, principalmente, no mesmo Senhor. A fraternidade dos crentes é otimizadora de virtudes, é fonte de refrigério, é bálsamo, é um meio eficaz de renovação das forças e de preparação para as batalhas justas com a segurança de que se está fazendo a coisa certa no seu breve tempo em que se vive na história.

Contudo esse nosso fragmento da história também é marcado não apenas pela decadência dos políticos, mas também por um tipo de cristianismo que é predominante e que é bastante apático e confuso, e não porque essa seja a natureza da fé no Senhor, mas sim porque os cristãos do nosso tempo são excessivamente mundanos, eles corromperam a sua fé pessoal e compartilhada numa mistura de convicções deturpadas, com suas leituras dos textos bíblicos poluídas por interesses pessoais, por ambições e com muitas reservas nas disposições de crer e de fazer o que a Bíblia claramente ensina para preservarem suas vidas duplas, seus desejos iníquos, seus desejos por primazia, sua estupidez pretensiosa de pensar que o Todo-Poderoso se sujeitaria às agendas dos homens e às suas corrupções, presunções e blasfêmias. Em suma, grande parte do que parece ser cristianismo é apenas o resultado de um grande bolo fermentado que cresceu, porque jogaram ao longo de anos muito fermento na massa que deveria formar um pão ázimo, um pão puro destituído de fermento, mas que agora é apenas um agigantamento deformado que pouco, ou nada, tem a ver com a verdadeira fé no Senhor Jesus e com o que deve ser a sua verdadeira igreja. O que vemos, tão destacadamente, são impérios religiosos liderados por homens pervertidos, amantes de si mesmos, gente detestável, repugnante, idólatra do deus-dinheiro e das suas ambições que blasfemam sistematicamente do Senhor na medida em que cooptam legiões de seguidores que também desenvolvem um tipo de fé adulterada, impura, miscigenada, poluída, sincrética, descaracterizada, cheia de misticismos e infiel ao Senhor - apesar de mencionarem o seu nome Santo e impoluto e de lerem as Escrituras repetidamente. Seus cultos são espetáculos teatrais feitos em palcos que dependem de música e de estímulos fabricados, seus ministros são atores preocupados com a sua desenvoltura e com o seu estatus, seus líderes são homens soberbos, são pessoas abjetas que manipulam seus rebanhos como se fossem senhores feudais ostantadores de luxos, seus frequentadores são ensinados seletivamente e de modo que sejam mantidos na subserviência, porque conhecer bem a fonte primária da fé, as Escrituras, é um perigo para líderes que querem manter seus rebanhos na dependência de quem controle suas consciências. Por isso o Deus da Verdade continua sendo tratado por esses corruptores da fé como se continuasse escondido da comunidade dos crentes pelo véu da separação, uma linha divisória que só pode ser administrada pelos ministros, os novos sacerdotes de um subtipo da fé cristã que está pulverizado em muitas subformas de cristianismos vistos em múltiplas igrejas onde cada líder cria a sua própria versão de espiritualidade e o seu próprio ideal de Jesus. Nas deturpações não existe unidade, não se vê nessa pluralidade "uma só fé, um só corpo e um só espírito", o que se vê é confusão e jogos de interesses. É cegueira. Mas Cristo é a Luz, sua Palavra é Luz para o nosso caminho e nEle não andamos em trevas. O que está acontecendo então? Por que tamanho disparate? Por causa da corrupção dos homens. Por causa das suas rebeliões contra o Senhor. Eles manipulam a Palavra, eles a adulteram para que ouçam apenas o que suas presunções querem ouvir. Eles agem contra o Senhor porque o detestam, mas querem suas bênçãos, querem o céu. Então eles mentem para si mesmos tentando condicionar o Senhor às suas concupiscências. Mas Deus não é como o ídolo da garrafa que pode ser aprisionado pelas presunções dos homens e acessado quando eles quiserem para atender aos seus desejos como quem aperta um botão de liga-desliga. Deus é Soberano, o Todo-Poderoso, e quem o homem pensa ser diante da sua magnitude? Pensam que podem se assenhorar da Igreja e fazer dela o que quiserem? Pensam que podem usar o seu Santo Nome em vão para mentirem, perverterem a verdade e engrandecerem a si mesmos? Deus resiste aos tais! Não há bençãos de Deus nas bocas dos falsos profetas. Não há nada de Cristo em falsos pastores e falsos mestres, esses lobos são anticristos a serviço da corrupção e da apostasia. Não há luz da verdade na mentira, não há salvação no falso Evangelho e não há glória de Cristo onde a decadência humana é glorificada na suntuosidade dos hipócritas e dos perversos. 

Então, com luzeiros apagados porque os homens se enganam e entretém a si mesmos com luzes falsas, incapazes de fazerem o que somente a pureza da verdade faria, dá-se que o mundo esteja mergulhado em trevas. Não há luz, pois quem deveria portá-la se omite ou a suprime, assim como o sal abundante mostra-se insípido, ineficaz, e então as carnes mortas no derredor estão em acelerada putrefação, pois não há sal, e o que temos é um subproduto desprezível digno de ser pisado pelos homens, subjugado.

O mundo decadente assim é porque os homens são amantes de si mesmos. São devotos dos seus pecados, não de Deus. E no distanciamento da verdade multiplicam-se os efeitos diversos da mentira, a corrupção, a degradação do pecado. E não tem como ter fraternidade quando a estupidez é celebrada e o mal atenuado por disfarces.

