24/12/2024

Natal - não havia lugar para o menino Jesus.

 


"...e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem."

(Lucas, 2: 7)

"Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam."

(João, 1: 10, 11)

"Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum."

(Isaías, 53: 3)

Não havia lugar para o Senhor na estalagem na ocasião do seu nascimento. O mundo não o conheceu, os seus não o receberam. Sua vida neste mundo consistiu em amar e ser desprezado. Ele veio para salvar pecadores e para isso teve que morrer por eles numa cruz.

Não pense que é o "espírito natalino" que o Senhor espera encontrar nas pessoas. Não se engane com felicitações ao Senhor por causa do seu aniversário - como se Ele requeresse isso e se agradasse disso. O Natal é data efêmera que produz entorpecimentos, um afã de sentimentos provocados por festas e pelo comércio mas que não cumpre o que Deus requer de nós.

É claro que confraternizações e que abraçar pessoas queridas são coisas boas; que celebrar e sempre rememorar o nascimento do Senhor Jesus, a encarnação miraculosa do Primogênito de Deus como parte do Evangelho tributando ao Senhor as glórias que lhe são devidas é muito bom e recomendável. Mas é a devoção verdadeira ao Senhor numa fé perseverante na obediência à sua Palavra que Ele requer de nós, e não as emoções passageiras de uma festa sazonal.

Não existe adoração verdadeira em religiosidades superficiais, mas sim no comprometimento real dos convertidos de viverem para a glória de Deus através da verdadeira fé sendo praticada em obediência à Palavra de Deus, uma fé que proclama e se sujeita ao Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Deus que se fez homem para salvar pecadores pelo holocausto de si mesmo na cruz e que ressuscitou vencendo a morte, ao pecado e a Satanás. 

São os efeitos da sua obra que o Senhor Jesus requer de nós. A nossa reconciliação com Deus, a nossa salvação que tem como efeito a nossa adoração a Ele.

Não foi apenas na ocasião do seu nascimento que não havia lugar para o Senhor. Não foi apenas na sua encarnação que ele foi negado, não reconhecido, blasfemado e execrado. Reincidentemente o mundo faz isso com ele, repete e persevera repetindo a negação do Filho de Deus, nosso Salvador. Blasfemam, distorcem, detestam o Cristo verdadeiro e adotam a ídolos em seu lugar. E o Natal tem servido, em grande parte, para isso. Valoriza-se um suposto "espírito cristão natalino" que é centrado nas satisfações humanas, não nas exigências de Deus, e que não costuma subsistir ao dia seguinte em contraste com as ordens de Deus que são para uma dedicação à fé no Senhor por toda a vida e para a glória dele. 

Você que celebra o nascimento do Deus-menino tem adorado a Deus constantemente como Ele requer? Confessa a Jesus como sendo o Senhor, o Deus que se fez homem para salvar pecadores, que morreu na cruz em nosso lugar mas que ressuscitou, que vive e reina para sempre à destra de Deus-Pai? Tem cultuado a esse Deus junto dos demais crentes em cultos verdadeiramente cristãos? Tem buscado a Deus de todo o coração como a Bíblia prescreve? Se não tem feito isso, a tua celebração de Natal é engodo, porque você também tem desprezado ao Senhor Jesus - contudo sempre é tempo de arrependimento, de verdadeiramente passar a seguir a Cristo.

É verdade que na ocasião do nascimento do Senhor Jesus Deus moveu diversas pessoas e de diversos contextos para honrarem ao Rei dos reis. Os sábios do oriente, os pastores das imediações, alguns crentes piedosos. Sim, o Senhor foi e deve ser honrado, celebrado, adorado, tanto pelo seu nascimento como pelo todo da sua vida e obra. Mas muitos dos que se aproximaram dele terminaram exigindo a sua crucificação, muitos interesseiros em seus benefícios na verdade odeiam a religião do Senhor porque odeiam a quem de fato o Senhor Jesus é.

