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13/05/2023

A glória dos homens é pó, mas a glória de Cristo é eterna.

 

A glória dos homens é pó, mas a glória de Cristo é eterna.

O homem costuma se gabar da sua consciência e dos seus feitos, mas o pobre coitado não se deu conta de que essa consciência e as glórias das suas ações refletem apenas a decadência de um mundo caído e agonizante cujo fim, um descarte iminente, inclui o fim das suas glórias e presunções, o costume tolo de considerar a si mesmo alguma coisa muito além do que realmente é: pó.

Sem a regeneração pelo Evangelho, todos somos parte da ferrugem que será extirpada pelo ferreiro, somos parte da sujeira a ser removida pelo purificador, somos parte da erva daninha e da praga que o jardineiro arrancará para fazer o seu jardim onde brotarão somente os que foram regenerados pelo poder da vida e da obra do Senhor Jesus, um poder manifestado em nós pela fé, poder que consiste em salvar pecadores destinados à perdição e fazer deles novas criaturas, filhos de Deus que desfrutarão das glórias do Cordeiro em seu Reino por toda a eternidade.

Um dos efeitos da Graça de Deus em Cristo mediante a fé no Evangelho é a libertação da escravidão a Satanás a que todos os incrédulos estão presos e servem, muitas vezes sem perceberem, sem que tenham consciência disso. Mas sempre, sem excessão, até que sejamos salvos pela fé em Cristo, todos éramos e muitos ainda são, escravos do pecado e do Diabo e, portanto, inimigos de Deus, avessos à sua santidade e quebradores da sua Lei.

A obra do Senhor Jesus consiste em transformar gente que era escrava deteriorada e definida pelo pecado, que estava sob o poder de Satanás e destinada à ira justa e santa de Deus na condenação eterna do inferno em pecadores redimidos, perdoados, libertos, santificados e que recebem uma nova identidade e sentença, a de serem filhos de Deus em vida eterna e plena, agora destinados às glórias ao lado do Senhor Jesus Cristo ressuscitado e glorificado. O Senhor Jesus reconcilia antigos inimigos de Deus por meio do seu sangue, unindo-os para sempre.

Somente a fé no Evangelho e o arrependimento de pecados podem dar a qualquer pessoa, homem ou mulher, velho ou criança, preto ou branco, rico ou pobre, indouto ou letrado a verdadeira dignidade humana de ser filho de Deus e dos benefícios reais da liberdade e da verdade em sua plenitude. 

Venha a Cristo, creia no Evangelho e o siga!

"E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.

Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.

Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?

Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos."

Evangelho de Lucas, capítulo 9, versos 23 a 26

25/07/2014

Padronização e homogeneidade X Evangelho



Toda padronização de comportamento que é imposta às pessoas é uma forma assustadora de imposição de poder sobre os outros. É uma tirania de quem pensa ser dotado de uma autoridade superior para manipular a consciência alheia.

Nessa prática, infeliz e muito comum em ditaduras por todo o mundo e por toda a história, o próximo é diminuído à condição de subalterno e o opressor é elevado à condição de classe superior com direitos privilegiados. Nessa prática a consciência humana é usurpada e dá lugar à robotização, à idiotização, à mera repetição irrefletida de proposições elaboradas por outros e à dependência intelectual de quem acaba ditando as normas. Nessa prática fica fácil identificar quem não está alinhado ao poder imposto e seus insubordinados são logo punidos com toda sorte de disciplinas, incluindo seu banimento e sua desumanização.

O que me perturba é que muitas vezes os agentes dessas padronizações dizem que estão buscando o bem comum, mas erram porque o bem comum inclui a diversidade de culturas, a diversidade de modos e das mais variadas leituras de um mesmo quadro.

E nesse dilema está a Igreja, promotora da vida, do conhecimento de Deus e da liberdade. Ela lida com valores absolutos (Deus, vida, morte, pecado, verdade) e está plantada no mundo dos homens com todas as suas diversidades. A Igreja não pode abrir mão dos seus valores, não pode relativizá-los, não pode se prostituir. Para isso ela precisa saber quais são realmente os seus valores e quais sãos suas prioridades, qual é o seu papel. Cristo deve ser proclamado e sua Graça é multiforme e isso é muito maior do que todos os costumes, maior que toda variedade cultural, maior do que todas as formas como os diversos agrupamentos humanos, em todos os variados contextos, absorvem seus valores absolutos e se reorganizam ao redor desses valores e, por conseqüência, é muito maior que quaisquer instituições, que nada mais são do que ajustes humanos encontrados para organizar certas coisas. Por isso a Igreja não deve se pautar em valores meramente institucionais e não deve impor por constrangimento verdades às consciências e às liberdades individuais, pois esse é o papel exclusivo do Espírito Santo, o verdadeiro convencedor dos corações acerca do pecado, do juízo e da justiça. A Igreja deve apenas proclamar a Cristo e os cristãos devem amar as pessoas incondicionalmente.


Somos limitados e falíveis e, portanto, nossas proposições derivadas de valores absolutos sempre refletirão nossa finitude - mas eu vejo beleza nisso! A beleza de podermos encontrar segurança, não no que somos ou no que fazemos, mas na verdade que transcende nossa realidade, no absoluto em pessoa, na intervenção divina em nossas limitações, num milagre salvador pelo qual nossa alma clama:

"E o Verbo (Cristo) se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." (João 1:14)