Mas, graças a Deus, ainda que todo o mundo sucumba nas múltiplas formas de mentiras, nada podemos contra a verdade. Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso, e, Deus sempre manterá um remanescente fiel. Os remidos pelo Senhor nunca estarão sozinhos, ainda que vez por outra se sintam assim. Dentre os inúmeros covardes sempre despontarão os fiéis do Senhor Jesus e a fraternidade dos crentes, a Igreja, segue em marcha triunfal até o fim, mesmo que às vezes subsista em pequeninos rebanhos do Supremo Pastor.

O mal virá ao nosso tempo como efeito justíssimo que Deus imporá sobre as legiões de réprobos e de apóstatas. Mas Cristo também virá, em breve, para impor o seu juízo e as glórias na eternidade aos Seus, porque Ele é digno.

22/05/2025

Pandemia de IA


 Pandemia de IA

Suspeito que os entusiastas da Inteligência Artificial são os medíocres que desejam os atalhos que essa trapaça digital fornece para galgarem prestígio através de facilitações falseadoras. É a normatização do personagem "Síndrome", da genial animação "Os Incríveis", em que o garoto "Bochecha" queria ser super-herói, mas que era frustrado por não ter os dons necessários para isso, e então recorreu às artificialidades tecnológicas para forjar poderes que jamais teve para potencializar suas ambições perversas. É um modismo semelhante aos atletas masculinos medíocres que vêem na transexualidade a oportunidade para se destacarem nos esportes femininos. É a glorificação da trapaça.

Eles não criam de fato, mas surfam no artifício facilitador da IA que parece criar imagens, mas que apenas se baseia no amplo arsenal armazenado nos bancos de dados da internet que foi formado por criadores de fato, num portfólio de imagens feitas por desenhistas, pintores e fotógrafos reais que caíram na inevitável cilada de prover o monstro que se alimenta do que produziram e que os consome feito um predador insaciável para, a partir desse banco de dados, ser praticado um novo tipo de pirataria refinado por sanguessugas, um tipo pragmático de geração de imagens que é desleal, banalizador e espúreo, um aperfeiçoamento do "Ctrl+C/Ctrl+V", a celebração do plágio praticado com a consciência limpa do plagiador, o descaramento na quebra do 8° Mandamento divino "Não furtarás" (Êxodo 20: 15) - o Estúdio Ghibli, e muitos outros artistas, têm sido amplamente furtados em suas criações pelo parasitismo plagiador da IA e dos seus entusiastas - e essa normatização de injustiças na imposição de um pragmatismo predatório é castradora de virtudes como a inteligência e a criatividade. O homem está sendo robotizado, coisificado, desumanizado.

E assim, as tecnologias têm o efeito colateral de dar proeminência aos burros. O "Síndrome" acredita ser super-herói verdadeiro assim como o nadador olímpico de 3a categoria que agora acredita ser "campeã legítima" na modalidade feminina. Eles pensam que conhecem o que manipulam, mas não conhecem coisa alguma de fato. Basta desligar o computador da tomada e será revelado que essa horda de entusiastas não é capaz de fazer coisa nenhuma. Eles não detém conhecimentos e habilidades, eles apenas foram treinados para apertar botões como alguns chimpanzés que pensam ser Michelangelo, e essa patetice faz parte do grande castelo de areia que é esse nosso sistema mundano que caminha a passos largos para a ruína.

Certamente ferramentas como a IA podem ser - e são - instrumentos muito úteis nas mãos certas, assim como um computador potente e bem equipado amplia, e muito, o trabalho de alguém. Porém a IA também pode fazer com que músicos medíocres "criem" sinfonias (e isso se utilizando de obras feitas por outras pessoas), faz com que conhecedores rasos de alguma ciência pareçam ser Einstein, que gente que não sabe folhear uma Bíblia pareça ser um erudito nas coisas de Deus - ah, certamente essas e outras falsificações e facilitações tecnológicas já estão ocupando o lugar, inclusive, da verdadeira espiritualidade e do próprio Deus em muitas abordagens pragmáticas, configurando, assim, em formas recauchutadas da velha idolatria.


Isso ⬆️ é muito preocupante.
Bem-vindos à Skynet!

Veja também:

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2024/03/uma-nova-revolucao-tecnologica.html

16/05/2025

Pavimentação do caminho do Anticristo?

 

https://www.infomoney.com.br/business/global/jovens-ja-nao-tomam-decisoes-de-vida-sem-perguntar-ao-chatgpt-diz-sam-altman/

A multiplicação da tecnologia está estupidificando o homem, condicionando a humanidade a uma padronização nunca antes vista.

Antes sabíamos resolver problemas, sabíamos criar. Hoje apertamos alguns botões e consultamos oráculos como o Google ou a IA numa conexão global artificial entorpecedora e aleijante. Parece que os conhecimentos se multiplicam junto com as facilidades, mas nós não os possuímos, de fato. Tudo o que temos é um grande catálogo para acessar uma grande nuvem que não foi transformada em conhecimento próprio, porque nossas mentes apenas vagam. Se houver um colapso de energia ou de internet, em poucos dias ou meses retornaríamos à idade da pedra.

A civilização tornou-se presa fácil para um mal que está por vir e o grande experimento social global da pandemia foi apenas um tira-gosto do que nos virá em breve.

