22/07/2023

Você não precisa experimentar para saber que algo é errado e mau.


Você não precisa experimentar para saber que algo é errado e mau.

Você não precisa ir ver pessoalmente, nem conferir para constatar se algo é ruim, nocivo, perigoso. Não se experimenta o pecado para se saber que é mau.

Nem tudo deve ser conferido porque muita coisa simplesmente dá os seus sinais à distância, a aparência do mal, o fedor podre e mal disfarçado do pecado.

O que nós precisamos conhecer é a régua de medir todas as coisas, o padrão de certo e de errado, o "cânon", as Escrituras. É da Palavra de Deus que conhecemos a verdade, a vontade de Deus revelada. Nela conhecemos ao próprio Deus que revela a si mesmo na pessoa do Senhor Jesus Cristo e nada é mais importante do que isso. Por isso Ele é a própria Verdade.

E olha que interessante: nós não o vemos, não tiramos a "prova real", não temos como ir conferir pessoalmente se seus atos são verdadeiros senão pelo testemunho interno do Espírito Santo que faz com que os crentes tenham fé absoluta no que está escrito sobre o Senhor. Nós não temos como ir conferir pessoalmente se os atos do Senhor Jesus Cristo como os seus milagres, o seu holocausto na cruz, a sua ressurreição ocorreram ou não. Nós simplesmente sabemos que ocorreram porque cremos no que a Bíblia diz a respeito, e isso porque a fé é dom de Deus. 

Ainda que estudos e ciências modernas como a arqueologia e os estudos sérios de história atestem a veracidade histórica de muitos fatos bíblicos - como a existência inquestionável de Jesus na história, um fato que atualmente parece não ser questionado por nenhum historiador sério, considerando-se as vastas provas da sua existência - e existem incontáveis escritos bíblicos dos tempos antigos que estão preservados em museus e que comprovam a historicidade dos fatos narrados; e tenhamos à nossa disposição diversos registros históricos entrelaçados que dão amplo testemunho desses fatos, tanto do ambiente interno da religião como de observadores externos dela (os escritos do Flavio Josefo, por exemplo) - NUNCA será esse tipo de recurso que CONVERTERÁ alguém. Não somos convertidos ao Evangelho por quaisquer possibilidade de comprovação científica de que seus fatos são verdadeiros, mas sim, e unicamente, nós somos convertidos pela obra soberana e exclusiva de convencimento interno que o Espírito Santo provoca nos eleitos de Deus, e isso é muito diferente de um convencimento argumentativo que não atinge o cerne do coração humano, sua essência, um lugar que somente a palavra de Deus tem poder de atingir, como uma espada manejada pelo próprio Deus. Sempre foi esse o método de Deus no convencimento das pessoas, sempre foi esse o método praticado na história da religião e sempre será assim até que o Senhor Jesus Cristo volte. E sempre será o testemunho interno do Espírito Santo operado na consciência mais profunda das pessoas que será suficiente para o estabelecimento e para a manutenção da verdadeira fé.

Nós somos testemunhas dessas coisas, da verdade dos atos de Deus na história (como a verdade do Senhor Jesus), como efeito do milagre de o próprio Espírito de Deus inculcar nos nossos corações as suas próprias convicções, um ato transcendente, porque Ele é a verdadeira testemunha que não apenas presenciou os fatos descritos na Bíblia como, também, Ele mesmo fez com que tais coisas acontecessem exatamente como estão descritas (escritos que foram por Deus determinados, inspirados) e que aconteceram exatamente como a sua vontade soberana decretou.

Sabemos o que é verdade e o que é bom sem que tenhamos, necessariamente, constatado, "in foco",  todas essas coisas. E da mesma forma nós também sabemos o que é mentira, o que é errado, mau ou injusto sem que necessariamente provemos todas essas coisas simplesmente porque temos um parâmetro, a régua, a Palavra de Deus que nos impõe os seus desígnios. Deus é a fonte que gera a consciência de todas as pessoas, pois todas têm noções intrínsecas de mal e de bem, da Lei de Deus que foi gravada nos nossos corações como um efeito primordial e indelével da queda no pecado, que é o conhecimento do bem e do mal.

Dessa forma eu não preciso passar pelo fogo para saber que me produzirá dor, não preciso tomar veneno para saber se me matará, de uma forma intrínseca nós sabemos que assassinar outra pessoa é muito errado, não preciso dar ouvidos aos discursos de iníquos quando o cheiro do pecado já se faz sentir à distância, não preciso ter um diálogo com Satanás para saber se ele mente (e quem cair nesse canto da sereia será presa fácil), não preciso ir conferir o teor do que é dito nas rodas de escarnecedores para somente depois de provar das suas companhias e obras eu poder decidir se continuo ou não com eles - e isso não é prática de juízo temerário, mas sim o necessário exercício de discernir as coisas tendo por base a verdade que nos foi dada.

Confie, portanto, na Palavra de Deus. Não existe possibilidade de verdadeira comunhão com Deus se o crente não tiver intimidade com a sua Bíblia.