17/04/2024

O projeto do colapso da civilização ocidental



Estamos vivendo uma época de grandes transformações ideológicas. Os sentidos e significados das coisas estão passando por um rápido e brutal processo de ressignificações. O certo não é mais certo, noções de errado e de pecado estão subjetivas, fluídas. Agora os criminosos é que são vítimas de uma sociedade opressora. O modelo de família tradicional, base da sociedade, que é formado por pai, mãe e filhos tornou-se no modelo máximo de um sistema opressor e patriarcal. Agora é imoral e inaceitável comemorar o dia dos pais e das mães nas escolas infantis. Noções de beleza e de virtude não são mais absolutas, arte, agora, é uma performance política. A obviedade biológica do macho e da fêmea se desdobraram em incontáveis letras numa nova cosmovisão Lgbt+ que se impõe como ditadura da estupidez. Estamos vivendo um tempo de caos moral e de perda intencional de valores, de referenciais e de paradigmas e esse colapso é fruto de um engajamento que foi planejado e que vem sendo implementado a partir de arquitetos ideológicos, de acadêmicos das esquerdas, de projetistas políticos e de financiadores de uma nova ordem mundial que está em construção enquanto a igreja vem afrouxando suas convicções e acatando muitos desses valores fluídos num progressismo que tem sido tratado por muitos como se fosse expressão de relevância quando é, na verdade, apenas mundanização e apostasia.

Para erguer um novo paradigma é necessário fazer ruir o antigo. Para construir uma nova civilização é necessário fazer ruir a anterior. 

Mas para se buscar o Reino de Deus e a sua Justiça basta à igreja manter-se fiel ao seu velho, incontaminável e inegociável fundamento dos Apóstolos.
 Aos crentes está lançado o desafio de permanecerem fiéis e perseverantes nas mesmas e antigas doutrinas de 2000 anos atrás.


O Presidente dos EUA, Joe Biden, falando abertamente sobre a necessidade de uma Nova Ordem Mundial.


A ideologia do caos aplicada nas artes


A Teoria da Subversão arquitetada na URSS e que vem sendo praticada há anos no Ocidente.


O engajamento na destruição das crianças e das famílias.


A resistência à progressão da iniquidade

A Igreja do Senhor é a "coluna e baluarte da verdade" (1 Timóteo 3: 15) e é o sal da Terra e a luz do mundo (Mateus 5: 13 a 16). É parte da missão dos crentes neste mundo de sustentarem a verdade e a justiça num mundo decadente de modo que o seu ministério refreie a degeneração pelo mal do pecado no mundo ao derredor e ilumine a todos com a Graça que de Deus procede. Ou seja, diante dos avanços da degeneração moral da civilização a igreja é, ou deveria ser, uma barreira. E se as iniquidades se multiplicam isso somente pode ocorrer por omissão e pelo pecado de negligência dos crentes. Se a luz não está brilhando no velador, mas se oculta, as trevas prevalecem. Se o sal for insípido, imperceptível, ele será inútil para impedir a putrefação das carnes mortas e só terá utilidade para ser pisado, humilhado pelos homens caídos. Se a igreja não for coluna e sustentação da verdade, a verdade não estará em proeminência, não será conhecida e toda sorte de mentiras prosperará. Se a igreja não toma posicionamento claro nas demandas do seu tempo ela não estará cumprindo suas funções e será pisoteada pela turba dos ímpios. 

Assim, existem muitas igrejas que não estão cumprindo corretamente o seu ministério porque tem relativizado a verdade e tem afrouxado o zelo doutrinário para serem igrejas cada vez mais inclusivas, antenadas com o mundo, e por isso estão substituindo os rigores da santidade de Deus conhecidas e vivenciadas em suas doutrinas por "fluidez", por releituras contemporâneas, por superficialidades, por psicologia, por táticas do mundo corporativo, por marketing e por muitas outras seduções do mundanismo numa apostasia evidente que foi amplamente denunciada nas Escrituras (1 Timóteo 4, 2 Timóteo 4, Mateus 24, etc). Já ouvi pastor dizendo que tinha muito mais certezas quando era mais jovem, mas que agora, mais velho, ele já não tinha mais tantas certezas - essa "pérola" foi dita numa reunião em que se debatia se ele deveria ou não fazer o casamento entre uma jovem crescida na igreja com um estrangeiro que era muçulmano. Por fim esse pastor incerto quanto às suas convicções acabou celebrando um casamento de evidente julgo desigual (2 Coríntios 6: 14 a 16) fazendo entender que foi abençoado o que as Escrituras claramente desaprovam. 
Igrejas conduzidas assim estão de tal forma descaracterizadas que empreendem eventos que sequer fazem menção do Senhor. Aliás, esse tipo de organização fraterna do erro está em expansão, um tipo de empreendimento que depende cada vez mais de eventos e de ativismos não-biblícos justamente porque as Escrituras não lhes bastam mais. O caminho natural desse tipo de desvio é o de inventarem falsos Cristos idealizados sob as aspirações de seus corações enganosos e à semelhança da igreja de Laodicéia o verdadeiro Senhor estará não dentro, mas do lado de fora dessa igreja apóstata mas militante que vive cheia de si mesma, cheia de orgulho e de amor próprio, cheia de ídolos homônimos do Senhor mas absolutamente vazia de Deus.

