Vivemos um tempo de ampla profusão do "Evangelho".
Muita gente, e das mais variadas formas, têm "pregado o Evangelho" (eles acham que estão fazendo isso) e muitas vezes isso é feito de formas estranhas e irreconhecíveis, se comparadas com as doutrinas do Senhor.
(o que é o Evangelho? https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/08/o-evangelho.html)
A "palavra do Senhor" tem sido ministrada às pessoas, às plateias e freguesias nos mais variados graus entre fidelidades e distorções - e no campo maior, o das distorções, o foco tem sido não o de anunciar a Graça salvadora de Deus que confronta pecados e exige conversões ao Senhor Jesus, mas sim o de proporcionar às pessoas uma "experiência" com Deus ou alguma forma de obter dEle alguma coisa, qualquer coisa.
Muitas vezes as prioridades são de fazer as pessoas serem acolhidas e "recebam uma palavra" para "se sentirem bem", para serem "alimentadas" ou "energizadas" para viverem os próximos dias "sob a graça (genérica) de Deus" - o culto, para muitos, é equivalente a ir "receber um passe", não de um pai de santo, mas de um pastor - e isso é estimulado por muitos desses pastores. Mas, evidentemente, à parte dos corruptores, é claro que não são apenas distorções que têm sido pregadas por aí, pois a Palavra de Deus também tem sido pregada fielmente (e essa fidelidade também é em variados graus) por crentes que procuram ser íntegros, pois sempre existe o "remanescente fiel" que com certeza é formado por uma minoria de pregadores, de crentes e de igrejas através dos quais o Reino do Senhor avança, mas isso não costuma estar nos holofotes, nem na moda - e nem deve estar.
Algumas distorções nas pregações parecem ser mais "sutis", são abordagens repletas de positividade e de sentimentalismos, de ênfases em noções subjetivas de amor, de esperanças vagas e de uma fé pouco fundamentada nas doutrinas dos Apóstolos, e essas abordagens que são agradáveis para todos os gostos costumam receber misturas de outros embasamentos além das Escrituras, como os da psicologia e do mundo corporativo - sim, eu já ouvi pastor orientando seus subordinados que "naquele trabalho" eles não devem falar em pecado, mas apenas focar em "palavras de esperança" (mas que raio de esperança pode haver para quem não se converter a Cristo? E como isso pode acontecer sem o necessário arrependimento de pecados?), e já ouvi falar de missão cristã que NÃO FALA DE JESUS - certa vez perguntei a uma missionária que atua num país pós-cristão como eles evangelizam, ao que ela respondeu que eles não falam de Jesus porque isso espantaria as pessoas (!!!). O que eles fazem é "investir nos relacionamentos" para mostrar o "testemunho cristão" e, assim, pode ser que "algum dia" as pessoas perguntem sobre suas religiões, abrindo-se a oportunidade de falarem de Jesus "aos poucos"... já ouvi essa "brilhante estratégia" evangelística de não falar de Jesus em outros casos também, normalmente justificados no respeito à religião do outro e na prática de uma "sabedoria" praticada nos modos com que se pisam em ovos...
Paralelamente existem outras distorções mais escandalosas, são ostentações de absurdos que nada têm a ver com o Evangelho, pois o Santo Senhor jamais corroboraria certas coisas que o ofendem - afinal, nos lembremos sempre que o Senhor Jesus MORREU na cruz para pagar pelos nossos pecados, logo Ele jamais será condescendente com a insistência de muitos de relativizar pecados na igreja a pretexto de fazê-la "melhor" e mais acessível aos pecadores. Coisas extremas como as campanhas do "vale do sal à sombra do onipotente", vendas de tijolinhos e de toalhinas ungidos, de "Bíblia da vitória financeira", de campanhas de sete semanas do desencapetamento total (sempre com um "ato de fé no altar de Deus" que se traduz em dar dinheiro à "igreja"), de unção da cobertura espiritual do pai-póstolo, do profeta, da sumidade mística, do ente ungido, do reverendo Arcanjo e muitos outros absurdos através dos quais se arrecada muito dinheiro de incautos entorpecidos para o sustento de um tipo detestável de religiosidade e dos luxos de falsos pastores e que financiam construções de "templos" ostentatórios e abomináveis onde o Senhor Jesus não é servido, mas é blasfemado.