O fato de sermos pecadores e de Deus ser santo nos separa. E é exatamente por isso que Jesus veio ao mundo, para nos salvar, nos reconciliar com Deus pelo derramamento do seu precioso sangue. O Senhor Jesus veio pagar as nossas dividas perante Deus arcando com as maldições dos nossos pecados ao ser punido no lugar dos seus eleitos. É somente pela fé nele que somos perdoados, justificados e reconciliados com Deus.

Você pode ser mais um dentre os que foram tocados pela Graça de Deus para receber ao Senhor Jesus Cristo pela fé, e de verdade o honrar assim como os poucos que tiveram a percepção da grandiosidade daquele nascimento.

Não há esperança no Jesus menino se não houver conversão ao Senhor Jesus Cristo ressuscitado que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Não há celebração de Natal que satisfaça ao Senhor a não ser que a tua vida seja a Ele entregue em genuína conversão por meio da fé no Evangelho junto do arrependimento de pecados, pois é somente assim que se corresponde e se recebe ao amor de Deus: crendo e servindo ao seu Filho. 

Essa Graça da salvação está posta, acessível, diante de todos. 

Veja também:

Jesus não nasce no coração de ninguém:

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2022/12/jesus-nao-nasceu-nem-nascera-no-coracao.html

Feliz Natal!

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2009/12/feliz-natal.html

___________________________________


Feliz Natal!

Não existe espírito de Natal sem Jesus.

"...mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos."

(Gálatas, 4: 4 - 5)


Veja: 

Teologia do Natal 

https://youtu.be/KdL23dP7fQU?si=CJhx4GeS0ye5Rky1

20/12/2024

Falsos profetas e pastores fiéis.



Falsos profetas e pastores fiéis.

Falsos profetas também pregam a Bíblia, também trabalham pela igreja visível, institucional, também demonstram se importar com as pessoas - e eles costumam se expressar muito bem, com muito carisma. Todo falso profeta é, essencialmente, um tipo de ministro da religião, um sacerdote, um profissional do culto. Mas o detalhe que os faz detestáveis do ponto de vista de Deus é que eles falam, e em nome do Senhor, coisas que o Senhor não disse e não ordenou. E eles fazem isso, muitas vezes, motivados por supostas "boas intenções", para ajudar e por querer o "bem" das pessoas. Eles querem restaurar pessoas, livrá-las de sofrimentos, consolá-las, mas para esse suposto "bem" eles fazem um mal maior, eles corrompem a Palavra de Deus, eles oferecem o que Deus não oferece, eles afrontam ao Senhor com a imposição das suas próprias ideias espirituais e com suas ações mentirosas. É como se eles dissessem que têm algo melhor para oferecer do que a Palavra de Deus em sua pureza oferece - como se isso fosse possível! São promotores de esperanças sem arrependimentos de pecados, de salvação sem conversão, de atos espirituais pragmáticos, de cultos humanistas, de formas estranhas de cristianismos sensuais, meramente sentimentais, antropocêntricos, permissivos e mundanos. Eles são prevaricadores, são usurpadores da glória e da supremacia de Cristo. São lobos vestidos de pastores que desprezam ao Senhor e enfeitiçam seus rebanhos com seduções, com sofismas e com lisonjas. Eles invertem a ordem de primeiro amar a Deus para em consequência dessa Lei régia amar às pessoas, pois se impõem à Palavra de Deus, provando com isso que desprezam ao único Deus verdadeiro para amar de forma corrompida por meio de manipulações e de mentiras às pessoas, oferecendo a elas os enganos que seus desejos caídos querem. Eles servem à Satanás, o pai da mentira, de forma dissimulada, infiltrados nas igrejas, propagando enganos, muitas vezes sutis, em meio à pregação da Palavra de Deus exatamente conforme o Diabo faz em todas as passagens bíblicas onde aparece, pois sempre usa a própria Palavra de Deus para perverter, para enganar, para fazer com que seus ouvintes se desviem do caminho de Deus.

O nosso amor por Deus é provado, acima de tudo, na sujeição à sua Palavra. Quem ama ao Senhor não deturpa, não manipula, não perverte, não acrescenta e não tira textos ou doutrinas do que já está estabelecido e não ousa se assenhorar da Palavra de Deus. Os pastores fiéis não seguem seus próprios corações e imaginações, suas pregações partem do pressuposto "está escrito" enquanto os falsos profetas costumam legitimar seus enganos com expressões como "Deus colocou no meu coração", "Deus me mostrou", "Deus me disse" e outras variações dessas mentiras porque NÃO, Deus não fala coisa nenhuma a não ser pelas Escrituras, a Palavra de Deus é a Bíblia! 

