Caminhamos para a venezuelização do Brasil?(Sobre o pecado da omissão e as consequências da progressão de certas iniquidades)
Era evidente que o atual desgoverno do descondenado seria uma tragédia. Era óbvio que a corrupção e a estupidez seriam celebrados numa intensidade e descaramento ainda maiores do que nas outras oportunidades em que essas quadrilhas disfarçadas de partidos políticos tiveram acesso aos cofres públicos e aos balcões dos poderes.
Era para termos aprendido com o Mensalão, com o Petrolão, com a Copa das Copas, as Olimpíadas... Mas não! E agora a roubalheira institucionalizada do INSS, o escândalo das impunidades, o agigantamento do Estado, a pompa crescente da classe política, a proteção ao crime organizado, o populismo insustentável, as alianças com tiranos do resto do mundo, a celebração da injustiça e a Tirania do STF com possíveis restrições e punições... estamos afundando no mesmo tipo de lama onde a Venezuela e outros países tiranizados por insanos atolaram. O caos, a desordem e a pobreza nacional são frutos decorrentes de uma insanidade cultivada.
O Senhor Jesus nos dá uma lição em Mateus 12, versos 43 a 45, que deve nos servir como modelo:
"Ora, havendo o espírito imundo saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E, chegando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entretanto, habitam ali; e o último estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro. Assim há de acontecer também a esta geração perversa."
Nessa parábola vemos a ilustração de um homem que foi liberto da possessão demoníaca, mas que depois teve o seu estado muito piorado. E essa história serve para ilustrar a piora daquela geração de israelitas (ou da civilização) que mesmo sendo abençoada pelo Senhor o renega, abrindo espaço para o agravamento da sua má situação anterior. E ela serve como ilustração e advertência para um mal que foi eliminado mas que depois pode ser muito intensificado, como é o fato de uma estrutura de poder corrupta que foi retirada e inicialmente punida, mas que depois volta ao poder, à cena do crime, para agir com muito mais descaramento do que agiu outrora, intensificando suas más condutas porque agora não tem receios de punições e se sente muito mais desimpedida para praticar seus crimes e mentiras com muito mais cinismo. Qualquer mal removido, mas que não é definitivamente eliminado e que não é substituído por um bem permanente retornará com mais força, assim como uma erva daninha, ou como qualquer parasita ou um câncer que se alastra.
Era de se esperar que a estupidez cultivada em populações inteiras apoiasse quem condicionou legiões à subserviência em troca de benesses sociais. Os governos corruptos ensinaram seus currais de eleitores a serem parasitas histéricos em lugar de assumirem suas funções como gente racional e responsável. Mas não é de se esperar que gente esclarecida assuma o papel de "isentões" como se a neutralidade favorecesse virtudes como a verdade e a justiça. As omissões sempre fortalecem o descaminho.
A omissão e a neutralidade são equiparáveis à mornidão dos covardes. E eles são causa de repúdio, são mais do que desprezíveis, são vomitáveis.
"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca."
Palavras do Senhor Jesus glorificado em Apocalipse, 3: 15 a 16, acerca da igreja de Laodicéia, um "tipo" de comunidade cristã que fechou as portas para o Senhor, Ele está do lado de fora batendo à porta para entrar, está excluído, e essa comunidade apóstata se transformou numa fraternidade do erro que tem muito orgulho de si, tendo por base a sua aparência e riqueza, uma organização religiosa ostentatória e vaidosa, mas que é decadente e mundana. É uma descrição para quem acredita que o seu modelo não radical é saudável, nem tão compromissada com os altos padrões das exigências divinas, nem tão comprometida com o mundo, a que chama, orgulhosa, de "equilíbrio", mas que o senhor Jesus chama de mornidão causador de vômito, um tipo de arranjo hipócrita que dá nojo nEle.
E o que a religião cristã tem a ver com política? Todo cristão é embaixador do Reino de Deus neste mundo decadente. E não fazemos distinção entre as realidades espirituais das materiais, afinal, a espiritualidade cristã diz respeito ao todo da existência e a Lei de Deus tem implicações na vida comum e coletiva. O que é certo é certo em todas as circunstâncias e o que é errado também é errado em todas as esferas. Nossos deveres incluem fazer apontamentos e tomar posições em todas as esferas da vida e não apenas no que ocorre na vida privada dos crentes ou dentro das igrejas. A Lei de Deus está posta sobre todos e o pecado é global e deve ser confrontado no lugar onde ocorre, porque do Senhor é a Terra e toda a sua plenitude. Não existe um único centímetro em toda a criação que não pertença ao senhorio absoluto e irrestrito do Senhor Jesus Cristo (Colossenses 1: 15 - 20). Ao contrário do que muitos pensam, a Palavra de Deus não se refere ou aplica apenas aos crentes. Ela é universal.
Na negação do Reino de Cristo os homens são, temporariamente, subjugados por déspotas iníquos - e esse mal que oscila, mas que é generalizado, só será de uma vez por todas totalmente purgado quando o Senhor Jesus Cristo retornar a este mundo, em glória, para tomar o que lhe pertence e julgar o mundo dos homens iníquos.
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