Corrupção não é somente o que nossos políticos fazem quando usam o poder para benefício próprio. É toda vantagem desleal, toda jogada feita fora das regras, todo atalho tomado para dar-se bem quando outros ficam para trás porque seguem pelo caminho da normalidade e que por isso são tratados como idiotas . É toda carteirada imposta por arrogantes possuídos pela síndrome de autoridade, é todo ato crápula de quem confere benesses por tráfego de influência e de quem alcança influência porque sempre soube fazer uso desse tipo sórdido de benesse.
A corrupção existe em quase toda parte, mas é ainda mais
intolerável nos submundos do tráfego de influências e de politicagens sórdidas
nos arranjos clericais. É ainda mais intolerável quando praticado por líderes
eclesiásticos que movimentam as peças em organizações que têm apenas uma
fachada de cristãs, mas que servem para em primeiro lugar assegurarem o próprio
ganho da alta corte, para prospectarem sua própria carreira e negociarem
vantagens para quem lhes interessa. A maldita simonia medieval, a prática de
clérigos usarem sua influência para assegurarem cargos, prestígio e riquezas
aos seus, fazendo clara e odiável acepção de pessoas e burlando leis e regras
ainda é praticada por canalhas que vêem na igreja uma escada para subirem na
vida, num claro desprezo à importância e santidade da congregação do Senhor
para, cheios de hipocrisia e de rapina, valerem-se da manipulação de incautos
para prospectar sobre eles uma idéia mentirosa de divindade que seja antes de
qualquer coisa uma idéia lucrativa. Desgraçados que criam ídolos e que
subvertem a mensagem poderosa do Evangelho porque amam a sua própria glória
mais do que a glória de Cristo. Malditos que parecem ser dotados de santidade
mas que cuja hipocrisia não pode fazer nada além de acrescentar desgraça à sua
desgraça que é apenas acobertada por uma frágil máscara que não poderá esconder
suas vergonhas e imundícies por muito tempo. Cretinos celebrados por platéias
mas indignos de qualquer credibilidade que estão a apenas um passo de um
terrível abismo, e ninguém os salvará da completa ruína porque é necessário que
seja dado um basta a tanto escândalo que impuseram sobre a cruz de Cristo.
E não pensem que me refiro aos óbvios vendilhões que tratam
Cristo, seu Evangelho e a Igreja como fontes de poder e fortuna. Mais do que os
óbvios falsos profetas da prosperidade eu me refiro aos galantes falastrões de
bons discursos, mas que por trás da sua atuação aparentemente irretocável nos
púlpitos está um lobo carniceiro ávido pela sua própria glória . Refiro-me aos
mentirosos que mentem ao falarem verdades, porque suas teorias cheia de
verdades aprendidas em livros nunca foram mais do que material para formar
pomposos discursos a serem ditos aos outros, mas nunca a vocês mesmos.
Cristo, o Senhor a quem deveríamos servir e temer, não se
deixa enganar como deixa a maioria das pessoas, e essa é uma das mais terríveis
verdades que nos foi advertida pelo Supremo Juiz e sondador de corações que
banirá da sua presença todos aqueles que achavam que era possível serví-lo por meio
de iniquidades. Não é.
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Ame, sirva e dedique-se mais às pessoas que frequentam a tua
religião - gente com quem você convive escassa e superficialmente - do que ama
as pessoas com quem você realmente divide a vida e reduza assim a tua religião
a um teatro bastante amador. Porque é mais fácil fingir integridade diante de
quem pouco te conhece do que ser realmente íntegro aos olhos de quem realmente
te conhece.
A fé de alguém que se baseia apenas e integralmente nas
reflexões e experiências alheias é apenas um exercício parasitário. Um
auto-engano. Tal pessoa aprende a olhar para um retrato alheio e ver no rosto
de outro a sua própria face e passa a acreditar que as reflexões de outros são
suas próprias reflexões.
A verdadeira fé implica necessariamente em liberdade e no
auto-conhecimento de quem vê a sua própria existência sob a perspectiva do
Criador. Se a fé que alguém diz que tem não produzir esse efeito isso não é fé,
é fuga.
Fico encasquetado...
Então uma igreja de uma linha tradicional do estrangeiro que
vive na sombra de um herói de 2 séculos atrás e que acredita piamente que um
contexto cultural recente é o mais puro dos exercícios bíblicos, resolve
plantar uma missão numa grande capital brasileira já bastante evangelizada. Mas
essa missão, que tem o nome da cidade onde se estabeleceu (talvez para seguir o
exemplo das igrejas primitivas, porque pensa que também o é), preferiu
manter-se isolada das igrejas que lhe deveriam ser irmãs porque não teria
encontrado uma igreja suficientemente "pura" para se aliar. Então a
celebrada fraternidade que é exaltada pelo Salmo 133 e pelo Senhor Jesus em
João 17 foi substituída pelo orgulho de um sectarismo deprimente, talvez porque
sejam santos demais esses estrangeiros...
