02/04/2025

A futilidade da vida instagramável

Em 2013 uma revista fez uma matéria sobre "O Rei do Camarote" que virou meme.


Vídeo com a matéria da Veja SP  de 2013 sobre o Rei do Camarote.

Mas o ridículo tem se tornado norma numa cultura de se viver para vitrines, o desejo de se fazer da vida um espetáculo de ostentações - e isso é tido por muitos como vencer na vida, pois afinal muitos cobiçam os privilégios de também serem reis de algum camarote. 

E as redes sociais têm impulsionado essa artificialização da vida, pois lá são cultuados e tratados como influenciadores e celebridades aqueles que ostentam as suas experiências e luxos.


Vídeo feito por uma celebridade de redes sociais sobre uma igreja evangélica moderna.


Culto balada, uma nova tendência?

O culto às aparências, as celebrações das futilidades e a idolatria das experiências tem norteado a vida de muitos (tanto dos que ostentam como dos que cobiçam) a ponto de até mesmo diversas igrejas, onde deveria-se pregar o Evangelho, e as renúncias do ego, e focar nas realidades espirituais como superiores às coisas materiais e aos prazeres mundanos, estarem se amoldando aos novos padrões de artificialidade e mediocredade da vida e da espiritualidade, num subproduto do culto ao dinheiro e aos descartáveis e condenáveis privilégios e prazeres mundanos, fazendo com que o culto que deveria ser dirigido a Deus de acordo com os padrões bíblicos seja pervertido para ser transformado numa espécie de show repleto de luzes e sons com pregações triunfalistas e antropocêntricas para a imersão das suas plateias em experiências emocionais que são artificialmente fabricadas.

A vida não é um produto para ser ostentado numa vitrine e o seu propósito não é a busca por vivenciar experiências que o dinheiro pode comprar - o propósito da vida é adorar a Deus conforme Ele mesmo requer e desfrutar dEle para todo o sempre.




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