"O espírito me revelou..."
(revelou nada, Mané!)
Nós, cristãos, temos o dever de não reconhecer como ações de Deus o falso profetismo tão comum na nossa época. Nós devemos condenar esses desvios, essas aberrações como distorções graves da fé cristã.
Pregações, revelações e profecias tipicamente evidenciadas com expressões como "deus me mostrou", "o espírito santo revelou", "eis que te digo" e outras coisas semelhantes NÃO são ações de Deus, mas, ao contrário disso, são ações influenciadas pelo pervertedor da fé e da verdade, são ações do pai da mentira que se utiliza da inclinação perversa dos corações e dos maus desejos humanos decorrentes do pecado e quem pratica essas coisas é falso profeta, falso pastor e falso mestre, estando, portanto, a serviço do Diabo na corrupção do culto a Deus e da fé no Senhor.
São abundantes os casos de pervertedores da fé e da verdade, e em vários níveis de "credibilidade". Dentre esses falsos profetas destacam-se figuras influentes no meio evangélico, "pastores" renomados que estrelam congressos e lideram legiões de discípulos; pastores e "pastoras" coaching e que agem de acordo com uma "espiritualidade" volátil, carnal, sensível e manipulada que é erroneamente atribuída ao Espírito Santo (um pecado grave!) e adolescentes e crianças que sequer tiveram tempo para estudarem responsavelmente a Bíblia, mas que já têm agendas concorridas e milhares de seguidores em suas redes sociais por serem considerados "pregadores mirins".
É absurdamente irritante e inaceitável que muitos pastores conscientes quanto a fé têm sido coniventes e têm legitimado esses tipos de abominações. Tem sido recorrente ver figurões como o Rev. Hernandes Dias Lopes e outros líderes que deveriam primar pelo zelo teológico e pela fidelidade ao Senhor Jesus atuarem, lado a lado, com falsos apóstolos modernos e com faladores de línguas estranhas e de falso profetismo como o Luciano Subirá, por exemplo.
"...e não vos associeis às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as..."
(Efésios, 5: 11)
"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas."
(2 Timóteo, 4: 3, 4)
"Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, bem como todas as blasfêmias que proferirem; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, mas será réu de pecado eterno."
(Marcos, 3: 28 - 29)
Confissão de Fé de Westminster
CAPÍTULO I - DA ESCRITURA SAGRADA
I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.
Sl. 19: 1- 4; Rm. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Co. 1:21, e 2:13-14; Hb. 1:1-2; Lc. 1:3-4; Rm. 15:4; Mt. 4:4, 7, 10; Is. 8: 20; I Tm. 3: I5; II Pe 1: 19.
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