Você já viu como são educados os participantes de um leilão de artes?
Você já notou como são civilizados os banqueiros?
E os comerciantes de pedras preciosas, de jóias?
É muito interessante ver o discurso de bilionários preocupados com um mundo melhor, quando suas fortunas são baseadas na exploração de trabalho mal-remunerado e abusivo nos submundos e na degradação do meio ambiente em locais distantes das suas plateias.
Grande parte do comércio de artes é lavanderia de dinheiro sujo, e isso explica o valor inestimável e em ascenção de muitas obras arrematadas por compradores anônimos.
A discrição dos banqueiros é imperativa quando sua clientela é formada, também, por traficantes, ditadores, genocidas... afinal, não importa a fonte quando todo dinheiro é bem-vindo, desde que se saiba guardar segredos.
E desde quando o problema real é o dos criminosos circunstanciais? Afinal todo nobre de hoje foi um tirano até anteontem. A redenção deles é outorgada quando podem pagar pelo caro ingresso que lhes confere o direito de participar dos jogos do poder que são restritos a uns poucos clãs e clubes de cínicos, no antigo rito promíscuo de pagãos adoradores de Mamon, que é apenas revisto nos nomes, supostamente desespiritualizados, conforme progridem os anos, mas é mantido nas essências e nos modos com que lançam os dados sobre quem vive e quem morre diante de Moloque.
O mundo tem sido usurpado como um grande altar pagão.
Quase toda grande pedra preciosa é coberta pelo sangue de gente explorada pelos gananciosos que ostentam bens para validar uma falsa superioridade que ainda os lançará no desespero.
Sim, os ímpios prosperam, mas isso é provisório (Salmo 73)
Não cobice as glórias imundas deste mundo. Queira as glórias do Reino de Deus e da sua justiça.
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"Ah, não existe problema, em si, em querer ser rico e em desejar as melhores coisas deste mundo. O que importa é o coração..."
CORAÇÃO?!
Mas é exatamente àquilo a que alguém se devota, a coisa pela qual alguém se dedica, é a isso que o teu coração está empenhado (Mt. 22: 37), eis o teu "deus". Porque o verdadeiro amor é evidenciado no que você faz e não apenas no que você sente. Os sentimentos costumam nos enganar, e muito facilmente (Jr. 17: 9).
A tua devoção é evidenciada nas coisas que você faz (Mt. 21: 28 - 31), nas coisas que consomem mais do teu tempo e das tuas ações e que têm definido o curso da tua vida. E todas as devoções, sem excessão, requerem sacrifícios, e isso porque, no final das contas, são como deuses, ainda que despersonificados, que requerem tempo, dedicação, consagrações e que fazem pactos que incluem recompensas.
Você quer o melhor deste mundo? Quer muito dinheiro e as felicidades que ele pode comprar? Quer carro bacana, marcas caras, status social, manter a funilaria de uma pessoa jovem para sempre e ostentar muitas viagens nos melhores paraísos da Terra? O deus-mundo requerirá a tua consagração, exigirá a tua vida e as vidas dos teus filhos em sacrifício e não te permitirá ter uma devoção decente ao verdadeiro Senhor de todas as coisas. O deus-mundo (que jaz no Maligno) requerirá todo o teu tempo, toda a tua atenção e toda a tua dedicação e requerirá que teus filhos sejam sacrificados, podendo o ser antes mesmo de nascerem, pois é o deus-mundo quem diz: " primeiro a tua estabilidade, a tua prosperidade, e depois, talvez, os filhos"; e também requerirá aos filhos que nascerem através das suas entregas aos cuidados de terceiros para que as diretrizes do Estado, quaisquer que sejam, lhes sejam inculcadas para a formação de novos peões, novos vassalos. Isso porque sua mãe e seu pai estão de tal modo comprometidos com as responsabilidades com as quais se acorrentaram neste mundo que não têm tempo, nem forças, nem vontade para assumirem suas responsabilidades que foram ordenadas por Deus. E então esses pais abrem mão dos seus deveres e entregam a educação dos seus filhos a terceiros, consagrando-os em sacrifício ao mesmo Mamon a quem já servem, o deus-dinheiro, o sistema e as ambicionadas riquezas deste mundo, negligenciando (uma rebelião contra Deus, não mera falta) as ordens claras feitas por Deus que definiu os meios para que se colham os fins, os frutos, as bênçãos do pacto que Ele fez com o seu povo.
É errado querer ficar rico? Sim, é. O Apóstolo Paulo responde a essa questão de forma clara em 1 Timóteo, capítulo 6, versos 3 a 19. Nesse ensino fica claro que os crentes devem trabalhar e entesourar para o Reino de Deus em contraste com este mundo.
Preste atenção ao texto, biblicamente dizendo não existe acordo.
"Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas."
(Mateus, 6:24)
E então temos procurado fazer verdadeiras gambiarras para justificar nossa mundanidade, inventando alegações como "o que importa é o coração" em detrimento das responsabilidades e das obediências para acatarmos sofismas como se fossem expressão de sabedoria - e pior - como se fossem condizentes com a fé no Senhor. Na real, muitos estão simplesmente mentindo para si mesmos.
E a eternidade adiante será apenas um desdobramento, uma continuação do percurso dessa tua vida, porque os salvos para a eternidade com Cristo foram salvos e transformados pela sua Graça no curso desta vida (Lc. 9: 23 - 25). É "nesta vida" que se vê o teu "deus", a quem você realmente tem se consagrado e o porvir é o desdobramento do que se é hoje - mas lembre-se que "hoje" é o tempo da salvação (Hb. 3: 7, 8) - a oferta da salvação está sempre diante de nós, juntamente com a ordem ao arrependimento, às mudanças nos modos como temos feito as coisas.
E pode ser que a tua "fé cristã" equilibrada com a devoção ao deus-mundo (Tg. 4: 4) esteja sendo apenas um exercício complementar de escape, um alívio psicológico, um entorpecimento, um analgésico para a enxaqueca incurável, uma pausa para os intervalos comerciais, uma recarga nas baterias para continuar a ser mula do mundo, uma parada num posto de estrada na viagem para a cidade da tormenta, um disfarce das agonias de simplesmente continuar perdido. É certo que muitos de nós temos lidado com a fé no Senhor de modo pecaminoso, como se fosse uma forcinha para continuarmos perdidos, e isso também requer arrependimento - ou seja, se é exigido de nós o arrependimento, a mudança, é porque nós ainda temos esperança.
O Senhor requer de nós tudo. E não aceita sobras. É tudo ou nada! Para nós isso é uma questão de escolha, de decisão verdadeira e isso sempre envolverá sacrifícios, pois para seguir ao Senhor, de verdade, é muito provável que você tenha que abrir mão de muitas das tuas ambições e sonhos mundanos, e tenha que se contentar com uma vida mais modesta, porque terá que dispor de tempo para se dedicar às coisas que Deus ordena que façamos - dentre elas, são os pais que devem ser os verdadeiros educadores dos seus filhos (Dt. 6; Ef. 5 e 6; Sl. 78).
Se você não tem tido tempo para cumprir as ordens do Senhor é porque algo está muito errado no modo como você tem decidido viver diariamente.
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Como prosseguirmos para o alvo?
https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/02/como-prosseguimos-para-o-alvo.html
Teologia do trabalho.
https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/03/teologia-do-trabalho.html
Trecho da entrevista feita por Robert Oppenheimer horas depois da detonação da primeira bomba atômica, sobre Hiroshima. A primeira coisa que ele pensou (um cientista ateu?) foi no deus hindu, Vishnu.