O trabalho do mestre nas igrejas.
O Espírito Santo distribui dons na igreja de Cristo para equipar os crentes para as diversas áreas do ministério cristão na igreja e no mundo.
E dentre esses dons tem o do mestre, o professor, aquele que recebe de Deus um dom que não lhe é natural, mas advindo da regeneração pela conversão ao Senhor e que o capacita para compreender de forma mais aprofundada as coisas de Deus tendo por finalidade o ensino de tais coisas às outras pessoas, e mais especificamente o ensino aos crentes, visando o aprimoramento no serviço cristão, o crescimento na graça e no conhecimento, o fortalecimento da fé e a santificação.
Mas há mestres que parecem se envaidecer da sua proeminência e que parecem apreciar ter pessoas no seu derredor os admirando, bajulando. Alguns parecem fazer questão da celebração dos seus nomes e dos seus títulos. Tais mestres, bastante perceptíveis porque valorizam seus estatus destacados por palcos e holofotes, estão na beira de precipícios, porque toda altivez precede a ruína. Eles usam a igreja para construírem uma carreira de sucesso e exercitam suas ambições num campo nada apropriado e muito perigoso, isso porque o Senhor da igreja não divide a sua glória com ninguém.
Por isso, os mestres estão sujeitos aos mais severos juízos, e todos têm que lutar contra o monstro interior do ego e muitos acabam cultivando esse monstro em lugar de o matar.
O bom mestre é aquele que faz como João Batista, diminuindo-se a si mesmo para que Cristo apareça. Para o bom mestre, um servo fiel, os palcos com seus holofotes tentadores são plataformas de auto-humilhação em lugar da auto-afirmação, porque ele não quer anunciar a si mesmo, mas sim, e unicamente, ao Senhor. O que o mestre fiel faz é ensinar as doutrinas de Cristo e não a busca do seu próprio prestígio. E se no exercício do seu trabalho os seus ouvintes assimilarem as verdades de Deus, e derem ao Senhor a glória, e não se lembrarem do seu nome, nisso a sua missão será muito bem-sucedida.