Eu não acredito que esses falsos pastores fazem as atrocidades que praticam por convicções reais, como que acreditando estarem servindo ao Senhor. Eles não são inocentes, nem ingênuos, sabem que não servem a Cristo. Tenho por certo que eles são cínicos, são escarnecedores convictos do Evangelho. Pode até ser que sejam ateus ou adoradores de Satanás que transtornam a Palavra de Deus de propósito, e conscientemente, simplesmente porque não têm nenhum temor de Deus por ofendê-lo com suas mentiras para tirarem dinheiro fácil de multidões de ignorantes manipuláveis. E quem tem coragem para perverter a Palavra de Deus e a fé tem, também, a mesma coragem para perverter qualquer coisa, isso porque esses homens não têm escrúpulos. Seus corações são de pedra, eles são obstinados, não se importam em proferirem blasfêmias contra o Senhor. Esses são os piores dos homens que vivem no mundo.
Mas eles costumam arrastar multidões atrás de si. Suas perversões são muito prósperas, pois Deus tem dado aos ímpios as impiedades que desejam. Mas as suas prosperidades, os seus números têm tentado a muitos líderes de igreja. Muitos tem se perguntado "por que não acatar parte dos seus estratagemas?" - e muitos têm sucumbido a essas tentações...
Atualizar Bíblia X 2 Tm. 3: 16, Gl. 1: 6-9, Mt. 24: 35
São quase que infinitas as variações de bizarrices diabólicas que zombam do Senhor e que nada têm de Deus senão o uso excessivo e descabido do santo nome do Senhor com a quebra escandalosa e sistêmica do 3° mandamento. A ordem de não dizer o santo nome do Senhor foi substituída por usá-lo como se fosse uma palavra de ordem, um abracadabra que faria Deus ter a obrigação de atender a quem o reivindica, fazendo dEle um tipo de gênio da lâmpada mágica - um desejo de muitos...
Acredito que os demônios agem e falam muito mais nos púlpitos dessas abominações do que num culto de magia negra (embora estejam agindo lá também), simplesmente porque todas as vezes em que Satanás aparece na Bíblia ele está pervertendo a Palavra de Deus, e ele parece ser muito comportado enquanto propaga suas mentiras, um sujeito diplomático, um "gentleman", ele não impõe suas mentiras aos gritos, mas costuma colocar em dúvida as ordens claríssimas de Deus e propõe seus sofismas após a expressão "se" ("se você realmente é o filho de Deus, transforme essas pedras em pães..."). Ele é o tentador, é sagaz, astuto e ardiloso. Nesses cultos "pseudo-cristãos" praticam-se muitos mais desvios da verdade, adulterações da Palavra de Deus, ofensas ao Senhor e disseminações da mentira em escalas muito maiores e com maior eficácia do que numa reunião de uns poucos delinquentes que lêem livros de magia negra enquanto praticam transes em cultos pagãos e animistas.
O que se vê nessas distorções "evangélicas", especialmente do campo neopentecostal (mas não somente nele - é fácil bater no que é bizarro enquanto se está assentado sobre suas próprias infidelidades) não é Evangelho, nem culto a Deus, é afronta ao Senhor com a corrupção da fé e da verdade onde apenas se acumula pecado sobre pecado, ofensa sobre ofensa.
E esses corruptores, vendilhões da fé, nem disfarçam o propósito de se obter lucro através desse mau uso da palavra de Deus.
O fato é que abordagens de uma graça barata (ou corrompida) tem ocupado, cada vez mais, o lugar da necessária pregação do verdadeiro Evangelho que consiste no chamamento ao arrependimento de pecados e à fé no Senhor Jesus Cristo através da assimilação e prática das suas doutrinas.
SUTILMENTE, ESTAMOS SUBSTITUINDO A NECESSÁRIA EXIGÊNCIA DE CONVERSÃO AO SENHOR JESUS POR MERA ADESÃO ÀS NOSSAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS.