A padronização é necessária para um governo central usurpador das consciências e das almas das pessoas e, ao que parece, isso não está tão distante. Todo tirano é um tipo de deus para o seu povo desalmado.

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São 3 os principais sinais que antecedem a volta do Senhor Jesus Cristo glorificado, nos ares, no grande Dia que não pode ser previsto, para tomar sua igreja para si, acabar com este mundo e o sistema de coisas maculado pelo pecado e condenar todos os réprobos ao inferno:

  • A pregação do Evangelho por todo o mundo;
  • A apostasia de grande parte da cristandade;
  • A vinda do Anticristo.

Esses 3 sinais são permeados por outras evidências recorrentes: guerras, pestes, tragédias naturais, diversos anticristos e o constante embate entre a Verdade do Evangelho contra as muitas formas de mentiras e corrupções.


Leia também:

Sinal de alerta para a Inteligência artificial

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/03/sinal-de-alerta-para-inteligencia.html

14/05/2025

Viralatagem


Desbravar é para poucos.

"Viralatagem", um comportamento muito comum que ocorre quando um sujeito se insurge contra o sistema corrupto de onde reside, e estufa o seu peito, fala grosso, despeja impropérios e faz as malas para ir embora desse lugar decadente pisando duro. Mas poucos passos depois ele dá a meia volta para praticar mendicância e bajulações àqueles a quem antes criticou simplesmente porque não teve coragem nem disposição para sustentar o seu posicionamento e encarar o longo caminho da integridade. Ele olhou para a estrada adiante e enfiou seu rabinho entre as pernas trêmulas, decidindo ficar no lugar de vergonha que considerou ser mais seguro do que as incertezas e desafios que teria pela frente. 

Ameaças de coragem sem consistência nem perseverança é ser e praticar apenas um "quase" que capota miseravelmente e que termina reforçando o que deveria ser combatido. Essa é a vergonha do desertor.

"Mas, quanto aos medrosos (ou covardes), e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte."

(Apocalipse, 21: 8)

11/05/2025

Justificação pela fé


Pregação feita no culto da Capelania Evangélica do Hospital São Paulo sobre a nossa justificação pela fé no Senhor Jesus, baseada em Romanos capítulo 5.

Feliz dia das mães!

Minha mãe, Joana, e eu 

Feliz dia das mães!

Segue uma consideração bíblica sobre o papel das mães sob a óptica de Deus:

Desde o início dos tempos, e da Bíblia, a figura da mãe sempre teve muita importância para Deus e para o seu plano redentor. O nome Eva, a primeira mulher, aquela que foi feita para ser a companheira idônea de Adão, o primeiro homem, significa “mãe de todos os viventes”. O pecado original foi cometido por Eva e seu marido, definindo o destino de toda a sua descendência, assim como a subsequente promessa de redenção feita por Deus (Genesis 3: 15 - texto conhecido como “proto-evangelho”) que também envolve uma mulher e o seu descendente, na primeira profecia bíblica sobre a obra redentora que foi realizada muitos milhares de anos depois pelo Senhor Jesus. É muito interessante o destaque que Deus deu à figura da mulher/mãe nessa profecia, pois foi através da linhagem de descendentes, especialmente enfocado nos dramas vividos por muitas mães de fé, que o plano da redenção se desdobrou ao longo da história de Israel no Antigo Testamento até o cumprimento da promessa com a vida e a obra do Senhor Jesus Cristo.

São muitas as histórias bíblicas que enfocam os dramas de mulheres piedosas que anseiam por filhos ou que foram duramente provadas para garantir-lhes sobrevivência. Muitas vezes elas eram sofredoras e injustiçadas, mas suas histórias foram marcadas por profundas experiências de fé, numa tipologia reincidente que mostra a importância da maternidade como missão elevada.

Na Bíblia, onde encontramos a revelação fiel e perfeita da vontade de Deus, a missão sublime da mulher é a de ser mãe - uma verdade encontrada em diversos relatos bíblicos, incluindo Sara (a maternidade milagrosa de Isaque), Agar (a injustiçada mãe de Ismael, que não foi desamparada por Deus), Rebeca (mãe de Jacó e de Esaú), Lia (a desprezada por Jacó que foi abençoada por Deus com fecundidade), Raquel (a estéril que gerou aquele que se tornaria governador do Egito, um tipo que aponta para o salvador de Israel), Joquebede (mãe de Moisés, que conseguiu salvar o seu filho da morticínio decretado por Faraó de todos os meninos hebreus), a mulher estéril que gerou Sansão, Noemi (a mulher que se manteve piedosa em seu sofrimento e cuja sabedoria mudou o destino da sua nora, Rute), Ana (a mulher que sofria por ser estéril e que se alegou no Senhor quando foi abençoada com o seu filho Samuel), a viúva de Sarepta, a idosa e estéril Isabel (mãe de João Batista) e a jovem virgem Maria (mãe do Senhor Jesus).

Esse padrão da maternidade impossível, ou com sofrimentos, é cantada por Isaías 54:

Canta, alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta de prazer com alegre canto, e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da desolada, do que os filhos da casada, diz o Senhor.” - pois aponta, como modelo, para a história do povo de Deus vistos na história de Israel e da Igreja, tida como a noiva de Cristo (Efésios 5: 23).

