Pandemia de IA
Suspeito que os entusiastas da Inteligência Artificial são os medíocres que desejam os atalhos que essa trapaça digital fornece para galgarem prestígio através de facilitações falseadoras. É a normatização do personagem "Síndrome", da genial animação "Os Incríveis", em que o garoto "Bochecha" queria ser super-herói, mas que era frustrado por não ter os dons necessários para isso, e então recorreu às artificialidades tecnológicas para forjar poderes que jamais teve para potencializar suas ambições perversas. É um modismo semelhante aos atletas masculinos medíocres que vêem na transexualidade a oportunidade para se destacarem nos esportes femininos. É a glorificação da trapaça.
Eles não criam de fato, mas surfam no artifício facilitador da IA que parece criar imagens, mas que apenas se baseia no amplo arsenal armazenado nos bancos de dados da internet que foi formado por criadores de fato, num portfólio de imagens feitas por desenhistas, pintores e fotógrafos reais que caíram na inevitável cilada de prover o monstro que se alimenta do que produziram e que os consome feito um predador insaciável para, a partir desse banco de dados, ser praticado um novo tipo de pirataria refinado por sanguessugas, um tipo pragmático de geração de imagens que é desleal, banalizador e espúreo, um aperfeiçoamento do "Ctrl+C/Ctrl+V", a celebração do plágio praticado com a consciência limpa do plagiador, o descaramento na quebra do 8° Mandamento divino "Não furtarás" (Êxodo 20: 15) - o Estúdio Ghibli, e muitos outros artistas, têm sido amplamente furtados em suas criações pelo parasitismo plagiador da IA e dos seus entusiastas - e essa normatização de injustiças na imposição de um pragmatismo predatório é castradora de virtudes como a inteligência e a criatividade. O homem está sendo robotizado, coisificado, desumanizado.
E assim, as tecnologias têm o efeito colateral de dar proeminência aos burros. O "Síndrome" acredita ser super-herói verdadeiro assim como o nadador olímpico de 3a categoria que agora acredita ser "campeã legítima" na modalidade feminina. Eles pensam que conhecem o que manipulam, mas não conhecem coisa alguma de fato. Basta desligar o computador da tomada e será revelado que essa horda de entusiastas não é capaz de fazer coisa nenhuma. Eles não detém conhecimentos e habilidades, eles apenas foram treinados para apertar botões como alguns chimpanzés que pensam ser Michelangelo, e essa patetice faz parte do grande castelo de areia que é esse nosso sistema mundano que caminha a passos largos para a ruína.
Certamente ferramentas como a IA podem ser - e são - instrumentos muito úteis nas mãos certas, assim como um computador potente e bem equipado amplia, e muito, o trabalho de alguém. Porém a IA também pode fazer com que músicos medíocres "criem" sinfonias (e isso se utilizando de obras feitas por outras pessoas), faz com que conhecedores rasos de alguma ciência pareçam ser Einstein, que gente que não sabe folhear uma Bíblia pareça ser um erudito nas coisas de Deus - ah, certamente essas e outras falsificações e facilitações tecnológicas já estão ocupando o lugar, inclusive, da verdadeira espiritualidade e do próprio Deus em muitas abordagens pragmáticas, configurando, assim, em formas recauchutadas da velha idolatria.
Veja também:
https://atitudeprotestante.blogspot.com/2024/03/uma-nova-revolucao-tecnologica.html