Eu já fui "repreendido" por presbítero por compartilhar o desenho do ornitorrinco (acima) em grupo de homens de uma igreja - desenho que é uma crítica às ideologias crescentes de incentivo às promiscuidades como os transtornos de mudanças (disforia) de gênero que têm evoluído inclusive para mudanças de espécies (como pessoas que se identificam como cães, gatos e outros animais) e esse "presbítero" (um erro de infidelidade a Deus por parte de igrejas inteiras que subvertem o ordenamento bíblico na escolha dos seus oficiais por padrões mais baixos, politiqueiros e meramente humanistas) se autodenunciou em sua bronca a mim dirigida usando a frase-padrão da militância esquerdista "menos ódio/ mais amor" como se isso refletisse os deveres cristãos de amar aos outros no endosso de práticas espúrias - cristãos de verdade não apoiam, endossam e não corroboram pecados e suas apologias e o amor cristão deve ser visto, acima de tudo, na pregação do Evangelho e na conclamação aos arrependimentos de pecados, não em seus apoios. Também fui "repreendido" por tomar posição pública em debate político contra as pautas das esquerdas como parte dos meus deveres cristãos (política faz parte da cosmovisão cristã - pois somos a barreira contra o avanço na pauta do aborto, da promiscuidade LGBT+, da apologia ao crime, etc); fui "combatido" por reivindicar santidade no culto e por brigar por zelo doutrinário na igreja (fui "acusado" de ter muita santidade - obviamente com ironia - quando é que líderes de igreja aprenderam a tornar pejorativo e a se opor a um ordenamento bíblico? 1 Pedro 1: 15, 16) e porque insisti que não deveríamos buscar água do esgoto de fontes que claramente estão corrompendo a fé na única verdade de Deus a defesa do erro foi reforçada, e não da fidelidade escriturística. Em todos os casos eu fui rechaçado, qualificado como um "briguento", "dono da palavra final", um "desperdício" enquanto diziam "concordo com tudo o que você fala mas discordo com o modo como fala". Também ouvi ameaças veladas no estilo neopentecostal "cuidado, já vi gente lutando por doutrina que perdeu seus filhos", numa estupidez teológica que me fez lembrar de baboseiras como "ai de quem tocar no ungido do Senhor" quando eu questionei um falso profeta há quase 30 anos - eles tentam fazer com que se acredite que Deus está comprometido com eles, com a instituição decadente e não com a verdade, sendo o rigor com a verdade um capricho de orgulhosos assim como o zelo com a sua Palavra. No entendimento deles parece que Deus está aliançado com a fraternidade do erro, que o Senhor está muito mais comprometido com a instituição humana que pode e costuma ser corrompida pelas ingerências pecaminosas de prevaricadores do que com as Escrituras. Essas incoerências absurdas, mas que têm sido institucionalmente protegidas - isso porque os parceiros da fraternidade se protegem uns aos outros, pois no entendimento deles pecados graves são os que tornam-se públicos, um engano que leva ao cinismo, ao acobertamento de pecados e à sofisticação da hipocrisia, o que faz com que seja, para eles, mais importante não a fidelidade ao Senhor, mas sim manter as aparências diante das pessoas, exatamente como faziam os antigos fariseus, não importando se a essência está sendo perdida numa flagrante apostasia que está em curso - essas coisas me fizeram entender, mais objetivamente, o significado do termo "hipócritas", no sentido usado pelo Senhor nos Evangelhos, pois aqueles lideres religiosos mantinham a religião em pleno funcionamento, como agora, contudo subvertida sob os seus desmandos, fazendo deles mesmos modelos de ostentação e de autoridade num empreendimento religioso que lhes seja submisso mas verdadeiramente apóstata a ponto de, no passado, recusarem e condenarem à morte o seu Senhor, Rei e Deus - pois não é mais a verdade que lhes interessa. E se mataram ao Senhor, por que se espantar se os hipócritas do nosso tempo se organizarem para cercear os servos do Senhor que miram no seu senhorio somente também no nosso tempo? Isso é um desdobramento natural e cíclico nas Escrituras, sempre foi assim. 

Diante da evidência do erro o que se deve fazer? Sempre e inevitavelmente haverá um dos dois frutos: o fruto desejável do arrependimento ou o fruto maldito da perseverança no erro.



Exemplo de igreja (uma IPB bastante influente) mundanizada a pretexto de "dialogar com o mundo" e para isso se descaracteriza, substituindo o nome já amplamente conhecido de "igreja" por "comunidade" para soar mais inclusiva, substituiu o "culto de adoração ao Senhor" por "nossos encontros" para ser mais humanista e está substituindo os louvores a Deus na adoração por músicas seculares "para a nossa reflexão". Infelizmente apostasias como a vista nesse exemplo parecem atraentes, são verdadeiros casos de sucesso empresarial. O progressismo diabólico é um veneno agradável para a carne e promissor para os que ambicionam o trono de Cristo neste mundo, ecoando a sedução da serpente que foi feita aos nossos pais no Éden.

Veja também:
  • Não beba água do esgoto

  • Cristianismos esvaziados do Senhor

  • A religião do esqueleto adornado

  • Faz parte da missão da igreja lidar com questões do seu tempo 

  • Apostasia

  • Líderes eclesiásticos de esquerda

  • Pregação sobre unidade feita por um falso profeta