28/12/2023

Pecados suavizados nas abordagens modernas



Nas abordagens modernas não há mais espaço para se acusar perversidades, pois quase tudo tem sido tratado como modos não normativos de comportamentos, ou no máximo como distúrbios que fazem dos seus portadores vítimas, não culpados.

O sujeito não é um perverso predador de crianças, um pedófilo, pois já há quem defenda que isso é uma condição incompreendida e deve-se buscar soluções para a resolução desse problema, como por exemplo reduzir a idade do consentimento sexual para 10 ou 12 anos.

A criança não deve ter a sua orientação sexual definida pela educação realizada pelos pais de acordo com o seu sexo biológico, pois identidade sexual e biologia são coisas distintas e a criança deverá descobrir por si só (obviamente com as ingerências de professores militantes que infundirão suas ideologias de gênero e todo lixo esquerdista-progressista nas mentes vulneráveis e receptivas de crianças cujos pais tem sido cada vez mais cerceados nos seus deveres de educar) e assim, essas crianças poderão ser o que quiserem, incluindo a mudança para o sexo oposto através de cirurgias e procedimentos castradores e mutiladores que causam danos físicos e psíquicos profundos e irreversíveis, mas isso não será tratado como perversão e sim como práticas normais que devem ser celebradas.

E essas mesmas crianças poderão mudar o seu sexo, pois devem ser tratadas como conscientes e perfeitamente aptas para tão grave transformação, mas nunca deverão ser consideradas responsáveis pelos crimes que eventualmente possam praticar - pois ainda não têm maturidade para isso.

O sujeito não é um depravado, ele apenas se enquadra num espectro pouco compreendido de toda uma gama de opções de práticas sexuais que não se enquadram na ditadura da heteronormatividade, uma imposição do patriarcado judaico-cristão, e deve "sair do armário" para ser ele mesmo e ser feliz.

O sujeito não é um bandido que deve pagar por seus crimes, mas deve ser compreendido como vítima de uma sociedade que não lhe deu opções justas e que o oprimiu, sendo a sociedade a verdadeira responsável pelos crimes que forçou sua vítima a praticar.

A mulher que assassina o próprio filho em gestação não é uma assassina, mas é uma mulher que deve ser celebrada porque corajosamente se desprendeu das amarras a que foi historicamente oprimida e subjugada e que agora reassumiu as regras sobre o seu próprio corpo, num ato que também é político e libertador ao impor o seu direito de não ficar presa à condição de mãe, uma condição que atrapalha a sua realização profissional, financeira e social e, por isso, abortos são direitos que requerem aplausos, não a condenação pelo derramamento covarde e cruel de sangue inocente, pelo assassinato do próprio bebê, de uma outra pessoa que é totalmente indefesa.

E o que dizer da idolatria? Já faz muito tempo que passou a ser um "direito", quando na verdade continua sendo pecado que incorre em condenação, é crime contra a Lei de Deus mas acobertado e protegido pelas inferiores e débeis leis dos homens. E assim passamos a tratar como normal o que é ofensivo ao Senhor e nos esquecemos que pecados são, antes de tudo, contra o Senhor e contra a sua Lei muito antes de o serem contra pessoas e nos esquecemos que nunca nos foi dado por Deus nenhum direito de cometer nenhum tipo de pecado, porque todo pecado é e sempre será rebelião contra a Lei do Senhor e ofensa contra o Senhor.

E somam-se a esses pecados alistados, muitos que tem sido socialmente celebrados, como a banalização da quebra do dia do Senhor, da importância do matrimônio e a banalização dos adultérios, dos divórcios e recasamentos, das cobiças das coisas alheias, das muitas formas e sofisticações de mentiras e corrupções, etc, etc.

Diante desses e de tantos outros pecados que atualmente têm sido erroneamente interpretados como direitos, desajustes e formas diferentes de se ser, a única solução continua sendo a mesma velha ordem:

"Arrependei-vos, e crede no evangelho."
(Marcos, 1: 15)

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Se um pregador da Palavra aderir à ideia mundana de "fluidez" e de relativismos da verdade, tenha-o como um apóstata, porque a Palavra de Deus não reforça e não se submete às sutilezas do engano demoníaco que tentam colocar em dúvida os fundamentos da fé, pois a Palavra de Deus não se rende a modismos, nem às filosofias que mudam conforme mudam os tempos, mas sempre reforça e proclama a solidez inalterável da verdade.

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