30/08/2023

Felicidade

 


Felicidade não é alegria constante, rir e não sofrer. Isso é ser idiota, é ser fútil, alienado.

A tristeza e o sofrimento costumam intimidar as pessoas, mas esses sentimentos e experiências podem ser ainda mais importantes do que viver rindo o tempo todo, porque é nas dores que a consciência trabalha, perscruta, é quando o riso cessa que a criatividade se aguça e as forças são reunidas para que se possa ir adiante, porque não há crescimento se não houver dor.

Já vi gente combatendo tristezas e dores porque foram ensinadas a confiar em utopias, foram educadas a permanecerem sonhando indefinidamente como se a vida devesse se parecer com um comercial de margarina. Mas a imprevisibilidade é parte das agendas, pessoas queridas morrem, doenças chegam de repente e não dá para manter o riso bobo e constante quando a nossa óbvia pequenez fica latente. Diante da morte de alguém a coisa certa a se fazer é sofrer o luto, e não resistí-lo. É muito mais triste quando se vê indiferença. Diante das calamidades da vida a decência é de chorar com os que choram, e não virar o rosto para o outro lado como gesto de desprezo para não se contaminar com a miséria alheia. 

Tolos são todos os que vivem na futilidade de uma vida absolutamente falsa e rasa que é dependente dos risos constantes e inebriantes que aleijam suas consciências. Em contraste desses tolos são felizes os que vivem dores, lutos e tristezas com dignidade, tanto as suas próprias como as dos outros, quando a compaixão se mostra na ajuda com os pesados fardos de outrem, porque são esses que sabem viver com dignidade, e isso é sinônimo de bem-aventurança, a melhor definição de felicidade.

E o aliviador de fardos pesados, o Senhor Jesus, é Deus solicito que sempre estende suas misericórdias a quem, contrito, o invoca.

Lições de João 17 X a busca por uma igreja relevante.

 


Lições de João 17 

X a busca por uma igreja relevante.

Tem sido muito comum abordagens sobre "uma igreja para o mundo", no sentido de se buscar maior "relevância" (para o mundo) e atender a certas demandas dos descrentes para que eles se sintam atraídos para a igreja e para o Senhor. Isso é uma busca por se ser "igreja vitrine de shopping center".

Contudo, a prioridade da igreja é ser "uma igreja para Deus". Acima de tudo é para a obediência ao Senhor que os crentes devem atentar, e as demais coisas serão acrescentadas. Isso é ser igreja em essência.

Na oração que o Senhor Jesus fez, registrada no capítulo 17 do Evangelho de João, está claro que o ministério da igreja no mundo é derivado da fraternidade entre os cristãos que é fundamentada no próprio Senhor Jesus. O mundo então vê, como testemunha, o modo como os cristãos são unidos numa mesma fé no Senhor e então crêem que o Senhor Jesus foi enviado pelo Pai, e assim foram convencidos pela singularidade da igreja e pelo seu caráter cristão, obviamente um contraste com os modos como se vive no mundo. Ou seja, a ortodoxia (zelo doutrinário) e a ortopraxia (zelo no modo como se praticam as doutrinas) da igreja são os mais eficazes modos de se comunicar o Evangelho ao mundo. Ela não tem que se "mundanizar" para falar com o mundo, a igreja tem é que se santificar porque é somente na fidelidade ao Senhor que ela atrai a muitos pela luz imponente e gloriosa do Senhor que sobre a igreja brilha.

Link para acessar João 17:

https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/17

Um pouco de fermento leveda toda a massa.


Um pouco de fermento leveda toda a massa.

Ou, em sentidos semelhantes através de outras expressões:

Uma mosca na sopa estraga a sopa;

Um pedaço de algo gorduroso boiando na água inutiliza todo o galão que seria para beber;

Um pingo de catchup compromete o vestido da noiva;

Um minuto de atraso e os portões do ENEM se fecham;

Uma latinha de cerveja, um acidente doloso no trânsito;

Um pouco de traição destrói a confiança;

Um pouco de fogo estranho profana o culto a Deus;

É só uma mordidinha no fruto da árvore proibida, que mal tem?