E esse ministério sublime que foi dado por Deus às mulheres/mães que é evidenciado em toda a Bíblia, está resumido no final de 1 Timóteo 2, onde o Apóstolo Paulo nos ensina que a missão da mulher, em contraste com o pecado de Eva, é a maternidade:

salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no amor e na santificação com bom senso.”


Nesse ministério sublime - o de ser mãe - o ministério do marido/pai é o de ser protetor, o pastor desse pequeno rebanho, o garantidor de que a missão ordenada por Deus se concretize em fidelidade ao Senhor. Por isso, na Bíblia, NÃO existem modelos diferentes do único modelo ordenado: homem/mulher unidos no casamento e feitos uma só carne (indivisíveis) e recebendo o ordenamento de Deus de saírem da casa da sua parentela para formarem uma nova família sob a Aliança estabelecida por Deus. Sendo assim, um pai que abandona/repudia a mulher que gerou um filho repudiou também ao seu filho, pois não existem modelos bíblicos que legitimem essa opção de comportamento tão carregada de covardia e de egoísmo. Cristãos negam a si mesmos, são leais, homens crentes seguem o modelo de Cristo e nunca desamparam o seu rebanho, eles acatam as instruções bíblicas. Quem age de forma diferente dos padrões bíblicos é um desertor, um apóstata, um infiel, pois não existe nenhuma base bíblica que legitima tamanha covardia que denota infidelidade ao Senhor no assemelhamento dos vilões e dos opressores em todos os relatos das Escrituras.

A única razão para um homem não assumir a função ordenada por Deus é a sua escolha pelos pecados, cujas sentenças já estão declaradas em textos como: 

Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” 

(1 Coríntios, 6: 9, 10)

“Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira.” 

(Apocalipse, 22:15)

03/05/2025

Três marcas da verdadeira igreja e as correlações lógicas entre essas práticas.


Três marcas da verdadeira igreja e as correlações lógicas entre essas práticas.

Uma igreja verdadeiramente cristã precisa ter, necessariamente, três marcas que as identificam:

- pregação fiel da Palavra de Deus,

- correta administração dos sacramentos (batismo e santa ceia do Senhor),

- prática da disciplina eclesiástica.


Marca 1 - o tipo de pregação. 

A pregação e o ensino praticados numa igreja verdadeira é da Palavra de Deus, não as corrupções mundanas ou os conhecimentos meramente humanos. É Deus quem fala e instrui o seu povo, não os homens e suas aspirações. A verdadeira igreja é formada por pessoas que aprendem aos pés de Cristo, o seu Senhor, Redentor e Rei, sobre como viver de acordo com os padrões de Deus nesse mundo tendo a fé na verdade que do Senhor recebemos - as Escrituras - tidas como única regra de fé e de prática vistas na submissão e no cumprimento das doutrinas dos Apóstolos e nas aspirações do porvir baseadas nas promessas do Senhor. 

Se uma suposta igreja cristã dá voz a especuladores, às ciências dos homens caídos, às suas ilusões e corrupções, às inovações de modismos que alteram as doutrinas dos Apóstolos (como são praticadas essas deturpações em muitos casos), essa congregação está sendo liderada por lobos, por falsos pastores, falsos profetas e falsos mestres, sendo, portanto, uma igreja falsa e esse tipo de desvio, uma apostasia, tem sido amplamente praticado e de muitas formas, fazendo com que nas pregações e nos ensinos sejam ditas quaisquer coisas que Deus não disse, seja alterando o sentido correto dos textos bíblicos para satisfazer aos anseios dos corações decadentes das pessoas e dos desejos dos pecadores, seja deturpando os textos segundo o academicismo humanista e incrédulo da teologia liberal, ou segundo a ideologia marxista da teologia da libertação, ou dos misticismos que blasfemam do Espírito Santo que descaradamente são praticados nos contextos pentecostal e neopentecostal com seus profetismos, revelações e outros sensacionalismos, ou do baixo balcão de negócios praticados na teologia da prosperidade, e de tantos outros formatos blasfemos que se tornaram muito comuns e que formaram muitos pregadores e igrejas que compõem o confuso e herético evangelicalismo do nosso tempo.

O que define uma igreja verdadeira é, acima de tudo, a fidelidade à Palavra de Deus, onde se crê no Cristo bíblico, o verdadeiro, e não na diversidade com muitas opções de diferentes formas de cristianismos com profissões de fé vagas e heterodoxas onde cabem toda a miscelânea mística e ecumênica de muitas formas divergentes e idealizadas pelas corrupções dos homens que resultam em formas subjetivas e inventadas de falsos "Jesus cristos", que são verdadeiros ídolos que têm apenas o homônimo do Senhor, mas que são esvaziados do seu Espírito e da sua verdade, numa pluralidade perversa e idólatra em que o freguês escolhe o modelo de cristianismo que quer, afinal existem igrejas para todas as freguesias, podendo ser um modelo de "Jesus" inclusivista, um defensor das pautas progressistas, um profeta Woke, ou um justiceiro social, tem aquele que é mero modelo moral, ou um espírito evoluído que se materializou, um revolucionário incompreendido, ou o "meu chapa", um surfista, um sujeito da tribo de jah ou qualquer ideia mentirosa que as múltiplas imaginações caídas e ideológicas possam inventar numa pluralidade semelhante aos shoppings centers em que qualquer consumidor escolhe o modelo do seu sapato ou o sabor da sua pizza como o seu padrão ou vontade desejam.

