A era da pós-verdade - quando a opinião pessoal tornou-se o Canon, a regra de fé e de prática de cada pessoa em suas subjetividades, o sistema plural e indefinido de crenças onde os perdidos se sentem seguros.
A pós verdade é um câncer que relativiza tudo o que toca, porque cria novas perspectivas onde cabe tudo e cabem todos sem que haja a necessidade de verdadeira adequação à verdade. E no caso da verdade absoluta, o Evangelho, a pós verdade faz parecer que as exigências do Senhor podem ser relativizadas e que afirmações de fé são meras opiniões, expressões subjetivas.
Era a serpente do Éden quem mostrava essa habilidade de dissuadir de verdades que deveriam ser cridas, nunca relativizadas. Teologia histórica? Mera opinião, eles dizem, o que vale é a Biblia. Parece bonito mas não se lê a Bíblia sem uma teologia, e teologia é obra de fé e do Espírito - quem tem ouvidos que ouça!
E assim as novas formas de se praticar a pós verdade acolhem adeptos de conceitos selecionados como num grande buffet de muitas opções sem a necessidade de conversão nem de arrependimento como se a Graça de Deus fosse barata, uma feira livre.
Isso tapeia homens, multidões, mas nunca a Deus.
Faça da religião um comércio e espetáculo para os homens e pode ser que o Senhor Jesus te venha como foi para os vendilhões do templo.