"Não é bom esse ORGULHO que vocês têm. Por acaso vocês não sabem que um pouco de fermento leveda toda a massa? Joguem fora o velho fermento, para que vocês sejam nova massa, como, de fato, já são, sem fermento." (1 Coríntios 5: 6, 7)

Não é difícil de entender: Jogar fora o fermento, espantar as moscas, dizer que não se pode misturar nada na pureza da água potável não é combater o que se faz de bom, mas sim combater as ameaças que comprometem o que se faz de bom. É impedir que se estrague.

No mundo de hoje pensa-se, e com veemência, que quem se atém ao "preciosismo" de dizer que certas coisas devem ser corrigidas é arrogante e presunçoso - um chato, uma pedra no sapato inconveniente! Mas é exatamente o contrário disso que o autor sagrado diz, pois para Deus, orgulhosos são os coniventes com até mesmo os pequenos desvios - e as brechas dos pequenos desvios costumam agradar a muitos, mas estragam tudo.

24/08/2023

Teologia especulativa sobre o viver nas glórias do porvir


"Nós domaremos baleias, e em seus lombos perscrutaremos o fundo dos oceanos."

Há alguns anos, numa das devocionais que fizemos em casa, eu ensinei aos meus filhos sobre a quase inimaginável vida que teremos na glória - quase porque a Bíblia nos dá indícios de como será viver uma vida eterna e incorrupta numa realidade em que não mais haverá pecado e não sofreremos mais com nenhum dos seus efeitos, como dores, sofrimentos, enfermidades ou morte. 

Por isso a vida será potencializada, nossas capacidades que foram, todas, prejudicadas pelo pecado serão restauradas às plenas capacidades de sermos imagem e semelhança de Deus. Enfim seremos semelhantes ao Senhor Jesus tanto em santidade como em virtudes - coisas que perseguimos nesta vida e que serão plenas em nós no porvir. Assim, a nossa inteligência e todos os nossos dons serão aperfeiçoados e as nossas capacidades serão multiplicadas e não haverão limites para a exploração humana no vasto universo criado por Deus. Ciências e artes serão multiplicados em níveis inimagináveis de beleza e de eficácia para os nossos atuais padrões.

Após a ressurreição e já vivendo no porvir onde desfrutaremos das  glórias do Senhor Jesus, a quem veremos face a face e a quem continuaremos a servir e a adorar - porque sempre veremos a Deus na face do seu Filho ressuscitado e glorioso, o nosso amado Senhor e Rei, a quem seremos semelhantes, mas nunca iguais, porque Ele é Deus, é eterno, o Criador que não foi criado, é o princípio e o fim, é o Cordeiro que nos salvou e é o Leão que a tudo venceu, enquanto que nós sempre seremos homens e mulheres redimidos do pecado, salvos da ira e agora, por graça de Deus, desfrutaremos das glórias do Cordeiro de Deus em seu Reino que foi plenamente instaurado. 

Nós seremos, então, os irmãos menores do Primogênito Jesus, que permanecerá para sempre como Cabeça da Igreja, e a quem continuaremos a cultuar congregados, igreja triunfante e gloriosa, formada pelos redimidos de todos os tempos e reunida, também, com os santos anjos em adoração solene ao Senhor, porque Deus sempre será digno de culto, de louvor e de adoração, e nós o adoraremos, com alegria reverente, com gratidão e com santo temor para sempre. E com Ele estaremos na santa congregação de todos os crentes. 