Quem ama ao Senhor simplesmente se submete a Ele e os pastores bons e fiéis são os que pregam e ensinam a Palavra de Deus em total submissão às doutrinas do Senhor Jesus e dos seus Apóstolos que nos foram dadas e estão seladas na suficiência do Antigo e do Novo Testamentos.

____________________________

Veja um exemplo de falso-profetismo bastante diferente dos casos escandalosos que servem como espantalho (como os casos dos vendilhões da fé, dos falsos milagreiros e suas teologias da prosperidade) e que dado o seu escracho acabam sendo usados como desculpa para "erros menores" e acobertando diversos desvios graves, porém sutis. Alguns desvios são mais sofisticados, não são tão escandalosos e por isso podem ser mais sedutores e verdadeiramente perigosos para enganar e corromper a fé de muitos crentes.

Neste vídeo se vê um conhecido pastor pentecostal que tem tido forte influência na internet e que defende abertamente o "dom de línguas" praticando esse dom com outro pastor que teria o "dom de interpretação de línguas estranhas". Vê-se, aí que, necessariamente a interpretação de "línguas estranhas" se transforma em PROFECIA (Deus falando, trazendo novas revelações ou revelações específicas) e profecias, desse tipo, NÃO EXISTEM MAIS (além de que, a lorota propalada nesse vídeo é pura tolice bajuladora e de um mau gosto sentimental terrível), pois Deus não fala nada de novo e que vá além da sua Palavra que nos foi dada e selada até o seu pleno cumprimento - as Escrituras, a Bíblia. Ou seja, o que se vê nesse vídeo é FALSO-PROFETISMO e quem pratica falsa profecia e falso ensino é falso profeta e é falso mestre.

E, no vídeo abaixo, o praticante da falsa profecia não admite correções suas a partir do seu rebanho. Ou seja, ele se assenhorou como única voz legítima e com autoridade sobre a igreja que pastoreia. Pastores assim parecem bons e bem-intencionados, eles são articulados e carismáticos, mas o mal que fazem é a corrupção da fé na usurpação do senhorio de Cristo na medida em que deturpam a sua Palavra - porque se Deus não falou (como de fato não falou), o que se vê e ouve nessas ministrações são mentiras, e Deus não mente, mas sim o Diabo. E Deus e o diabo não dividem o mesmo púlpito.



Veja também 

  • Referenciais errados

  • Nas coisas essenciais, unidade, nas não essenciais, tolerância.

  • Não beba água do esgoto 

Referenciais errados


Quando eu era criança a minha mãe dizia "macaco senta em cima do rabo e ri do rabo dos outros" numa lição de moral sobre apontar os erros dos outros enquanto se esconde os seus próprios erros.

Pois bem...

É comum o uso do recurso de apontar os erros dos outros, especialmente em certos redutos por parte de auto-legitimadores que costumam escolher exemplos grotescos para descer a lenha justamente porque esses exemplos escabrosos funcionam como espantalhos que merecem ser apedrejados por seus tão evidentes escândalos, e que, quando comparados conosco nos fazem sentir bem com o que somos. Esse tipo de comparação costuma nos legitimar e nos confere sensação de alívio a respeito dos nossos erros, porque eles são menores do que os erros absurdos dos outros. É a prática de se justificar dizendo que "eles são piores do que eu".

É muito bom para o nosso ego ter alguém pior do que nós para nos comparar. Esse exercício cretino parece nos legitimar, autenticar, nos valida em nossos pecados. É assim que o mentiroso irregular acredita ser uma pessoa honrada quanto está perante um mentiroso contumaz; um adúltero pensa que é um cidadão de bem quando se compara com um pervertido em grau piorado; um ladrão filiado ao crime organizado se considera boa gente quando comparado a um assassino de mulheres e de crianças; um crente mundano se sente um santo em comparação com um idólatra declarado; um crente que relativiza algum mandamento bíblico se considera muito fiel a Deus quando se compara com um pregador de mentiras da IURD; uma igreja progressista que enche o pão ázimo das doutrinas bíblicas com fermentos do mundo se sente ótima e se considera biblicamente fiel porque se compara com os piores casos do neopentecostalismo com sua nefasta teologia da prosperidade.

