Feliz dia das mães!
Segue uma consideração bíblica sobre o papel das mães sob a óptica de Deus:
Desde o início dos tempos, e da Bíblia, a figura da mãe sempre teve muita importância para Deus e para o seu plano redentor. O nome Eva, a primeira mulher, aquela que foi feita para ser a companheira idônea de Adão, o primeiro homem, significa “mãe de todos os viventes”. O pecado original foi cometido por Eva e seu marido, definindo o destino de toda a sua descendência, assim como a subsequente promessa de redenção feita por Deus (Genesis 3: 15 - texto conhecido como “proto-evangelho”) que também envolve uma mulher e o seu descendente, na primeira profecia bíblica sobre a obra redentora que foi realizada muitos milhares de anos depois pelo Senhor Jesus. É muito interessante o destaque que Deus deu à figura da mulher/mãe nessa profecia, pois foi através da linhagem de descendentes, especialmente enfocado nos dramas vividos por muitas mães de fé, que o plano da redenção se desdobrou ao longo da história de Israel no Antigo Testamento até o cumprimento da promessa com a vida e a obra do Senhor Jesus Cristo.
São muitas as histórias bíblicas que enfocam os dramas de mulheres piedosas que anseiam por filhos ou que foram duramente provadas para garantir-lhes sobrevivência. Muitas vezes elas eram sofredoras e injustiçadas, mas suas histórias foram marcadas por profundas experiências de fé, numa tipologia reincidente que mostra a importância da maternidade como missão elevada.
Na Bíblia, onde encontramos a revelação fiel e perfeita da vontade de Deus, a missão sublime da mulher é a de ser mãe - uma verdade encontrada em diversos relatos bíblicos, incluindo Sara (a maternidade milagrosa de Isaque), Agar (a injustiçada mãe de Ismael, que não foi desamparada por Deus), Rebeca (mãe de Jacó e de Esaú), Lia (a desprezada por Jacó que foi abençoada por Deus com fecundidade), Raquel (a estéril que gerou aquele que se tornaria governador do Egito, um tipo que aponta para o salvador de Israel), Joquebede (mãe de Moisés, que conseguiu salvar o seu filho da morticínio decretado por Faraó de todos os meninos hebreus), a mulher estéril que gerou Sansão, Noemi (a mulher que se manteve piedosa em seu sofrimento e cuja sabedoria mudou o destino da sua nora, Rute), Ana (a mulher que sofria por ser estéril e que se alegou no Senhor quando foi abençoada com o seu filho Samuel), a viúva de Sarepta, a idosa e estéril Isabel (mãe de João Batista) e a jovem virgem Maria (mãe do Senhor Jesus).
Esse padrão da maternidade impossível, ou com sofrimentos, é cantada por Isaías 54:
“Canta, alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta de prazer com alegre canto, e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da desolada, do que os filhos da casada, diz o Senhor.” - pois aponta, como modelo, para a história do povo de Deus vistos na história de Israel e da Igreja, tida como a noiva de Cristo (Efésios 5: 23).
E esse ministério sublime que foi dado por Deus às mulheres/mães que é evidenciado em toda a Bíblia, está resumido no final de 1 Timóteo 2, onde o Apóstolo Paulo nos ensina que a missão da mulher, em contraste com o pecado de Eva, é a maternidade:
“salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no amor e na santificação com bom senso.”
Nesse ministério sublime - o de ser mãe - o ministério do marido/pai é o de ser protetor, o pastor desse pequeno rebanho, o garantidor de que a missão ordenada por Deus se concretize em fidelidade ao Senhor. Por isso, na Bíblia, NÃO existem modelos diferentes do único modelo ordenado: homem/mulher unidos no casamento e feitos uma só carne (indivisíveis) e recebendo o ordenamento de Deus de saírem da casa da sua parentela para formarem uma nova família sob a Aliança estabelecida por Deus. Sendo assim, um pai que abandona/repudia a mulher que gerou um filho repudiou também ao seu filho, pois não existem modelos bíblicos que legitimem essa opção de comportamento tão carregada de covardia e de egoísmo. Cristãos negam a si mesmos, são leais, homens crentes seguem o modelo de Cristo e nunca desamparam o seu rebanho, eles acatam as instruções bíblicas. Quem age de forma diferente dos padrões bíblicos é um desertor, um apóstata, um infiel, pois não existe nenhuma base bíblica que legitima tamanha covardia que denota infidelidade ao Senhor no assemelhamento dos vilões e dos opressores em todos os relatos das Escrituras.
A única razão para um homem não assumir a função ordenada por Deus é a sua escolha pelos pecados, cujas sentenças já estão declaradas em textos como:
“Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.”
(1 Coríntios, 6: 9, 10)
“Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira.”
(Apocalipse, 22:15)