E o Senhor fará de novo o que fez no cenáculo, quando tomou o pão e o vinho dentre os elementos da última Páscoa e os distribuiu entre seus discípulos. Mas dessa vez seremos milhares de milhares diante do regozijo do nosso Senhor. Nunca houve alegria semelhante à alegria deste momento! E o veremos cantar ao nosso Deus e Pai, e nós estaremos diante da magnífica glória do Cordeiro não apenas em contemplação, mas como participantes da sua glória. E nessa congregação estaremos juntos dos pais da fé, lado a lado de Abraão, Moisés, Davi, Pedro, João, Maria, Paulo e todos os salvos de todas as épocas. Uns estarão mais próximos do Senhor e outros em fileiras mais distantes, e isso por causa dos diferentes galardões, mas todos estaremos tomados pela mesma contemplação e alegria.

Mas esse "sempre" na eternidade não será culto de adoração o tempo todo! Nós teremos outras atividades também.

Aqui entra a "teologia especulativa" que tem bases nas Escrituras mas que não é explícita. Suas construções são logicamente derivadas delas.

Se teremos outras coisas por fazer na nova Terra (que será a nossa morada) e nos novos céus (universo e além) isso significa que a adoração solene ao Senhor não ocupará todo o tempo - e por isso nós podemos presumir que continuaremos a guardar o Dia do Senhor, quando cessaremos os nossos trabalhos para a exclusividade da adoração congregacional com o SENHOR JESUS PRESENTE! Muito provavelmente todos os salvos continuarão a congregar, eis a verdadeira igreja composta por todos os remidos que foram comprados e lavados no sangue do Cordeiro, e no Dia do descanso, cessarão dos seus trabalhos para estarem juntos com o Senhor, e de corpo presente, e com os anjos, em adoração santa, belíssima e congregacional a Deus. Estaremos diante do Filho e veremos na glória do seu rosto a glória do Pai, e todos cantaremos à sua Santidade numa adoração perfeita.

Mas, terminado o Dia do Senhor, o que faremos? Cumpriremos os três mandatos que Deus ordenou à humanidade quando nos criou. Mas dessa vez cumpriremos os mandatos espiritual, social e cultural com perfeição, e presumo, de forma extendida a todo o universo.

Não haverão limites para a atividade humana sem os atuais danos do pecado. Sabemos que nessa realidade não haverá mais morte, nem dor, nem choro. Se não morreremos mais então não tem como morrermos afogados, nem queimados, nem sermos feridos por animais, nem por causa do vácuo do universo. Exploraremos as profundidades dos oceanos e os limites do universo como quem faz uma expedição para o Atacama. Se Deus nos sujeitou os animais e por isso domesticamos cães e domamos cavalos, então domaremos baleias e em seus lombos mergulharemos nas fossas abissais sem que a pressão das águas nos faça mal e sem que nos afoguemos. Se no estado de pecado, e com suas limitações, pudemos fazer ciências maravilhosas e fomos até a lua, sem o pecado as nossas ciências serão multiplicadas e iremos às galáxias, plantaremos e colheremos em outros planetas, dominaremos os cometas e os buracos negros. 

O nosso Senhor nos disse que seremos como os anjos, porque não se casam, nem se dão em casamento. Então, parece-nos que seremos para sempre o número exato dos que foram redimidos, os eleitos de Deus de todos os tempos são um número exato, fechado de salvos. E esse povo de todas as tribos será uma multidão como as estrelas do céu, são milhares de milhares. Mas não haverão novos nascimentos. E, diferente dos anjos, nós teremos um corpo físico, esse mesmo corpo que temos agora, mas que será glorificado e, por isso, é muito difícil de imaginar como seremos. E essa multidão de gentes procedente de todas as partes do mundo será multicolorida. Brancos, negros, amarelos, pardos... e provavelmente a diversidade étnica continuará expressando uma diversidade cultural em diferentes sons, cores e modos de se fazer as coisas, mas agora em plena santidade e harmonia, totalmente livres dos efeitos do pecado, da sua corrupção e maldição. 

Certamente seremos perfeitamente aptos para a realidade gloriosa que nos espera, mas ainda seremos humanos feitos à imagem e semelhança de Deus, nosso Criador. Seremos muito mais inteligentes e provavelmente teremos memória dessa nossa vida, mas sem dores, sem lamentos, sem choros. E isso porque teremos consciência da plena verdade e da plena justiça e a paz de Deus será plena em nossas consciências. Deus nos satisfará plenamente na medida em que o Senhor estará plenamente diante de nós. Agora, enfim, o conhecerei como sou conhecido.