O Senhor Jesus é imutável, Santo e soberano. Ele é a própria verdade, verdade que é perfeitamente expressa na sua revelação especial, a Bíblia, e o nosso dever é examiná-la humilde e servilmente para nos submetemos a ela e sermos amoldados aos seus padrões, tornando-nos gradualmente mais e mais parecidos com o Senhor que as Escrituras revelam. Somos nós que nos conformamos ao Senhor e não é Ele que se conforma às nossas projeções ou desejos. E essa é a ordem de Deus, assim é a nossa santificação: o processo de nos tornarmos parecidos com o Senhor Jesus na medida em que aprendemos e praticamos a Palavra de Deus. Nós devemos nos submeter a Ele, não o contrário.


Marca 2 - a obediência às ordenanças - a correta administração dos sacramentos. 

As igrejas verdadeiras praticam a correta administração dos sacramentos. O Senhor ordenou aos seus discípulos que preguem a sua Palavra, que espalhem o Evangelho por todo o mundo. E a pregação da verdade produzirá fé e promoverá a conversão de outras pessoas, os eleitos de Deus que também serão discípulos do Senhor e ajuntados à família da fé. A essas pessoas foram ordenados os meios de Graça que são o batismo e a Ceia do Senhor, atos visíveis da Graça invisível de Deus, sendo o Batismo o ato simbólico e público do lavar a pessoa que creu no Evangelho com água (por efusão, imersão ou aspersão - tanto faz) e da sua purificação pela obra redentora do Senhor Jesus. Com o batismo o crente passa a ser, de fato, parte do povo da Aliança, pois aí foi celebrado o ato pactual com o Deus da nossa salvação, que na antiga aliança era praticado na circuncisão dos meninos mas na nova aliança é praticado no batismo de todos os crentes. Pais crentes introduzem seus filhos no mesmo pacto com o Deus da Aliança, apresentando-os no batismo das crianças, pois no povo da Aliança estão incluídas as famílias dos crentes em toda teologia/narrativa bíblica desde os primórdios do Antigo Testamento. Crentes que não se submetem à prática ordenada do batismo resistem ao Senhor e perseveram em rebelião contra Ele, não sendo, portanto, verdadeiros cristãos.

A ceia do Senhor é um sacramento ordenado aos discípulos do Senhor que já possuem consciência para discernir o Corpo do Senhor, e discernir, compreender, separar questões santas das caídas. Esse é um exercício de consciência e de auto-exame ordenado àqueles que comungam. A Ceia do Senhor é um meio de Graça reservado aos que estão em luta verdadeira contra o pecado e para a santificação pessoal e de toda a igreja. Para isso crentes precisam saber o que estão fazendo. Eles devem entender o que é a obra de Cristo realizada na cruz, devem entender quem é o seu Senhor, devem conhecê-lo conforme as Escrituras e não de acordo com crendices ou subjetividades que são muito comuns nas falsas igrejas e nas igrejas que são fracas doutrinariamente. Devem conhecer as doutrinas concernentes ao Corpo do Senhor. Devem saber e crer que o Senhor Jesus é o Deus-Filho que se fez homem para viver entre nós para nos salvar, oferecendo a si mesmo no holocausto da cruz para a nossa salvação. Devem saber e crer que a morte não o deteve, mas que o Senhor ressuscitou dentre os mortos, vencendo os poderes da morte, do pecado e do inferno. Devem saber e crer que aos crentes foram reservadas essas mesmas vitórias e que os crentes devem compactuar dessa mesma fé, e são unidos nela pelo poder do Espírito Santo numa fraternidade espiritual e verdadeira que é a Igreja do Senhor, o Corpo de Cristo que está atuante neste mundo e sendo Ele mesmo, o Senhor Ressurreto, o cabeça da Igreja, numa reunião dos crentes de todos os lugares e em todos os tempos que é especialmente celebrada na Santa Ceia do Senhor, momento de sublime comunhão onde o próprio Senhor está espiritualmente e de fato presente para nos nutrir espiritualmente com a singeleza da partilha do pão e do vinho, elementos que tipificam o oferecimento e partilha do seu próprio corpo e o derramamento do seu sangue para nos salvar do poder condenatório e amaldiçoante do pecado, e assim nos nutrimos da graça concedida por Deus numa celebração que proclama os atos salvíficos feitos pelo Senhor até que Ele volte. A Ceia do Senhor é um ato litúrgico que proclama o Evangelho. Por isso, a participação no sacramento da ceia é reservado apenas aos crentes que têm consciência do que estão fazendo, aos discípulos do Senhor, com a advertência severa de que quem o faz sem discernir o corpo de Cristo come e bebe para a sua própria condenação. 

A Ceia do Senhor é um ato litúrgico que todo verdadeiro discípulo do Senhor, já batizado e de fé consciente, deve participar após um exame de consciência por si mesmo.

A Ceia do Senhor não deve, portanto, ser ministrada aos crentes que ainda não foram batizados, nem às crianças batizadas que ainda não têm capacidade de discernir o corpo de Cristo e muito menos a descrentes ou aos crentes em disciplina.

Igrejas que administram os sacramentos ou ordenanças do Senhor de formas errôneas não são igrejas fiéis ao Senhor.


Marca 3 - a disciplina eclesiástica. 

