03/10/2023

Supostos louvores que na verdade são laxantes.

 

Supostos louvores que na verdade são laxantes. 

Quantas vezes um crente em Jesus é feito nova criatura?

A) Sempre que o crente desejar ao cantar "ressuscita-me";

B) Uma vez, pois ocorre uma única salvação operada por Deus e que jamais pode ser perdida;

C) Duas vezes, uma na conversão e outra na ressurreição;

D) Muitas vezes, porque sempre que peca o crente tem que se converter arrependido de novo e de novo e de novo e assim as pessoas perdem a salvação quando pecam mas a reconquistam quando estão no prumo;

E) Nunca, porque todo mundo continua sendo a mesma pessoa por toda a vida. O que mudam são suas opiniões conforme ensinou Raul Seixas, pois somos "metamorfoses ambulantes" mas sempre as mesmas pessoas;

F) Nenhuma das anteriores.

Ironias à parte, os crentes em Jesus são salvos uma única vez, ao ouvirem e crerem no Evangelho, arrependidos dos seus pecados. A conversão é parte de um ato único de Deus de salvar o pecador por meio da fé, dando-lhe uma nova vida em Jesus, uma vida que não pode ser perdida porque a salvação realizada por Deus é um ato definitivo do seu poder.

Um crente pode ter inconstâncias na sua caminhada, pode ter oscilações em sua fé, mas nunca a perde, pois ela é dom de Deus. 

A compra da vida dos crentes por Cristo, com o oferecimento da própria vida do Senhor na cruz, é um ato que não pode ser desfeito ou revogado. Como propriedade exclusiva de Deus, Ele nos impõe a sua graça e nos refaz para si mesmo. Pela graça de Deus fomos salvos e regenerados e essa regeneração também é comparada nas Escrituras com a ressurreição que também teremos em breve, na ocasião do retorno glorioso do Senhor. E é comparada porque todos estávamos mortos para Deus em nossos pecados, mas o Senhor nos deu vida na ocasião em que ressuscitou Jesus dentre os mortos. Ali, nos atos salvíficos do Senhor nos foi atribuída a vida para a qual Jesus nos resgatou, e da morte já recebemos vida eterna e abundante como filhos de Deus.

Ora, mortos não louvam, não adoram a Deus, não entram em sua presença. Só o faz quem já foi vivificado por Cristo, salvo por Ele. Sendo assim não faz o menor sentido num culto ao Senhor o ajuntamento dos crentes cantar "ressuscita-me". Isso é tolice, balela, fogo estranho, é um laxante meramente sentimental que não tem nenhum efeito prático no culto mas que muitos incautos confundem com adoração. 

Em lugar de cantarolarmos músicas sentimentalóides, faz-se urgente resgatar o que é, de fato, adorar ao Senhor e o que é louvar a Ele.

Por adoração, todo o culto deve ser um serviço ao Senhor, focado nEle, rigorosamente obediente aos seus preceitos. Nós não vamos assistir ao culto, nós, crentes, vamos prestar culto ao Senhor, um ato coletivo, congregacional, não centrado na personalidade de nenhuma outra pessoa senão na pessoa do Mediador que é Rei e é o cabeça da Igreja, o Senhor Jesus. Todo culto genuinamente cristão não é, portanto, humanista, mas sim cristocêntrico. Nesses momentos em que combinamos temor e amor, reverência e alegria, submissão e entrega, nós oramos, cantamos, lemos as Escrituras e ouvimos a pregação da Palavra. O povo congregado se dirige a Deus em sua presença Santa e Deus lhes responde.

E por louvor o que deveríamos entender? O que é louvar? Louvar é exaltar, elogiar, enaltecer com beleza e virtude - e isso é diferente de desempenho de palco. E isso pode ser feito, mas não exclusivamente, de forma cantada, congregacionalmente (dá para imaginar um culto sem o show gospel no palco? Pois é, isso é possível!). Mas nós não inventamos o que dizer ou elogiar porque o verdadeiro elogio deve se pautar na verdade, em virtudes reconhecidas que merecem ser mencionadas. Então nós louvamos a Deus pelos seus atributos, pelos seus feitos, pela sua verdade. Não há nada mais sublime do que a beleza da santidade de Deus diante e na presença de quem os salvos estão congregados. Então reagimos à sua beleza e dignidade, louvando o que de Deus nos foi dado a conhecer. O verdadeiro louvor é, então, declaratório, essencialmente proclamatório. Ele é constituído de declarações de fé conforme ensinadas nas Escrituras. Nós cantamos as doutrinas da Palavra de Deus, nós anunciamos a sua majestade. Não importam, aqui, os nossos sentimentos ou desejos. Não existe louvor antropocêntrico. Não interessa o "eu", mas ao contrário, é necessário que eu diminua, que o "eu" seja negado a fim de que Cristo apareça - mas na prática os nossos repertórios estão bem distantes desse princípio bíblico, pois normalmente estão cheios de "eu", quase sempre cantados em primeira pessoa e isso porque são os "meus" anseios e interesses que têm sido tratados com primazia. Diferente disso, é o Senhor e os interesses dEle que devem ser cantados, proclamados, anunciados e é esse que deve ser o conteúdo de todo verdadeiro culto cristão, afinal "dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas".