Uma evidência de memória é que as Escrituras serão as mesmas que temos agora - foi o Senhor Jesus quem disse que céus e Terra passarão, mas que as suas palavras permanecem para sempre. É claro que Ele se referia aos seus decretos, mas também às Escrituras porque, como um todo, lhe dizem respeito. Ele será nas glórias do porvir o mesmo que é agora, ressuscitado, o mesmo que foi visto pelos discípulos após a ressurreição, mas é o Soberano Senhor dos senhores, o Rei dos reis. Tomé tocou nas suas chagas antes que o Senhor reassumisse o seu trono, mas suas marcas e cicatrizes permanecerão para sempre como testemunhas da sua grande obra para a nossa salvação. Sempre olharemos para o Senhor como o Cordeiro que venceu e o Senhor Jesus continuará a ser o centro de tudo, e das nossas vidas, e da nossa devoção, o Deus conosco, Emanuel. 

E vez por outra teremos a honra de o recebermos em nossa própria casa para cearmos com Ele. Nos Evangelhos Ele tinha o costume de fazer isso, e provavelmente manterá esse costume. Isso parece ser do feitio do nosso Rei, porque Ele nos ama.

E o Senhor Jesus será para sempre a glória da nossa vida porque dele, por ele e para ele são todas as coisas.


23/08/2023

Tática de subversão do ocidente em curso

 


Teoria de subversão da sociedade.

Trecho de palestra proferida por Yuri Bezmenov, ex integrante da KGB, em 1984, sobre as táticas usadas na URSS para subversão das sociedades ocidentais.

Apenas compare suas falas com os acontecimentos da nossa época e veja, por si mesmo, que a degradação da sociedade corresponde exatamente ao que ele diz. Ou seja, a degradação da sociedade e dos seus valores foi planejada, é intencional e corre como foi planejado pelos esquerdistas.

É o que deseja o Foro de São Paulo, cujo líder é o (des) governo do descondenado.

O vídeo completo pode ser visto no link: https://youtu.be/d0fTJqeRXCE

21/08/2023

Culto no Hospital São Paulo em 19 de agosto de 2023

 Culto no HSP de 19/08/2023

Pregação em Romanos 8, versos 18 e 28

** apenas áudio **


Registros de trechos do louvor.




Veja mais em


Concílios erram e não são soberanos


Há quem diga que deveríamos compartilhar somente as coisas positivas acerca do cristianismo e do evangelicalismo brasileiros, pois já tem muita gente trabalhando contra a fé cristã e os cristãos deveriam primar pela boa imagem da igreja. 

Eu discordo, veementemente.

É claro que devemos nos preocupar com a boa imagem da igreja, mas não por meio de hipocrisias, fingimentos e mentiras. Nunca colocando um cenário de falsidades para cobrir podridões, desvios e heresias. O trabalho dos cristãos é, antes, o de anunciar a Cristo, não às igrejas. Nós pregamos o Evangelho, não tradições religiosas. E embora as tradições religiosas sejam uma realidade do que é ser igreja e igrejas são imperativas à fé cristã, os sistemas religiosos são subprodutos humanos e necessários para a vida cristã e para o serviço ao Senhor, mas o seu fundamento é o Senhor. 

Portanto, como subproduto humano, as instituições religiosas são falhas e são falíveis, sendo necessário o seu constante "conserto". E para isso são necessárias intervenções, debates, admoestações, críticas e às vezes confrontos.