As igrejas verdadeiras praticam a disciplina eclesiástica. Aos discípulos do Senhor é ordenado que perseverem na fé, no caminho estreito de Cristo, em crescimento na santificação e no progressivo assemelhamento com o Senhor Jesus. Por isso os crentes devem aprender a Palavra de Deus e devem praticá-la em obediência ao seu Rei e Senhor, o Cabeça da Igreja, a fim de exercerem seus ministérios no mundo, onde são sal e luz porque evidenciam em si mesmos, nas verdades que proclamam e nos atos que praticam, a Graça, a verdade e o poder do Senhor que os salvou. 

Contudo, dentre os crentes existem os réprobos infiltrados e os crentes que erram. E as igrejas receberam ordens do Senhor, incluindo a sua organização e o seu governo humano que deve ser a Ele subordinado e que é formado por pastores (também chamados de presbíteros, bispos ou anciãos) e diáconos, e todos devem zelar pelo cumprimento das ordens recebidas. Dentre essas ordens, os crentes devem obediência ao Senhor, sendo aos desobedientes as ordens das correções e punições. A igreja jamais deve tomar as formas do mundo, não deve amoldar-se aos baixos padrões dos pecadores e não deve tolerar desvios doutrinários nem de condutas. 

Aos desviantes devem ser exercidas as justas, santas e sábias correções visando seus arrependimentos e conversões das suas práticas más e dos seus maus caminhos ou, em casos irreparáveis, suas exclusões. Se um irmão pecar e não se arrepender por si mesmo, ele deve ser corretamente repreendido visando o seu arrependimento e conserto, a fim de que volte à fidelidade ao Senhor. Se houver perseverança no pecado em lugar do necessário arrependimento, a disciplina deve ser aumentada, a critério do governo da igreja em submissão e prática dos padrões e exigências bíblicas. Mas se mesmo assim esse pecador perseverar na sua insubmissão ao Senhor da Igreja, a igreja deve expulsá-lo, considerando esse insubmisso como gentil (inconverso), no sentido de que não é um regenerado, é um réprobo, porque os que são de Cristo ouvem e acatam as suas ordens, as ovelhas do Senhor ouvem a sua voz e quem não ouve não é sua ovelha e, portanto, não deve estar entre os crentes numa igreja do Senhor. 

Os discípulos do Senhor devem ter discernimento a ponto de saberem quando devem cessar de insistir num terreno rochoso, não devem dar aos cães o que é santo nem pérolas aos porcos (ilustrações fortes usadas pelo próprio Senhor Jesus), numa demonstração incisiva de que certas pessoas devem ser entendidas, infelizmente, como indignas de continuarem recebendo o que para os discípulos é santo e precioso. 

A verdadeira fraternidade dos crentes, o Corpo de Cristo, é formada apenas por remidos que caminham em santificação - eles não são melhores em nada em suas naturezas caídas do que quaisquer pecadores, eles apenas acatam e se submetem às ordens do salvador em contraste com quem não acata e não se submete ao Senhor (o joio não é parte da igreja, mas, conforme as palavras do Senhor Jesus, são infiltrados plantados pelo Diabo) - e essas diferenças nas escolhas que as pessoas fazem sobre obediência ou desobediência diante do Senhor revelam as diferenças do que essas pessoas são (trigo X joio) e são distintivos entre os filhos de Deus dos filhos do Diabo. Nós não recebemos autorização do Senhor para ficar procurando o joio infiltrado, mas sim de focar nas ordens de santificação dos verdadeiros filhos de Deus. A igreja não pode ser adaptada aos padrões baixos dos homens caídos, mas deve mirar na sublimidade do Senhor. É na beleza da sua santidade que deve estar toda a nossa aspiração, e por isso devemos nivelar toda a nossa ministração nos seus elevados e gloriosos padrões, pois o Senhor está plenamente acessível aos remidos, com quem estamos perfeita união. Por causa dos atos redentivos do Senhor, todo crente verdadeiro tem livre acesso a Deus pois, no seu holocausto na cruz o véu da separação entre Deus e o seu povo foi rasgado, eliminando de uma vez por todas qualquer impossibilidade da nossa comunhão real com Ele. Por isso, somente os remidos, os santos do Senhor, podem adorar a Deus, somente os salvos têm suas orações ouvidas por Deus, somente os crentes verdadeiros compõem a igreja verdadeira e o cultuam verdadeiramente porque somente eles estão cobertos pelo poder do sangue de Cristo. Os não convertidos não têm esses privilégios e permanecem banidos da presença de Deus como cegos e mortos em seus delitos e pecados, e por isso, eles não compõem a igreja de fato e não fazem parte do Corpo de Cristo - a não ser que se convertam ao Senhor de verdade. E nós, os crentes, devemos discernir isso enquanto perseveramos na pregação e na prática do Evangelho exortando a todas as pessoas a que se arrependam dos seus pecados e creiam no Senhor, conforme as Escrituras.