Nesse sentido, no caso das igrejas, apontar os desvios grosseiros e das falas heréticas de calibres pesados como o do Edyr Macedo, do Waldemiro chapelão ou do Ed René atualizador da Bíblia podem funcionar como alívios para aqueles que tentam legitimar os seus próprios desvios por considerá-los menores, mera "bobagem". E daí se temos pastores e presbíteros recasados? Os barões da Assembleia do Brás manipulam e torcem muito mais a Bíblia do que esse "pequeno detalhe discutível"... Para os corruptores comuns ter referenciais de corrupção maiores do que eles pode fazer com que se sintam validados. Considerando isso, podemos entender que o maior mal que os grandes promotores de escândalos ao Evangelho provocam não são os frutos diretos das suas corrupções nos seus rebanhos (até porque ninguém, nem os incautos, são inocentes), mas sim o fruto indireto das suas contaminações na relativização da fidelidade a Deus nos outros cristãos, nas outras igrejas, com o crescimento do descaramento e do cinismo naqueles que tomam os grandes escândalos como exemplos para atenuarem a gravidade dos seus próprios erros. Isso faz com que muitas igrejas se meçam por critérios cada vez mais baixos quanto à fidelidade a Deus. Por exemplo: em tal denominação pratica-se a corrupção política nas definições dos cargos de autoridade em verdadeiros exemplos de coronelismo ou de simonia (a antiga corrupção que é irmã gêmea, idêntica do nepotismo, mas que é praticada no mundo eclesiástico) e eles se sentem bem assim, porque pelo menos eles não são neopentecostais, não fazem falso-profetismo envolvendo dinheiro e não têm apóstolos modernos. Então está tudo "bem"!

Na prática muitos se sentem legitimados porque há quem corrompa mais, quem minta mais, quem adultere mais, quem peque mais do que o cínico que corrompe, que mente, que adultera mas não tanto quanto o espantalho adotado.

O erro está na adoção de um referencial ilegítimo. Os nossos espelhos jamais deveriam ser os outros, os piores, os decadentes e mundanos. O nosso espelho é Cristo, são as Escrituras. Nosso modelo a que devemos mirar e imitar é o do Senhor porque somente Ele nos faz prosseguir em crescente santificação. Se olharmos para Jesus, olhando para os padrões das Escrituras, nós nunca nos nivelaríamos por padrões baixos, mas manteríamos as aspirações pela virtude, por crescer sempre, pelo aperfeiçoamento, pela edificação e pela santificação das nossas vidas e das nossas igrejas. Por isso, jamais devemos nos acomodar em nossas imperfeições, nunca legitimar nossos pecados, nunca nos acomodar porque tem gente pior do que nós nem nos moldar por modelos mundanos, quaisquer que sejam.


18/12/2024

Apostasia moderna


Apostasia

É de se esperar que o sistema mundano (Babilônia) se entregue à loucura em rebelião contra a verdade salvadora que de Deus procede, e que multiplique iniquidades e nisso invista contra os crentes no Senhor Jesus para calá-los.

Contudo, é um alento para esses crentes encontrar nos irmãos de fé a fraternidade que conforta e proporciona guarida e identificação. A igreja também é um exército composto por pessoas que lutam pela mesma fé e pela mesma verdade. Pode o mundo todo ir contra a igreja, mas esse corpo de Cristo é de tal forma edificado que não ruirá diante dos ataques do inimigo. Mas essa união de crentes, a igreja, precisa existir e ser acessível para que haja a partilha de forças, de encorajamento e de direção.

