Eu fiz essa charge em 2018.
Eu me oponho totalmente a que líderes se apossem de cargos eletivos por sucessivos mandatos em lugar de ser praticada a necessária e saudável alternância de poder.
Se o poder corrompe, a possibilidade de corrupção em mandatos sucessivos é muito maior. Isso aponta para a possibilidade nada remota de uma oligarquização do poder, uma corrupção envolvendo cargos e privilégios - seria isso possível numa denominação eclesiástica? Bem, a simonia, termo histórico equivalente do nepotismo prova que sim. E eu tenho visto líderes trabalhando para se cercar de amigos, pavimentando, assim, uma base cimentada pela troca de favores e dos tráficos de influências para que sejam viabilizados objetivos pessoais e de carreira, quaisquer que sejam. Esse é um apego perigoso cujo mal deve ser cortado pela humildade de se reconhecer que existem muitas outras pessoas aptas para fazer um bom trabalho de liderança fiel ao Senhor da igreja. É um modo pecaminoso de usurpação e um modo carnal de se fazer as coisas em lugar do jeito ordenado pelas Escrituras, que é espiritual, sob o Reino do único cabeça e Rei da Igreja.
É um absurdo a IPB ter um presidente do supremo concílio no 6° mandato consecutivo e que trabalhe pelo desserviço evidenciado nessa fala torpe! A IPB não subscreve o Princípio Regulador do Culto? É claro que subscreve! A IPB subscreve a Confissão de Fé de Westminster em sua totalidade e no seu Capítulo XXI é tratado do Princípio Regulador do Culto - e o atual presidente do supremo concílio sabe disso.
Não é coincidência que muitas igrejas têm adotado estranhezas nos cultos e têm se influenciado por modelos e modismos que nós deveríamos combater. Abolir o PRC ou dizer que nunca o subscrevemos (uma inverdade) é deixar as portas abertas para cada igreja adotar o modelo heterodoxo e as estranhezas que quiser. É dar vazão à "ibabização" da IPB, um mal que em muitos casos já está avançado.
Fonte da palestra em que Roberto Brasileiro falou o que consta no vídeo acima:
https://www.youtube.com/live/3UUKziKYT48?si=uq5DZt1aoC5W4uWB
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Confissão de Fé de Westminster
CAPÍTULO XXI
DO CULTO RELIGIOSO E DO DOMINGO
Fonte: https://www.monergismo.com/textos/credos/cfw.htm
I. A luz da natureza mostra que há um Deus que tem domínio e soberania sobre tudo, que é bom e faz bem a todos, e que, portanto, deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e servido de todo o coração, de toda a alma e de toda a força; mas o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras.
Rom. 1:20; Sal. 119:68, e 31:33; At. 14:17; Deut. 12:32; Mat. I5:9, e 4:9, 10; João 4:3, 24; Exo. 20:4-6.
II. O culto religioso deve ser prestado a Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo - e só a ele; não deve ser prestado nem aos anjos, nem aos santos, nem a qualquer outra criatura; nem, depois da queda, deve ser prestado a Deus pela mediação de qualquer outro senão Cristo.
João 5:23; Mat. 28:19; II Cor. 13:14; Col. 2:18; Apoc 19:10; Rom. l:25; João 14:6; I Tim. 2:5; Ef. 2:18; Col. 3:17.
III. A oração com ações de graças, sendo uma parte especial do culto religioso, é por Deus exigida de todos os homens; e, para que seja aceita, deve ser feita em o nome do Filho, pelo auxílio do seu Espírito, segundo a sua vontade, e isto com inteligência, reverência, humildade, fervor, fé, amor e perseverança. Se for vocal, deve ser proferida em uma língua conhecida dos circunstantes.
Fil. 4:6; I Tim. 2:1; Col. 4:2; Sal. 65:2, e 67:3; I Tess. 5:17-18; João 14:13-14; I Ped. 2:5; Rom. 8:26; Ef. 6:8; João 5:14; Sal. 47:7; Heb. 12:28; Gen. 18:27; Tiago 5:16; Ef. 6:18; I Cor. 14:14.
IV. A oração deve ser feita por coisas lícitas e por todas as classes de homens que existem atualmente ou que existirão no futuro; mas não pelos mortos, nem por aqueles que se saiba terem cometido o pecado para a morte.
Mat. 26:42; I Tim. 2:1-2; João 17:20; II Sam. 7:29, e 12:21-23; Luc. 16:25-26; I João 5: 16.
V. A leitura das Escrituras com o temor divino, a sã pregação da palavra e a consciente atenção a ela em obediência a Deus, com inteligência, fé e reverência; o cantar salmos com graças no coração, bem como a devida administração e digna recepção dos sacramentos instituídos por Cristo - são partes do ordinário culto de Deus, além dos juramentos religiosos; votos, jejuns solenes e ações de graças em ocasiões especiais, tudo o que, em seus vários tempos e ocasiões próprias, deve ser usado de um modo santo e religioso.
At. 15:21; Apoc. 1:3; II Tim. 4:2; Tiago 1:22: At. 10:33; Heb. 4:2; Col. 3:16; Ef. 5:19; Tiago 5:13; At. 16:25; Mat. 28:19; At. 2:42; Deut. 6:13; Ne. 10:29; Ec. 5:4-5; Joel 2:12; Mat. 9:15.
VI. Agora, sob o Evangelho, nem a oração, nem qualquer outro ato do culto religioso é restrito a um certo lugar, nem se torna mais aceito por causa do lugar em que se ofereça ou para o qual se dirija, mas, Deus deve ser adorado em todo o lugar, em espírito e verdade - tanto em famílias diariamente e em secreto, estando cada um sozinho, como também mais solenemente em assembléias públicas, que não devem ser descuidosas, nem voluntariamente desprezadas nem abandonadas, sempre que Deus, pela sua providência, proporciona ocasião.
João 5:21; Mal. 1:11; I Tim. 2:8; João 4:23-24; Jer. 10: 25; Jó 1:5; II Sam. 6:18-20; Deut. 6:6-7; Mat. 6: 11, e 6:6; Isa. 56:7; Heb. 10:25; Prov. 5:34; At. 2:42.
VII. Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também em sua palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por Ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último da semana; e desde a ressurreição de Cristo foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado Domingo, ou dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado cristão.
Exo. 20:8-11; Gen. 2:3; I Cor. 16:1-2; At. 20:7; Apoc.1:10; Mat. 5: 17-18.
VIII. Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia.
Exo. 16:23-26,29:30, e 31:15-16; Isa.58:13.