13/05/2024

Deus e a Calamidade no Río Grande do Sul


Deus tem poder para fazer do mal um bem muito maior.

Que a tragédia do Rio Grande do Sul seja como o arar da terra, que por um tempo consiste em ferí-la em preparação para a semeadura de uma grande colheita.

Assim as tragédias fazem com o coração humano, o quebrantam.

Que o poder do Evangelho se espalhe na propagação da sua mensagem e que as pessoas apeguem-se com fé no Senhor e Salvador Jesus. E onde agora se vê desolação brote esperança e um renovo que transborde para a vida eterna.

"Se eu cerrar o céu de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar."

(2 Crônicas, 7: 13 - 15)

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Onde está o Todo-Poderoso Deus diante das calamidades?

Ele está agindo nas calamidades (Salmo 29) e em todas as circunstâncias para que as pessoas entendam que Ele é o Deus Santo que age na história e que adverte aos povos para que se arrependam dos seus pecados e creiam no Evangelho do Senhor Jesus Cristo a fim de que sejam sejam salvas de uma calamidade muito pior, muito mais severa e eterna. 

Por meio das provações nós somos expostos à realidade da nossa fragilidade e finitude, nós somos pó e os nossos ídolos não são coisa alguma. Então nós somos conclamados a nos voltar para o Criador e sustentador de todas as coisas, aquele que salva a todos que o buscam verdadeiramente através da fé na vida e na obra do Senhor Jesus Cristo. Deus é misericordioso e age para a salvação das pessoas.

E Ele também está agindo nas mobilizações de misericórdia a favor dos necessitados, especialmente nas ações do seu povo porque evidenciam o Evangelho do Senhor Jesus Cristo, o Deus-conosco que é a manifestação máxima e perfeita do amor e das misericórdias de Deus. Em Cristo todos podemos ter esperança e abrigo, pois Ele é a nossa Rocha, o socorro sempre presente em tempos de tribulação.

Estar firmado em Cristo não faz com que nenhum de nós fique imune às calamidades, mas faz com que os fiéis permaneçam firmes na salvação eterna que jamais poderá sucumbir diante das tempestades. (Mateus 7: 24 - 28).


Salmo 29 - é a voz do Senhor (a Palavra de Deus, seus comandos soberanos) que rege os eventos da natureza.

1. Tributai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, tributai ao Senhor glória e força.

2. Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor vestidos de trajes santos.

3. A voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas.

4. A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade.

5. A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano.

6. Ele faz o Líbano saltar como um bezerro; e Siriom, como um filhote de boi selvagem.

7. A voz do Senhor lança labaredas de fogo.

8. A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades.

9. A voz do Senhor faz as corças dar à luz, e desnuda as florestas; e no seu templo todos dizem: Glória!

10. O Senhor está entronizado sobre o dilúvio; o Senhor se assenta como rei, perpetuamente.

11. O Senhor dará força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com paz.


Mateus 7, versos 24 a 28 - parte do Sermão da Montanha em que o Senhor Jesus ensina sobre as tempestades que a todos assolam, mas fazendo distinção entre a segurança em que se encontra o crente fiel em contraste com os que não praticam os ensinamentos do Senhor.

24. "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha.

25. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.

26. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.

27. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda.

28. Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina."

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O uso do sofrimento dos outros para a promoção de si mesmo.

Em tempo de calamidade sempre aparecem aqueles que querem lucrar através da caridade, aqueles que querem posar de bondosos, que almejam aplausos, querem elogios e multiplicar likes, aumentar seus seguidores e usar a situação para o engajamento das suas redes sociais.

"Caridades" feitas para se obter algum reconhecimento das outras pessoas implicam, necessariamente, no não reconhecimento por parte de Deus.

"Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus.

Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.

Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará."

Trecho do Sermão de Monte proferido pelo Senhor Jesus, Evangelho de Mateus, capítulo 6, versos 1 a 4.

Mas ainda que a motivação de ajudar seja o seu reconhecimento e que isso anule o seu reconhecimento de Deus, ainda assim, seja pela motivação correta ou incorreta, ajude! - embora seja evidente que fazer a coisa certa e agradável aos olhos de Deus seja sempre a melhor e mais eficaz ação em todos os sentidos.

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O texto abaixo foi copiado de:

https://coalizaopeloevangelho.org/article/pedido-de-oracao-e-apoio-ao-povo-do-rio-grande-do-sul/

Pedido de Oração e Apoio ao Povo do Rio Grande do Sul

7 Maio, 2024 / Coalizão Pelo Evangelho

Aos irmãos e irmãs em Cristo,

Nas últimas semanas, temos testemunhado uma série de eventos devastadores que assolaram o estado do Rio Grande do Sul. Fortes chuvas causaram desmoronamentos, interditaram estradas e aeroportos, e resultaram em aluimentos de terra, deixando inúmeras famílias desabrigadas. Os impactos são severos e muito graves: Há relatos dolorosos de mortes e desaparecimentos, e as necessidades das comunidades afetadas são imensas. Além disso, sabe-se de comércios fechados, plantações destruídas, e um dano incalculável à infraestrutura de muitos municípios.