Primeiro porque o nosso modelo máximo, o nosso Senhor Jesus, era um crítico muito engajado do mau uso da religião que era praticado pela maioria dos líderes religiosos do seu tempo. A classe dos sacerdotes, de escribas, de fariseus e de saduceus era predominantemente corrupta e corruptora da religião (haja vista que recusaram e crucificaram ao Messias) e o Senhor Jesus Cristo era o maior dos seus críticos. O Senhor os chamava publicamente de hipócritas, de sepulcros caiados, de raça de víboras e de outros adjetivos muito ofensivos para denunciar seus desvios e deturpações da fé e, apesar da sua atitude confrontadora, o Senhor Jesus jamais pecou, o que Ele fez está dentro do todo que é praticar justiça. E note, o Senhor confrontava muito mais aos desvios religiosos do que a opressão de governos ou os pecados das pessoas comuns. 

Além disso, é tolice achar que as pessoas não percebem as incoerências entre a clareza das doutrinas da Palavra de Deus e as hipocrisias de muitos dos líderes religiosos (mas não somente deles) e, por isso, é tolice achar que acobertar falsos pastores favorecerá a pregação do Evangelho. No máximo, o que se faz com as omissões das fraternidades do erro é baixar o nível da excelência da fé e da prática da religião cristã com a normatização dos erros, é tornar medíocre o testemunho e a missão dos crentes, é infantilizar, enfraquecer e corromper a fé e a igreja. 

O Evangelho exige, também, o confronto dos pecados e isso inclui o pecado de perverter a religião e nenhum concílio eclesiástico tem o poder, nem a autoridade, de definir por força institucional que a sua religião é a correta quando se está praticando infidelidades e distorções acerca da Palavra de Deus - essa sim a única regra de fé e de prática. A autoridade soberana é a do Senhor Jesus, é a da sua Palavra. A Igreja tem uma cabeça, e Ele está vivo, é o nosso Rei e é o único e suficiente Soberano. Concílios e Conselhos, portanto, NÃO SÃO SOBERANOS e não têm autonomia para se portarem livremente como quiserem e não têm nenhum direito para relativizar a Palavra de Deus nem de corromper as práticas da igreja. Concílios não definem o que é certo ou errado, eles cumprem, ensinam e fazem com que se pratique o que já está definido nas Escrituras. Todos os crentes, em todas as atuações e em todos os níveis devem se portar como servos do Senhor, como promotores da verdade e cumpridores da fidelidade escriturística, bíblica. É a Bíblia que define o que é certo e o que é pecado. Ajuntados em concílios, os anciãos, ou bispos, ou presbíteros, ou pastores (o Novo Testamento não os distingue senão por seus dons, e são as tradições posteriores que os distinguem em hierarquias) são obreiros que servem ao Senhor para que a igreja reformada prossiga se reformando, não como quem procura novas formas de expressões de fé, mas que velam para que as igrejas sempre estejam firmadas nos velhos e pétreos fundamentos dos Apóstolos. A autoridade dos concílios é a de manter a igreja sobre a rocha em fidelidade, e não para inventar, criar e laborar em subjetividades e a principal das suas missões é a de evangelizar os povos e deles fazer discípulos para se juntarem como igrejas fiéis a Cristo na adoração bíblica a Deus. Portanto, a autoridade dos concílios é espiritual e o deve ser na sempre dependência do Espírito Santo, não cabendo aos concílios as ingerências das políticas, dos jogos de interesses humanos e das suas ambições. Concílios devem agir observando as Escrituras, não as políticas e outras ciências humanas.

Além disso, Concílios erram!

Confissão de Fé de Westminster

Capítulo XXXI/ Dos Sínodos e Concílios

III. Todos os sínodos e concílios, desde os tempos dos apóstolos, quer gerais quer particulares, podem errar, e muitos têm errado; eles, portanto, não devem constituir regra de fé e prática, mas podem ser usados como auxílio em uma e outra coisa.

At. 17: 11; I Cor. 2: 5; II Cor. 1: 24.