A igreja não é formada por mundanos que querem continuar em rebelião contra o Senhor nas práticas dos seus pecados enquanto se misturam aos crentes, contaminando-os com suas imundícies, pois quem o faz ofende ao Senhor que morreu na cruz para nos salvar, justamente, dos nossos pecados. A Escritura ordena aos infiltrados dentre o povo que notadamente perseveram no pecado em resistência às ordens da santificação, que sejam entregues a Satanás pelo governo da igreja local, que esses sejam excluídos da comunidade da fé, pois, nesses casos, infelizmente ficou evidente, e de muitas formas, que as ministrações da misericórdia e da graça foram desdenhadas no reincidente desprezo que tais ímpios demonstram pelos meios de Graça de Deus que são ministrados pelos seus obreiros, um deboche que os ímpios infiltrados na igreja demonstram na perseverança cínica dos seus pecados, uma prevaricação ofensiva contra Deus e que, por isso, já não resta mais nada para os servos de Deus fazerem, a não ser, expulsar esses réprobos da comunidade da fé, porque se essa resolução extrema não for tomada, certamente o mau comportamento do pecador contumaz e rebelde contra o Senhor contaminará o comportamento de outros irmãos suscetíveis a essa má influência, assim como um pouco de fermento faz levedar a massa. Em toda a Escritura Deus ordena ao seu povo que não se contamine com os costumes dos ímpios, que se separe deles ao preço de se contaminarem com eles caso rejeitem as ordens do Senhor. Esse tipo de contaminação, de deixar-se influenciar pelos pecados dos outros, é chamado de prostituição, na Bíblia. O pecado é um mal contagioso e sempre deve ser tratado e purgado no seio da igreja antes que se espalhe feito um câncer com potencial de metástase. 

Aos pecadores cínicos que são indiferentes às ordens da santificação e que desprezam a submissão aos padrões bíblicos já não resta nada a ser feita por esses a quem o próprio Senhor compara aos animais imundos dos tempos bíblicos, e esses réprobos devem ser entregues aos tormentos da exclusão da comunidade da fé, porque pode ser que somente assim, nesse estado de escassez espiritual, caiam em si e se arrependam enquanto estiverem sob o poderio de Satanás na serventia do pecado, e não mais sob os cuidados pastorais da graça e a autoridade da igreja, estando agora numa situação gravíssima onde pode ser que reste algum escasso fio de esperança, coisa muitíssimo remota circunscrita à própria consciência desse pecador contumaz que agora está destituído dos poderes de ministração da Graça de Deus através da igreja. Ele está por conta própria, e que arque com as consequências das suas reiteradas rebeliões.

Igrejas que não praticam as disciplinas eclesiásticas conforme ensinam as Escrituras desdenham das ordens de santificação que o Senhor impôs ao seu povo e, consequentemente, são comunidades infiéis que se deixam influenciar pelo espírito pecaminoso e blasfemo do mundo.

O objetivo final de toda disciplina eclesiástica é fazer com que o crente insubmisso ao Senhor seja restaurado na fé verdadeiramente bíblica e fiel ao Senhor para a santificação e edificação de toda a igreja, ainda que para isso seja necessário cortar galhos podres dela.


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Escândalos à fé evangélica

Se você não conhece a verdade será presa fácil para a mentira.

O apóstolo Arnaldo é um personagem de humor que foi criado a partir das experiências pessoais do seu intérprete para fazer críticas, em tom jocoso, dos desvios muito comuns do meio evangélico. Não o acompanho, embora tenha visto diversos vídeos dele, pois apesar de ele ter muita razão em muitas de suas críticas, elas não podem servir de ocasião para o vitupério ao Santo Nome do Senhor, coisa que esse humorista faz sem demonstrar nenhum temor ou reverência a Deus.

Mas neste vídeo ele mostra, acertadamente, como funciona a escalada dos picaretas da religião, que infelizmente são muitíssimos. Manipuladores, gente ambiciosa, tagarelas, gente despreparada, cínicos, mentirosos, oportunistas sórdidos, enfim, a vantagem de termos liberdade religiosa somada à ignorância e às inclinações idólatras e místicas de muitos têm produzido efeitos colaterais danosos, verdadeiros escândalos à religião e muitas blasfêmias contra Deus - e isso não é de hoje.

Dentre os inimigos da fé destacam-se os inimigos internos da igreja: os pervertedores da verdade do Senhor, os pregadores de mentiras, os falsos mestres, falsos profetas e falsos pastores, gente blasfema que está a serviço do pai da mentira, Satanás, e isso dentro de igrejas vulneráveis por consequência da negligência de muitos crentes no seu dever de conhecer bem a Palavra de Deus - uma realidade em igrejas de todo tipo.

Essa realidade é descrita na advertência que o Apóstolo Paulo nos faz na carta de 2 Timóteo, capítulos 3 e 4.

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Profeta mirim?


Conselho Tutelar proíbe Miguel Oliveira de pregar e usar redes sociais

O afastamento é uma resposta direta à repercussão negativa de conteúdos em que ele afirma, entre outras coisas, curar doenças graves como câncer. 

Como parte das decisões definidas no encontro com o Conselho Tutelar, Miguel deverá retornar imediatamente às aulas presenciais.

Até então, ele cursava os estudos apenas de forma remota, por aplicativo, o que, segundo as autoridades e seu próprio pastor, já não era mais viável diante da sua exposição e das pressões envolvidas.

Em meio a uma série de controvérsias envolvendo suas pregações, o jovem missionário Miguel Oliveira, que vinha ganhando notoriedade no meio evangélico, foi oficialmente proibido de ministrar em igrejas e participar de eventos religiosos.

A medida, que não tem prazo para ser revertida, foi tomada após uma reunião realizada nesta terça-feira (29), na sede do Conselho Tutelar, com a presença dos pais do jovem e de seu líder espiritual, pastor Marcinho Silva.

Além da suspensão de suas atividades como pregador, Miguel também foi instruído a se afastar das redes sociais.