Deixemos, então, de cantar asneiras como "ressuscita-me", "te sentir", "abraça-me" e outras tolices de mariquinhas sensíveis porque Deus deve ser tratado como o que é, e não como um tipo de par romântico de gente hipersensível. Não há nenhum ensino nas Escrituras sobre "sentir a presença de Deus" e esse conceito amplamente difundido nos cultos e em canções sentimentalóides enchem de equívocos a consciência e as aspirações de fé de incontáveis crentes. O estrago é enorme, pois nessas práticas misturam-se verdades escriturística com invenções dos corações enganosos - e nos lembremos do ensino do Apóstolo: um pouco de fermento leveda toda a massa" - ou, um pouco de engano faz um grande estrago. Nesse mau costume, a pretexto de suposta "liberdade poética" muita gente tem aderido ao que existe de pior e de um conceito absolutamente brega de "poesia cafona" em lugar de se primar pelo que é sublime e tem maculado a fé no Senhor com enganos desnecessários que são estabelecidos unicamente pelo orgulho, e pior, num método de indução de sentimentos que comumente são atribuídos ao mover e às interações do Espírito Santo, quando na verdade são apenas expressões e sentimentos da carne, um hábito que "toca" e sensibiliza a crentes e a descrentes, confundindo a todos e atribuindo a Deus ações que não foi Ele quem provocou.

Isso é fogo estranho!

Além disso tem a questão ética. Muitas das tolices que são cantaroladas nos nossos cultos procedem de movimentos controvertidos e de contextos onde se deturpa a fé cristã. Nós não gostamos de nos ver associados a esses movimentos, como é o certo a se fazer, mas, paradoxalmente, bebemos das suas fontes e não temos a vergonha de adotar seus repertórios em nossos cultos. Creio que a ética e a decência nos fariam evitar esse descaráter, pois se acusamos os maus ensinos e os refutamos seria coerente não nos beneficiarmos das suas produções artísticas. Isso é contraditório!

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Louvor, você está fazendo isso errado (n° perdi a conta)

Normalmente pastores e igrejas que pretendem ser bíblicos procuram se distanciar de movimentos que distorcem o ensino bíblico como ocorre no contexto neopentecostal (isso já foi realidade, hoje tá bagunçado). Mas ainda não é difícil ver pastores fiéis ao ensino bíblico refutando as práticas dos contextos em que se ensinam e praticam distorções da Bíblia (e são muitos!).

Contudo, paradoxalmente, inexplicavelmente e irresponsavelmente em muitas das igrejas mais "sérias" costuma-se adotar os repertórios musicais criados nos reprováveis contextos neopentecostais, praticando-se, assim uma incoerência grave, a hipocrisia de repudiar essas teologias ruins, suas práticas nocivas mas acatar suas produções. Isso é como ir ao esgoto para buscar água para beber. Além de um hábito nocivo, antiético e preguiçoso, essa prática revela hipocrisia e canalhice.

Parem com isso!

O culto a Deus deve ser santo, não um cambalacho sentimental, uma produção artística de péssima teologia.

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Há algum tempo tenho pensado em escrever uma crítica ao cântico "Cria em mim" do Renascer Praise, que vez por outra é cantado em cultos como se fosse um louvor a Deus.

É verdade que em tudo dependemos de Deus agindo em nós, seja por meio da obra de salvação, uma obra graciosa e soberana realizada nos cristãos uma única vez, ou da atuação do Espírito Santo nos capacitando para toda boa obra, sejam elas a santificação, o arrependimento eficaz, a oração, a adoração, o testemunho cristão, a evangelização e toda atuação de fé que é esperada dos cristãos.

O problema é afirmar essas verdades em meio a tolices, como induzir uma expectativa absolutamente infundada como se os desejos dos corações fossem os únicos validadores do louvor a Deus. Taí uma prova de que os corações são enganosos e não merecem nenhuma confiabilidade:


Cria Em Mim

Renascer Praise


Levanto a minha voz

Não posso me calar

Preciso do teu poder

Dependo desse amor

Sem ti não sei viver

Ressuscita-me


Quero de novo te sentir

Queimando como a primeira vez

Cheio do Espírito te adorar

Me limpa, restaura

Me aceita, Senhor


Cria em mim um coração

Que seja o teu lugar

Transforma-me, faça de mim

Um hino pro teu louvor


Levanto a minha voz

Não posso me calar

Preciso do teu poder

Dependo desse amor

Sem ti não sei viver

Ressuscita-me

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Ode ao mau gosto

Masterchef raíz nas ruas de Mumbai... que espetáculo formoso, que formosidade estilosa, que maravilha de coisa, que coisa de especiaria! 

E quem se importa com saúde ou higiene se todo mundo vai morrer um dia? Que seja amanhã, né?

Pouco tempo atrás teve influencer famoso que hoje é patrocinado pelo chocolate bis defendendo ator do filme da Mônica que pratica coprofilia.

Coerente? É, o mundo tá estranho! 

E eu procuro diferença entre quem se alimenta desses mistérios indianos de quem bebe água do esgoto ou adota repertório do Renascer Praise no louvor da igreja. Porcaria por porcaria, cada um se revira no seu lamaçal e acha linda a meleca que faz! 

Vambora viver como se não houvesse amanhã nesse tobogã de emoções, nessa roleta-russa com o coveiro! 

Deu vontade aí? 
Se joga...

Mas a culpa e as consequências são todas tuas.