O problema é quando a própria comunidade dos crentes se volta contra a verdade e em busca de conforto mundano ela se vende como fazem os corruptos, afrouxando os seus padrões e em traição ao Senhor ela acaba unindo forças com o mundo na opressão contra aqueles que procuram manter posição fiel aos altos padrões do Deus que é Santo e Altíssimo, e que requer dos seus fiéis que não sejam amigos do mundo. Muitos, no que se diz ser igreja, beijam os pés dos corruptores porque esperam receber deles alguma vantagem através de ensinos e pregações que tratam o bem como mal e o mal como bem para perverter a missão da igreja como luz do mundo e sal da terra e, em seu lugar, fazer dela um balcão de mercenários e de prostitutos. E então, os poucos que perseveram fiéis nesses contextos podem não ter o abrigo, acolhida, fraternidade e identificação que são necessários no Corpo de Cristo para perseverarem, pois grande parte do que é chamado de igreja tem se desviado do caminho, tem apostatado, se mundanizado, por vezes se reduzindo a meras distrações que praticam cultos hedonistas e meramente terapêuticos em que o zelo com a verdade, a santidade e a missão já se perderam. E na mornidão que precede a morte de comunidades e de denominações inteiras o cada vez mais escasso remanescente fiel precisa lutar contra os constantes assaltos do desânimo, da tristeza e de desesperança, porque o bálsamo da fraternidade parece ter sido substituído por um vasto deserto e a bondade e suavidade advindas da união dos irmãos têm se tornado muito raras.

Assim, a apostasia não tem efeitos apenas nas comunidades que se desviam, mas também ferem e enfraquecem aqueles que resistem a esses desvios.

16/12/2024

Líderes que pensam ser mediadores entre Deus e o povo.


Líderes que pensam ser mediadores entre Deus e o povo.

Todo pastor ou clérigo que vê o seu ministério como um tipo de mediação entre Deus e o seu povo congregado está profanando o serviço sagrado de pregação e de ensino da Palavra de Deus. 

O único e suficiente Mediador entre Deus e o seu povo é o Senhor Jesus Cristo, e essa mediação é plena. Assim, todo pastor é parte do povo, um igual dentre os demais crentes na irmandade da igreja, sendo distinto dos demais irmãos apenas no seu trabalho conforme o próprio Deus distribui seus dons, capacitando os crentes para os diversos serviços cristãos dentro e fora da igreja, sendo o pastor um discípulo capacitado para liderar na obediência ao Senhor, para formar outros discípulos e para cuidar dos enfraquecidos. Ele é como um irmão mais experiente, um ancião dentre irmãos mais novos na fraternidade cristã, um sábio ou professor estabelecido numa comunidade local para que todos aprendam as doutrinas da fé e prossigam nos caminhos do Senhor, crescendo juntos na Graça e no conhecimento de Deus e produzindo os frutos que o Senhor requer da sua Igreja, o Reino de Deus incipiente que o Senhor Jesus estabeleceu neste mundo.

Há pastores e colegiados de presbíteros que, como o Papa romano, pervertem o ministério pastoral ao considerarem a si mesmos como cabeças da igreja, agindo, presunçosamente, como que pudessem decidir o que Deus diz e requer do seu povo. Muitos fazem da igreja um projeto pessoal seu, reduzindo-a a uma empresa ou a um curral da sua propriedade. Mas Deus, como soberano Senhor que é, não pode ser manipulado pelos homens nem por suas presunções e preferências decadentes e jamais se submete às suas arrogâncias. Por isso esses tais são corruptores da fé e são inimigos de Cristo, o verdadeiro e único Rei e cabeça da Igreja, e esses falsos pastores que usurpam do que não pode lhes pertencer estão destinados ao severo juízo.

_____________________________________

"Enquanto essas autoridades forem submissas à Palavra de Deus" 

Essa expressão condicional é um bálsamo libertador para as consciências fiéis dos crentes no Senhor, pois quando fazemos os nossos votos públicos para sermos recebidos como membros de uma igreja nós afirmamos que estamos assumindo compromissos perante Deus e perante o seu povo que incluem a submissão às autoridades eclesiásticas locais (aos oficiais da igreja - os pastores, presbíteros e diáconos) desde que essas autoridades sejam submissas a Deus na sua sujeição às Escrituras.