Fica vetada qualquer publicação relacionada a revelações espirituais ou atos de cura, prática que o jovem vinha realizando em vídeos que circulavam amplamente pela internet.

Um dos vídeos mais polêmicos mostra Miguel rasgando documentos que seriam laudos médicos, enquanto declara, diante da congregação: “Eu rasgo o câncer, filtro o teu sangue e curo a leucemia”.

As imagens, acompanhadas por gritos de celebração dos fiéis, provocaram reações intensas nas redes sociais. Críticos acusam o jovem de manipular a fé das pessoas e de simular manifestações espirituais sem respaldo teológico.

Entre líderes religiosos e teólogos, o comportamento do missionário também foi alvo de preocupação. Muitos apontam que suas mensagens apresentam pouco embasamento bíblico e se assemelham a padrões repetitivos comuns no meio neopentecostal, sugerindo falta de maturidade espiritual e conhecimento profundo da doutrina.

O Pastor Marcinho Silva explicou que o jovem demonstrou resistência ao ser informado da decisão, pois desejava continuar pregando nas igrejas. No entanto, o líder religioso classificou a medida como necessária, tanto para o desenvolvimento pessoal de Miguel quanto para sua proteção emocional e espiritual.

A interrupção da trajetória precoce de Miguel Oliveira nas pregações reflete o impacto que a superexposição digital pode causar na vida de jovens líderes religiosos.

A combinação de fama repentina, responsabilidade espiritual e falta de preparo formal tem levantado um debate urgente no meio evangélico sobre os limites da atuação juvenil em ministérios públicos.

Fonte: Assembleianos de Valor

Aposto que muitos oportunistas levantarão suas vozes em protesto contra o cerceamento imposto ao (falso) profeta mirim que se tornou famoso na internet por sua extravagância repleta de ofensas contra o Senhor, contra sua Palavra e contra a sua igreja. O rapaz foi proibido de pregar e isso pode soar como perseguição religiosa nos ouvidos de muitos que ainda se mostrarão solidários àquele que ainda será tratado como mártir, um perseguido pela causa de Cristo - mas isso é um engodo!

Esse caso (do falso profeta mirim) que escancara o grave nível de degradação que caracteriza grande parte do contexto evangélico (não apenas o neopentecostal) do nosso tempo, marcado por política rastejante de homens cobiçosos, pela exploração de incautos, por mentiras praticadas na manipulação da fé nas distorções da Palavra de Deus, nos curandeirismos, charlatanismos e profetismos muito comuns num modelo decadente de falso cristianismo caracterizado pelo forte apelo místico e comercial da parte de falsos pastores, falsos mestres e falsos profetas (e são muitos!) que têm usado a religião cristã para praticarem um tipo repugnante de comércio que escandaliza a fé, que blasfema do Senhor Jesus, que ofende e provoca a ira de Deus e que nada tem a ver com a verdadeira fé evangélica e bíblica. 

Eles mentem!

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Os cruzados foram cavaleiros medievais que se tornaram lendários como símbolos da defesa da fé cristã (ou, mais acertadamente, da civilização cristianizada - um subproduto da verdadeira fé) contra exércitos hostis (na época os muçulmanos) que disputavam o domínio e o controle de reinos e de cidades (como os arredores de Jerusalém). 

Como símbolos, esses cavaleiros, normalmente homens nobres, ilustram a disposição que os cristãos devem ter para lutar pela defesa da fé e dos seus princípios num mundo em que reincidentemente os adversários do Senhor Jesus e da sua igreja investem ostensivamente contra valores e práticas que devem ser mantidos e proclamados como luz para os povos. Nesse sentido os ímpios costumam agir por influência da pai da mentira e se afundam, com suas mentes cauterizadas pelo pecado, na devassidão de si mesmos e na multiplicação de iniquidades num mundo corrompido pelo mal do pecado e pelo ódio à santidade de Deus, o desprezo pela sua Lei, e por Cristo e pelo seu povo. Em contraste, os crentes lutam contra as forças hostis do pecado em obediência às ordens do Senhor como agentes da sua misericórdia e Graça na proclamação do Evangelho a fim de que muitas pessoas sejam salvas.

Tenho ouvido que não podemos mudar o mundo, que lutar pelo que é certo e justo pode nos custar muito caro e eu sei muito bem o alto preço que é imposto àqueles que se posicionam contra os avanços de todas as formas de iniquidade e de corrupção nas incontáveis áreas onde tais coisas operam, tanto no meu próprio interior como no nosso derredor. O provérbio "se não se pode vencê-los, junte-se a eles" é a solução adotada pela maioria dos que se apresentam nas fileiras do Senhor e que depois de lançarem mão ao arado acabam desistindo dele, a tentação da omissão, da covardia e da desistência surge como um gigante de vez em quando, mas a verdadeira lealdade ao Rei dos reis exige dos seus súditos que permaneçam nas trincheiras mesmo que isso lhe custe o bem-estar ou a própria vida. O nosso dever é de perseverar até o fim, e a salvação de Deus é a sua promessa aos que persistem.

A descrição perfeita dos guerreiros de Cristo está no texto de Efésios 6: 10 - 20


Veja também:

O "espírito" me revelou

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2025/03/o-espirito-me-revelou-revelou-nada-mane_13.html

Referenciais errados 

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/11/referenciais-errados.html

Falsos profetas e pastores fiéis 

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2024/04/falsos-profetas-e-pastores-fieis.html