Como corpo de Cristo, somos chamados a estender nossas mãos em tempos de necessidade, por meio de nossas orações, de nosso apoio presencial e de nossas ofertas. Portanto, convidamos todas as igrejas do Brasil, guiados pelo amor ao próximo a unirem-se em oração e ação em favor do povo do estado do Rio Grande do Sul.

Pedimos orações fervorosas para que:

  1. O Senhor faça cessar as chuvas e estas deem lugar a dias de sol, permitindo que as águas escoem e os trabalhos de resgate e reconstrução possam prosseguir;
  2. As autoridades atuem de maneira rápida e eficiente no socorro às vítimas;
  3. A solidariedade se manifeste na forma de doações de roupas, alimentos e recursos financeiros, atendendo às urgências daqueles que perderam tudo;
  4. Os recursos necessários para a recuperação das áreas afetadas cheguem sem demoras, facilitando uma reconstrução rápida e eficaz;
  5. Conforto, graça e paz preencham os corações daqueles que enfrentam o luto e as perdas, sentindo o amor e o cuidado especialmente da comunidade cristã.
  6. Que haja oportunidades de levar esperança de salvação, consolo e esperança em Cristo pela pregação do evangelho ao povo gaúcho.

Além das orações, encorajamos a todos que procurem contribuir de forma prática. Há instituições sérias e igrejas evangélicas que podem receber os donativos e encaminhá-los com bom discernimento aos que têm necessidade e se vêm vulneráveis por esta grande catástrofe.

Doações de bens de primeira necessidade podem ser entregues nos pontos de coleta organizados pelas igrejas locais;

Contribuições financeiras podem ser dirigidas às organizações confiáveis que estão trabalhando diretamente nas áreas afetadas;

Voluntários são necessários para auxiliar nas operações de resgate e nos abrigos temporários, especialmente daqueles que vivem nas imediações do estado do Rio Grande do Sul.

Este é um momento de manifestar amor ao próximo, graça e compaixão. Que o povo de Deus possa responder ao chamado para servir, como instrui as Sagradas Escrituras, os orfãos, as viúvas e os necessitados, exemplificando o amor de Cristo por meio de nossas ações. Juntos, com a graça de Deus, podemos ajudar a aliviar o sofrimento e reconstruir as vidas daqueles afetados por esta tragédia.

Em Cristo,

Coalizão pelo Evangelho

Algumas instituições que recomendamos:

  • PIX da Primeira Igreja Batista em Canela: 08.549.556/0001-43 – identifique sua oferta como auxílio a famílias
  • Pix da Igreja em Reforma, em Porto Alegre: Igrejaemreforma@gmail.com – pedem que coloquem no valor final da doação R$0,02 para identificarem que é para a enchente.
  • Pix da Assembleia de Deus POA: sosilhasopa@gmail.com
  • Pix da Igreja Graça Soberana, em Rio Grande: 43.006.754/0001-61
  • Pix da Igreja Batista Filadélfia, em Canoas: 90.811.910/0001-47
  • Pix da Igreja Conde, em Porto Alegre: homens@conde.org.br
  • Pix da Igreja Viela, em Novo Hamburgo: 46388597000194
  • PIX da Igreja Presbiteriana de Canoas: ipcanoas@ipb.org.br – Ao enviar sua doação, inclua 11 centavos no valor. Se for possível, escreva “TGC” na descrição do PIX.
  • Pix Igreja Vintage: socialvintagepoa@gmail.com (Lucas Martyres)

Coalizão Pelo Evangelho existe para servir a igreja local, produzido conteúdo centrado em Cristo e no Evangelho. O Conselho da Coalizão pelo Evangelho é formado por pastores e presbíteros que fornecem direcionamento, liderança e resguardam a visão teológica deste ministério no Brasil.


10/05/2024

Laodicéia


Laodicéia 

Esses nossos tempos são tão estranhos que já não basta o culto que deveria ser para a adoração a Deus ser transformado, em muitos casos, num entretenimento, num espetáculo de sentimentos e de emoções manipuladas que tem por objetivo servir às pessoas, à freguesia, com um produto terapêutico que as entorpeça e faça com que se sintam bem e encorajadas. Culto focado em Deus? Bobagem! O pragmatismo antropocêntrico gera frutos que enchem os olhos e - por que não? - também aos bolsos.

Tem sido reduzido a "preciosismo", ou "hipocrisia dos fariseus" e até "ridículo" valorizar o ordenamento bíblico, tratando como "legalismo" até mesmo as instruções sagradas do Novo Testamento. Pra quê atentar para os pormenores dos ensinos dos Apóstolos, como desdobramento e aplicação prática da obra do Senhor Jesus Cristo, se as tortuosas interferências e inovações dos homens parecem ser mais eficientes para que se alcancem os resultados que desejamos? "Fluidez" é a nova norma, não os velhos e pétreos fundamentos. Gostamos mais de psicologia e do marketing do que de doutrina. Por que adotar a disciplina bíblica se podemos fazer as pessoas se sentirem acolhidas de outras formas mais inclusivas?