Mas, é lamentável que a religião tem sido administrada por muitos como se lhes pudesse ser sujeita, como um "negócio" que pode ser muito lucrativo, uma empresa administrada para prestar serviços espirituais selecionados onde se descarta alguns ingredientes e se reforça outros, gerando um serviço espiritual feito sob medida para uma freguesia exigente (e que paga pelo serviço) e muitas igrejas tem se amoldado para atender consumidores de experiências religiosas, evidentemente forjadas, fabricadas, falsificadas, mas que ainda assim atingem o propósito de tocar nas emoções das pessoas. E essas pessoas confundem essas experiências emocionais e sensoriais, coisas da carne, estimuláveis, com atuações do Espírito Santo, o que é muito grave, pois assim caminha-se num limiar perigoso para o cometimento do único pecado que não pode ser perdoado - o da blasfêmia contra o Espírito Santo - quando se atribui ao Diabo as obras que são de Deus. As fabricações de falsas experiências religiosas atribuem a Deus as obras que são apenas da carne, e que por isso não podem alcançar os efeitos que somente Deus produziria (a transformação da mente, a conversão genuína, a adoração verdadeira), e que além de serem falhas e inconsistentes - obras da carne atribuídas a Deus - ainda podem ser instrumentalizadas por demônios que estão a serviço do velho pai da mentira, um ministro maligno que, como vimos, infelizmente tem pregado em muitos púlpitos e influenciado a muito crentes mal discipulados e mal instruídos nas doutrinas do Senhor.
É fácil bater nas heresias dos outros. Mas e quando as prevaricações são como essas, deste vídeo? https://youtu.be/H68mbfuza_0
Infelizmente até mesmo os Reformados têm relativizado bastante a ortodoxia e estão acatando o progressismo como norma de conduta e de culto e estão abraçando "estratégias" pragmáticas para o crescimento das igrejas como se o Senhor aceitasse adulterações da verdade (que são mentiras) e invencionismos que são atribuídos ao Espírito Santo (um pecado muito grave), em coisas que Ele jamais fez, nem fará.
Parece que tem prevalecido a ideia de que agradar e servir aos homens é o mesmo que agradar a e servir a Deus, numa péssima interpretação da verdade de que é impossível dizer que se ama a Deus, a quem não vemos, se não amarmos ao próximo, a quem vemos. Isso que dá ignorar DOUTRINAS e ignorar, convenientemente, que o amor de Deus é Santo, que não pode ser corrompido conforme desejam os gostos das pessoas - na versão "mundana" de amor "toda forma de amor é válida", mas o AMOR de Deus não é assim, é Santo, sacrificial e é cumpridor da Lei ("quem me ama guarda os meus mandamentos") e isso implica em fazer não o que as pessoas querem, mas sim o que Deus quer. E é esse amor SANTO de Deus que devemos nutrir, um amor fundamentado não nos relacionamentos meramente humanos e comuns, mas fundamentado na comunhão com o Pai e com o seu Filho, o nosso Senhor Jesus no Espírito Santo (o autor das Escrituras). Ou seja, a verdadeira comunhão e o verdadeiro amor são baseados na obra de Cristo visando a santificação da Igreja, e não se ajustando aos progressismos e aos costumes do mundo, conforme ensinam os fundamentos do Senhor e dos seus Apóstolos (João 17 e 1 João 1: 3)
A nova onda tem sido confundir agradar aos homens com agradar a Deus, como se fossem a mesma coisa. Mas não são!
"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento..."
(Oséias, 4: 6/ Mateus 22: 29)
Assim, as igrejas têm tomado as mais variadas formatações, que vão desde as fiéis, bíblicas (graças a Deus por elas!), perpassando por aquelas que podem ser confundidas com clubes onde a prioridade são as convivências, ou confundidas com empresas, ou descambando para aquelas que se transformaram em cultos irreconhecíveis para os padrões bíblicos.