Ou seja, se essas autoridades não se submetem às Escrituras elas não são dignas de obediência e devem se arrepender das suas rebeliões.

_____________________________________

Fuja!

Uma igreja que relativiza as ordens e doutrinas bíblicas não é uma igreja fiel, pois é praticante de rebeliões e, portanto, não é uma igreja recomendável para aqueles que querem servir ao Senhor.

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2024/10/igrejas-mas-x-boas.html

_____________________________________

Púlpitos X mesas

Os anos de experiência me levaram a uma inclinação: hoje eu troco, muito facilmente, um púlpito por uma mesa.

No púlpito um orador tem o monopólio do discurso de forma incontestável, e invariavelmente intromete seus gostos e vícios naquilo que se diz ser pregação da Palavra de Deus. Mas numa mesa ocorre a partilha da mesma Palavra de forma mais fraterna e sem nenhuma teatralidade.

06/12/2024

A mentira não serve à glória da verdade.


O uso do espantalho no embate de ideias.

Infelizmente, muitos, para defenderem a sua ideia sobre qualquer coisa, importante ou não, usam do expediente da criação de um espantalho para se referir à ideia do outro, do seu oponente. 

Assim, no embate de ideias, o defensor de uma ideia costuma expor para seus ouvintes, que ele deseja que sejam convertidos em seus partidários, não os fatos verdadeiros e justos sobre o seu oponente, mas muitas vezes cria-se um espantalho sobre o que o seu adversário pensa ou faz, fazendo dele um execrável boneco do Judas, digno de ser malhado, uma narrativa baseada em distorções, em preconceitos, em desonestidade, em exageros e em mentiras para que seus ouvintes desenvolvam repulsa por ele sem que necessariamente tenham compreendido os seus pontos de vista, e por isso se tornem adeptos das suas ideias.

É como dizer que, como historicamente foi feito, "cristãos são canibais", uma mentira absurda baseada numa interpretação maldosa do sacramento da ceia que alguns opositores do cristianismo propagaram em determinados contextos para fazer com que muitas pessoas reajam com ódio e preconceito aos cristãos, mantendo distância desta fé.

Ou seja, muitas vezes a adesão à alguma ideia não é porque o ouvinte do debatente compreendeu a verdade, mas sim porque ele reagiu à uma propaganda enganosa. 

Infelizmente esse tipo de desonestidade é usado por muitos tanto no campo da política, ou da religião, ou em qualquer área em que exista o embate de ideias. Se para atrair alguém para o meu lado eu menti sobre o meu adversário, a pessoa que está ao meu lado foi enganada e não está ali de forma verdadeiramente consciente e pode ser que, quando estiver mais consciente, ela mude de opinião e de lado.

A verdade não se receia de coisa nenhuma, nada podemos fazer contra ela (2 Coríntios 13: 8) e para fazê-la resplandecer sobre quaisquer ideias ou coisas nós jamais deveríamos usar de corrupções dos fatos, ainda que esses fatos digam respeito ao meu adversário. Não coopera com o triunfo da verdade o uso de desonestidade, de manipulações nem de mentiras. Para a evidência da verdade deveria-se usar sempre apenas a verdade. Somente ela satisfaz a nossa consciência e nos proporciona um fundamento verdadeiramente seguro. E se você não tem muito conhecimento sobre os fatos que digam respeito ao seu adversário, atenha-se em apenas se dedicar na exposição e defesa daquilo que você realmente sabe.

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a VERDADE, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."

(João, 14: 6)

