22/11/2022

O espantalho

Raramente existem exceções, mas quase sempre o combate ou a refutação de um sistema de crenças ou de ideologias é feito a partir da construção imaginativa e caricaturizada do contexto do outro, tendo como base opiniões generalizadas e rasas, tendenciosas, carregadas de ranço, de ironia grosseira e de mentiras para construir um espantalho que pareça merecer apanhar e ser achincalhado.


Veja exemplos:

No contexto político, atual, para sustentarem suas posições muitos esquerdistas rotulam seus opositores de terraplanistas, fascistas e outros absurdos que não fazem sentido mas que lhes dão alguma sensação de legitimidade para atacar, denegrir e continuar com a consciência tranquila em seus posicionamentos. Rótulos parecem funcionar melhor do que a verdade. 


No contexto religioso pega-se uma doutrina, como a dos protestantes onde se afirma que "somente as Escrituras são a nossa regra de fé e de prática" e a distorcem descaradamente para tentarem nos deslegitimar perante suas audiências, quando dizem que nós ensinamos que somente a Bíblia salva - uma distorção, pois, na verdade, nós afirmamos que somente o Senhor Jesus Cristo salva e tratamos a Bíblia como a revelação especial de Deus, única fonte autoritativa para o conhecimento que podemos ter acerca dEle.

10/11/2022

Crentes, apreciem com moderação

 

Crente não pode beber cerveja?

Então prove, biblicamente!

Certa vez um pastor e escritor reformado canadense esteve na igreja Presbiteriana onde eu congregava e ele participou conosco de uma ação evangelística de panfletagem na rua.

Era um sábado de muito sol e calor, e esse irmão quis entrar num boteco para refrescar-se com uma cerveja. Imediatamente foi advertido que esse não é o COSTUME dos crentes brasileiros e isso causaria escândalo.

Costumes são regras de fé e de prática? São autoritativos? Devem ser revistos e corrigidos pelas Escrituras? Será que as Escrituras realmente proíbem beber vinho ou cerveja moderadamente ou apenas os excessos, o vício e a embriaguez?

É fato que muitos costumes têm sido tratados como expressão de piedade cristã e de espiritualidade, quando na verdade, se considerarmos que eles não são originados pelo ensino bíblico fiel, certos costumes não passam de obras da carne.

Sabemos que o Senhor Jesus bebia vinho, o mesmo vinho que causava embriaguez desde sempre. E Ele jamais pecou, e Ele é o nosso modelo. 

Crentes, apreciem com moderação!

08/11/2022

É impossível destruir a Palavra de Deus, o Evangelho, os efeitos do Evangelho e a igreja do Senhor.

É impossível destruir a Palavra de Deus, o Evangelho, os efeitos do Evangelho e é impossível destruir a igreja do Senhor.

A Palavra de Deus é sustentada pelo próprio Deus que a decretou. Os homens iníquos podem corromper o conteúdo das Escrituras para os seus ouvintes, podem transmití-la de forma deturpada, seja intencionalmente ou por ignorância, mas jamais podem alterar ou ter qualquer poder sobre o que Deus disse, decretou, cumpriu, cumpre e cumprirá. Os ímpios podem perseguir e queimar todas as Bíblias do mundo inteiro, mas isso jamais aniquilará o seu conteúdo, que será preservado por força do próprio Deus, nem que seja apenas no coração dos crentes, a fim de que tudo se cumpra e para testemunho de que Ele é Todo-Justo e Todo-Verdadeiro. Nada, absolutamente nada podemos fazer para destruir a verdade.

A mesma limitação os homens têm acerca do Evangelho, o centro da Palavra de Deus, a manifestação do Filho de Deus no mundo e a sua obra redentora. Os homens ímpios podem deturpar a pregação e o ensino do Evangelho, mas não podem fazer qualquer coisa contra o Evangelho, contra o que Deus fez no seu Filho Jesus e, portanto, não podem alterar nenhum decreto do Todo-Poderoso acerca das implicações da obra de Jesus na cruz, tanto para a redenção dos eleitos como para a condenação dos réprobos.

Por isso, pela incorruptibilidade do Evangelho, nenhuma força do mundo ou do inferno pode destruir a igreja, a reunião dos eleitos de Deus que são alcançados pela redenção no Evangelho. As forças hostis do pecado podem perseguir os crentes, podem destruir as construções onde os cristãos cultuam, mas jamais podem arrancar deles a fé no Senhor, nem mesmo com suas mortes, e assim nada podem contra o santuário que o próprio Deus estabeleceu neste mundo para brilhar nele, seja em tempos de perseguição à igreja, seja em tempos da sua proeminência.


Apenas Deus, o Criador e mantenedor de tudo o que faz, tem o poder para sustentar, manter ou destruir o que Ele mesmo estabeleceu - e isso vale para o mundo inteiro, somente o Senhor tem o poder do Juízo final e do fim deste mundo.

07/11/2022

A conversão de um assassino

É possível sim que o pior dos homens seja salvo pelo poder da Graça do Senhor Jesus.

Contudo, essa salvação inclui um novo nascimento, a pessoa deve se arrepender dos seus pecados e, em lugar de os evitar como se não tivesse ocorrido coisa nenhuma, deve enfrentar o mal que provocou, deve confessar seus pecados, precisa lidar com as pessoas que ofendeu, prejudicou e feriu e, na medida do possível, tentar reparar o dano causado.

A verdadeira salvação em Cristo nunca é um ato de cinismo, de triunfo da injustiça e de banalização do mal. Um assassino que é convertido pelo Evangelho deve confessar o mal que fez e encarar a mãe da sua vítima com toda humildade e quebrantamento de coração para lhe pedir perdão face a face. Deve, também, oferecer-se para arcar com o dano que causou e responder à justiça como confessante de crime. É possível sim, mesmo ao pior dos homens, ser salvo por Cristo, mas não negligenciando esses frutos do arrependimento. Se o pecador evitar o seu pecado e impor a todos uma nova condição de si mesmo, como que renovado, liberado, salvo e justificado e, pior, autenticado pelo sistema religioso com título de autoridade eclesiástica, nós vemos aí uma celebração da injustiça e uma perversão do ministério cristão na banalização do mal e da Graça de Deus.

Embora sejamos salvos pela Graça de Deus e nunca pelos nossos atos de justiça, não existe salvação de fato se não houverem frutos dignos de arrependimento que possam ser vistos, frutos que são produzidos pela mesma Graça que nos salva.

Se não houver arrependimento comprovado, nunca houve Graça salvadora.