Agora, em certos contextos, já não se pode mais falar para as pessoas que elas devem se arrepender dos seus pecados, pois deve-se simplesmente falar para elas sobre esperanças e consolações sem que se seja invasivo, nem que se corra o risco de ser ofensivo - ainda mais nesses tempos em que as pessoas se sentem ofendidas muito facilmente. Falem de Jesus sob medida para cada demanda, desmembrem-no ou criem uma caricatura, mas não falem de arrependimento de pecados nem da necessidade de conversão à fé exclusiva no Senhor conforme os rigorosos parâmetros bíblicos - porque esquecem-se que a porta é apertada o caminho que conduz à vida eterna é estreito.

Para quê pregar e ensinar textos bíblicos com todo o cuidado doutrinário, única fonte legítima de produção de fé, se podemos encher o recinto com música, com contação de testemunhos e com aconselhamentos da psicologia e de outras áreas pragmáticas? Para reforçar seus "pequenos desvios" nas constantes pitadas de fermento na massa, pastores que juraram lealdade aos fundamentos antigos agora se empenham para desqualificar até mesmo a teologia confessional. E na escassez de um pão ázimo eficiente para nutrir a fé dos crentes, dão a eles o pão fermentado dos entretenimentos. O que seria do culto se não tivéssemos algum grupo de louvor que nos agite nos shows gospels dominicais? Ouvir e cantar músicas motivacionais como se "deus" fosse um mordomo que me serve e que está ansioso para me "abraçar" como se fosse alguém carente e sempre querendo me abençoar como se eu fosse o centro do mundo é a preferência da maioria, e é isso que chamam de culto, ou melhor, de "nossos encontros". Comunhão é o que você "sente" nesse lugar, não a prática disciplinada e transformadora dos meios de Graça que foram ordenados por Deus para a prática quotidiana. Ouvir e compartilhar histórias de sucesso e de vitória e receber algumas instruções da psicologia ou do marketing empresarial atende aos anseios da maioria das pessoas. Bíblia? Só se for uma leitura bem rapidinha. Isso cansa e abordagens bajuladoras têm um efeito mais eficaz para que as pessoas se sintam acolhidas e amadas. Sermão expositivo? Não, pois nele não cabem as criatividades dos pregadores antenados e nós queremos novidades, queremos uma igreja contemporânea e relevante segundo os anseios do multiatarefado homem moderno!

E quanto aos pregadores? Ficou comum e recorrente muitos pastores transformarem a pregação e o ensino da Palavra de Deus num entretenimento impactante, num produto vendável e até mesmo num pretexto para a venda de viagens de turismo ao exterior, especialmente às terras bíblicas - lugares jamais visitados pelos pastores e teólogos fiéis ao Senhor que viveram antes da atual geração e a quem muitos se referem no bordão "somos como anões nos ombros de gigantes". Mercadejar a Palavra de Deus, uma prática execrada pelos Apóstolos, tornou-se comum nesses nossos tempos e bobo é quem não tira desse tipo de trabalho algum benefício mundano e não faz disso um comércio ou, no mínimo, recolha suas comissões. Afinal "uma mão lava a outra".

Tempos estranhos em que homens maus e indignos são alçados aos poderes como reflexo de uma sociedade decadente e muitas igrejas optam por viverem em bolhas onde ignoram esses fatos e sequer oram pelas autoridades e não se empenham na evangelização como a Bíblia manda. Igrejas inteiras que se resumem a entretenimento supostamente espiritual e praticam instrução rasa, panorâmica, superficial e terapêutica que não amadurece suas membresias, enquanto se omitem e se fecham na irrelevância diante das questões do seu tempo, e não se mobilizam em orações e ações nem quando ocorre alguma calamidade. Sal insípido, luz escondida e acovardada debaixo de um alqueire, ramo seco e infrutífero da videira prestes a ser quebrado pelo Senhor. Teu nome é Laodicéia, vai ver quem bate à tua porta, é alguém que está do lado de fora, não dentro das tuas reuniões de fraternidade em que vocês costumam se agradar do que são, quando, na verdade, deveriam estar com o rosto em terra em lamentos e em pranto. Se não te arrepender, o teu futuro será ruína.

*Laodicéia 

Significa: "aquela que é justa com sua comunidade" e foi uma cidade a sudoeste da atual Turquia e que atualmente está resumida a escombros. Nela existiu uma igreja no período apostólico, há muito tempo extinta, uma das sete igrejas da Ásia a quem o Apóstolo João destinou sua mensagem do Apocalipse.

A antiga igreja de Laodicéia é um "tipo" para um estereótipo de igreja atemporal que está em pleno funcionamento, mas que tem substituído a fidelidade ao Senhor pelo apreço de si mesma a ponto de o Senhor Jesus ter ânsias de vômito devido à sua mornidão e estar do seu lado de fora, não dentro, aconselhando-a a que se purifique - Apocalipse 3: 14 a 22.