Um modelo que tem sido bastante acatado, como evidência de mundanismo e secularização, é o de igrejas que podem ser confundidas com um clube, um sistema religioso administrável como uma empresa onde se foca em resultados pragmáticos, em números, em quantidades de gente e de dinheiro. E para isso se estabelecer adota-se um padrão mediano de espiritualidade, de exigência doutrinária, caso contrário os rigores do Senhor afastariam grande parte dos adeptos, dos associados. E normalmente isso estará diretamente relacionado ao engrandecimento do líder local, à celebração do seu nome. Seus focos estão na adesão religiosa e não em conversões verdadeiras. Essas igrejas não querem ser congregações de santos, de crentes professos, de discípulos engajados do Senhor. A fidelidade bíblica é facilmente descartada sob rótulos pejorativos como "fundamentalismo, legalismo, preciosismo, capricho...". Eles focam em resultados, em números, em multidões administráveis que serão sempre dependentes das ministrações dos seus líderes - nesse contexto os discípulos mais engajados do Senhor Jesus devem ser evitados, pois criarão problemas, eles costumam denunciar os erros dos que pervertem as coisas pois têm uma coisa perigosa: consciência própria e bíblica, mas que é servil e não relativiza a ortodoxia (= caminho de retidão). Os cultos, em muitos desses contextos, não são para Deus, não é uma liturgia ou serviço ao Senhor como Ele mesmo prescreve (entenda o Princípio Regulador do Culto), mas são para as pessoas se sentirem bem, para elas serem "ministradas". Não se prega e ensina o Evangelho em sua inteireza (até porque muitos dos seus líderes não o conhecem, e não precisam conhecer para fazer o mau serviço que fazem), nesses lugares não há esforço verdadeiro para se fazer discípulos do Senhor, porque, em muitos casos, isso faria muito mal para os negócios.
Mas, graças a Deus, sempre, até que o Senhor Jesus volte, sempre haverá o Remanescente fiel, sempre existirão crentes fiéis e íntegros e sempre haverão boas igrejas para a nossa comunhão, ainda que sejam minoria e sempre, sempre, até o Dia do Senhor, haverá misericórdia para os arrependidos e a possibilidade de igrejas corrompidas por enganos e práticas más se voltarem à fidelidade ao Senhor, porque o nosso desafio continua sendo o de lutarmos pela fidelidade: "Igreja Reformada sempre se reformando".
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Pregadora-profetiza-cantora-influencer-coatching-mirim
Nesses tempos de redes sociais, de YouTubers e de Influencers tem surgido um exército de jovens pregadores-prodígio, de influencers carismáticos que mesmo sem uma base sequer mediana de Bíblia tornaram-se disputados por muitos milhares de seguidores "sedentos" pelas suas ministrações, ainda que essas ministrações sejam demonstrações estapafúrdias de mensagens genéricas típicas da onda "coatching". E isso têm servido como inspiração para jovens cristãos desejarem ingressar nesse tipo de carreira.
Foi um caso desses, ocorrido nesta semana, que me levou a considerar o contexto atual do movimento evangélico e a escrever tudo o que está acima.
Pregadora-mirim do iPhone que se transformou em fenômeno como influencer para muitos, e motivo de MEMES para outros.
Nesta semana veio à tona um caso bastante representativo sobre o cenário do confuso evangelicalismo brasileiro. Uma pregadora coatching-mirim, que também é "profetiza", e é cantora gospel, e influencer, e que ficou famosa por suas mensagens peculiares que costumam virar meme, foi contratada para "ministrar" num aniversário de um influencer gay. E lá ela "profetizou" (profetizar seria Deus mandar uma mensagem direta - o que Ele NÃO FEZ) e "evangelizou" as pessoas e muitos teriam "aceitado a Jesus".
TUDO ERRADO!
O Senhor não envia esse tipo de mensagem. Não existe esse tipo de profecia.
A escolha do Senhor pelos seus implica em arrancá-los da escravidão do pecado e não em confirmá-los onde estão.
Veja https://youtu.be/HGl0GYl0Mxs e https://youtu.be/1cB7WFpxp1A e no Instagram da menina Vitória Souza
Para muitos, isso é "pregar o Evangelho" e a despeito dos graves erros a justificativa predominante é "mas o importante é que o nome de Jesus está sendo pregado..."
Contudo esse tipo de coisa é falsa profecia e é falso Evangelho. O "Jesus" pregado é falso. Mas, de forma genérica, todas essas coisas fazem parte do "grande bolo" que é a igreja evangélica brasileira. Uma confusão!
Depois disso a pastora-influencer passou a sofrer boicote de pastores e de igrejas e postou desabafos sobre isso. E, obviamente, esse caso já foi cooptado pela causa LGBT+etc.