Mas a despeito dessa desfeita com a multiforme manifestação
da Graça de Deus e da pluralidade do Corpo de Cristo, para o lançamento do seu
próprio selo - porque as outras editoras do mesmo cristianismo não seriam tão
puras na hora de traduzir seus heróis sagrados - resolve fazer um convite com
as imagens estampadas desses seus heróis (e nenhuma menção ao Senhor)
justamente para que pessoas das outras e desprezadas igrejas de outrora,
objetos do seu julgamento, se façam presentes na festa de lançamento da sua
editora própria para confraternizarem por essa grandiosa aquisição...
Seria isso uma clara demonstração de proselitismo, a
clássica pescaria em aquários alheios, ou simplesmente um exercício da mais
torpe hipocrisia?
Dar testemunho X falar o Evangelho
As palavras e o testemunho são indissociáveis. Minimize um e
você comprometerá o outro pilar do ministério cristão.
Somente testemunho sem palavra anunciada não é evangelho, é
ética e isso nunca será o suficiente para a proclamação do Evangelho. Obras
humanas não salvam e não produzem fé. E somente palavra anunciada destituída de
testemunho isso ainda assim é Evangelho (pois a palavra é de Deus
independentemente da boca que a verbaliza - e a fé vem pelo ouvir a
palavra anunciada, somente) mas é uma pregação posta em contradição por quem a
prega, e nesse caso não é a palavra que é invalidada (as sementes são de Deus),
mas o juízo recai mais sobre aquele que ousa falar o que não vivencia.
De fato Cristo se impunha a todos, ele não pedia a alguém
que o seguisse, ele decretava. Ele não pedia autorização para pregar ou curar,
ele o fazia. Ele não respeitava opiniões para fazer o que fazia, ele simplesmente
cumpria a missão dada pelo Pai e continuará fazendo isso especialmente quando
assumir o posto de juiz sentenciador de todos os destinos eternos, de todas as
pessoas, se todas as eras, sem exceção.
Crentes enxeridos!
Por que João Batista deixou as pregações e batismos para ir
lá e se intrometer em assunto privado de família, como no caso de Herodes com
sua sobrinha?
Por quê Jesus não ficou focado no seu trabalho de mensageiro
das boas-novas do amor de Deus pelas pessoas em vez de ficar xingando de hipócritas,
de raposas e de túmulos podres a influente elite religiosa do seu tempo? Não
tinha noção do perigo?
Por quê os profetas do passado não viviam suas vidas de
oração restritos ao templo-igreja-casa ao invés de saírem se metendo na
liberdade religiosa das pessoas que decidiam seguir outras religiões, ou que
praticavam injustiças ou porque simplesmente não obedeciam aos mandamentos de
Deus? Que capricho!
Ora essa! Por que esses crentes não se resignaram a viver
suas próprias vidas e deixam de ser intrometidos nas vidas alheias? Não se
enxergam?!
É por isso que João Batista foi decapitado, mereceu! E Jesus
foi crucificado... e todos os profetas e apóstolos odiados, perseguidos...
todos se deram muito mal porque não se resignaram a viver sua religião sem interferir
na liberdade dos outros!
Percebe que o verdadeiro cristão não vive sua fé apenas para
si? Ele é sal que se faz perceber e luz que revela quem os outros são.
Cristianismo meramente pessoal e passivo não é cristianismo. O verdadeiro
ministério profético da igreja é em relação ao mundo ao seu redor.
A validação de diplomas nas Faculdades de Teologia de quem
faz SEMINÁRIO está no fim dos seus dias - e eu acho isso justíssimo!
Se os graduados em teologia de cursos superiores
reconhecidos pelo MEC são descartados para exercerem ministério em igrejas
porque seus concílios consideram que sua graduação não cumpre os requisitos
exigidos em suas organizações eclesiásticas então é justo que os formados em
seminários de igrejas para atenderem especificamente às suas demandas confessionais
também não possam ter a sua graduação convalidada por faculdades que oferecem o
curso superior em teologia.
Já que sempre foi feita a distinção entre essas graduações
por parte de um dos lados (do confessional em relação ao acadêmico) então que
essa distinção seja franca e bilateral.
Eu sou favorável ao fim da convalidação do diploma de
seminários nas faculdades de teologia, uma verdadeira gambiarra e um abuso!
Seminários formam ministros de igrejas em conformidade com a
sua confessionalidade;
Faculdades de Teologia formam teólogos - uma graduação que hoje é ofuscada pelos ministros religiosos, mas que é mais apta para estudar e discorrer sobre toda a realidade religiosa, independentemente de confessionalidade.
Faculdades de Teologia formam teólogos - uma graduação que hoje é ofuscada pelos ministros religiosos, mas que é mais apta para estudar e discorrer sobre toda a realidade religiosa, independentemente de confessionalidade.