Considere que servir ao Senhor Jesus, pregando sobre Ele, sobre a Palavra de Deus, está se servindo à Verdade que, em última instância, diz respeito ao Ser de Deus que nos foi plenamente e perfeitamente revelado na pessoa do seu Filho Jesus Cristo - Ele é a personificação da Verdade, sendo a própria Verdade plena e absoluta em todos os sentidos, seja espiritual, filosófico, empírico, histórico e testemunhal. Ele é a razão de ser de todas as coisas existentes, sejam deste mundo ou das realidades espirituais que para nós ainda permanecem misteriosas. Ele é o princípio e o fim, seja do tempo, da história e do universo. Dele, para Ele e por Ele são todas as coisas e essa potência onde tudo reside, a base e a razão de ser de todas as coisas, se apequenou no milagre da encarnação do homem Jesus numa pequena fração da história, um fato extraordinário que as Escrituras chamam de "plenitude dos tempos", o Pleroma, o ponto crucial da história e do universo, o tempo em que o Deus criador andou entre os homens como homem de fato, sujeitando-se à própria criação para redimir à sua criatura. E anunciar a Cristo, a Verdade, implica em jamais criar espantalhos sobre o que não é a Verdade do Senhor, ainda que sejam as multiformes mentiras dos homens e de Satanás. Mentir sobre as mentiras é cair em cilada, é usar do expediente do inimigo e tornar-se semelhante a ele. Para resplandecer a verdade eu não posso usar da desonestidade, nem da mentira, pois isso é desonroso para a evidência da verdade.

Para pregar o Evangelho eu devo conhecer apenas ao Senhor Jesus conforme nos ensinam as Escrituras. Essa verdade é gloriosa e isso basta!

Salmo 23 - Jesus, o nosso bom pastor.


Pregação feita no Salmo 23 no culto da Capelania Evangélica do Hospital São Paulo dia 30/11/2024.

A gravação da mensagem foi feita no meu celular, que uso para controlar o tempo de fala. Por isso o vídeo contém apenas o áudio.

O Deus odiado


O Deus odiado

Deus se revelou perfeitamente na pessoa do seu filho Jesus (João 1: 14; Hebreus 1: 3)

E o mundo, quase todo mundo, detestou o que conheceu e viu em Jesus, a ponto da multidão e da liderança religiosa clamar pela morte do Senhor da pior forma possível, e sem que houvesse algum motivo para isso, pois Ele era inocente, jamais pecou e nunca cometeu nenhum crime.

Mataram Jesus porque Ele era a expressão exata do ser de Deus. Porque Ele disse a verdade sobre quem Ele era: o Filho de Deus, sendo, portanto, de igual natureza do Pai (Mateus 26: 62 - 66).

Por natureza, todos odiamos a Deus - até que essa natureza nos seja mudadas por Deus (se Ele a mudar). Nossos contrastes nos repelem, Ele é Santo e nós somos pecadores. 

Se a humanidade pudesse, ela mataria o próprio Deus, muito embora todos sintamos uma necessidade que só pode ser satisfeita nEle. Por isso a maioria de nós recorre ao efeito placebo das falsificações de Deus e da religião.

É por isso que a maioria das pessoas prefere criar o seu próprio ideal de "deus", seja por devoção a qualquer ídolo de qualquer religião falsa ou deturpando o conhecimento do Deus auto-revelado em Cristo, adulterando o ensino e a pregação da sua Palavra, ou omitindo, acrescentando e corrompendo partes do seu ensino.

De toda a multidão que seguia Jesus por causa dos seus milagres, permaneceram com o Senhor enquanto Ele agonizava na cruz somente algumas das mulheres, dentre elas a sua mãe, e entre elas estava um único dos seus doze discípulos, João.

E após a ressurreição do Senhor, permaneceram em Jerusalém, orando e aguardando a promessa do Espírito Santo, apenas cento e vinte crentes, a igreja primordial.

Embora multidões sejam atraídas a Jesus, a maioria das pessoas quer somente suas bênçãos. Mas elas odeiam quem Ele é, por isso, incontáveis pregadores oferecem versões distorcidas do Senhor para manterem suas igrejas cheias. E é por isso que em muitas igrejas a doutrina fiel e bíblica não tem aceitação e, em lugar de pregações expositivas faz-se a opção por abordagens que servem como difusoras de incontáveis coisas, onde o texto bíblico lido é usado como um trampolim para os pensamentos do pregador visando as satisfações emocionais e carnais das suas plateias e a adequação dessas pessoas à visão espiritual e moral daquele grupo - e nem sempre essa adequação ao grupo ou a adesão ao sistema religioso corresponde à conversão verdadeira ao Senhor.

"Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos."

(Mateus, 22: 14)

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele."

(João, 14: 21)