Muitas igrejas e denominações (quase que) inteiras estão corrompidas por desvios e por jogos de interesses (política, dinheiro e poder...), mas é necessário que se faça saber que as podridões deles - em variados graus e de várias maneiras - nunca comprometerão a eficácia e o poder do Evangelho - não é porque corrompem o ensino da verdade que a verdade foi corrompida ou mudada. O poder de adulteração deles nunca será na essência da verdade, mas somente será na formulação de uma mentira a respeito da verdade. "Porque nada podemos contra a verdade, porém, a favor da verdade." (2 Coríntios, 13: 8). O fato é que a verdade de Deus ainda pode lhes estar oculta por um montão de entulhos que foi tomado como religião, e a má religião pode enganar as pessoas - e o faz constantemente com muita gente - mas Deus e a sua Palavra são incorruptíveis e imutáveis e jamais se sujeitarão às corrupções, às adulterações e aos desmandos dos homens. Na prática, além de estarem enganando a muitos incautos, esses corruptores apenas estão aumentando severos juízos sobre si mesmos.

Há anos eu costumo usar minhas redes sociais e este blogue https://atitudeprotestante.blogspot.com para compartilhar a verdade da fé cristã, para evangelizar e também para combater os desvios da fé que são muito comumente praticados por aí e que são propagados por falsos pastores que estão mais interessados em possíveis ganhos através das manipulações da religião e em ofender à santidade do Senhor do que em serví-lo de verdade. E infelizmente eles são muitos. E há quem proteste dos meus textos alegando que escrevo "indiretas" - faz tempo que ouço essas acusações... "o problema é o jeito que você fala/ escreve"... E com isso costuma-se negligenciar o teor em detrimento do pacote falível que o apresenta. Mas não, os meus textos são diretos e são públicos e são baseados na publicidade das críticas e denúncias feitas pelo Senhor Jesus durante o seu ministério público. Ele fazia e eu o sigo também nisso. Eu também me sinto no dever de contribuir para que se distingua a fidelidade escriturística dos enganos abundantes do nosso tempo, pois essas coisas fazem parte do meu contexto também. Eu também já fui severamente influenciado por torpes enganos da religião, e isso me impôs muitos sofrimentos e angústias por anos, mas agora me vejo no dever de contribuir para que esses enganos sejam combatidos e refutados, até porque isso tem ajudado outras pessoas. Ainda que por cristianismo e evangelicalismo se entenda "todo um bolo" genérico, não é verdade que tudo o que se apresente como "cristão" ou "evangélico" ou, ainda, a "serviço do Senhor" de fato o sejam. Existe muito embuste, muito mau propósito, muitos desvios e falsificações, deturpações bizarras e muitas heresias que costumam usar as fachadas de "cristão" e de "evangélico" mas que jamais seriam corroborados pelo Senhor, e muitas vezes essas coisas ocorrem também dentro de igrejas consideradas fiéis ao ensino bíblico. 

Então, quando escrevo sobre essas coisas NÃO SÃO INDIRETAS, mas são reflexões acerca de problemas que, gostemos ou não, já fazem parte dos nossos contextos e também do meu contexto, e com o qual eu estou constantemente interagindo, contextos e interações que me levam às reflexões e considerações à luz da Palavra de Deus e da fé cristã com o propósito de que a verdade de Deus seja melhor discernida dentre tantas formas de mentiras, de confusões, de deturpações, de manipulações e de corrupções. E essas considerações poderão soar como ataques a alguém, muito embora eu nunca as situe num ponto específico, com nomes e lugares, mas poderão, ainda que de forma subjetiva, recair sobre alguém.

É fato, muitas vezes essas reflexões partem de um caso ou de uma experiência vivenciada, um ponto de partida, mas nunca se referem exclusivamente a um caso ou experiência, pois elas se desdobram para contextos maiores porque, infelizmente uma deturpação constatada num momento costuma ter ecos em muitos outros contextos e lugares - e é sobre isso que eu costumo escrever. É apenas parte de um todo. Assim, por exemplo, se eu escrevo sobre "secularismo" ou sobre o que é ser um mau pregador, ainda que isso tenha um ponto de partida que observei, a quem alguém possa supor existir alguma "indireta", o fato é que aquele ponto de partida me levou a refletir sobre um contexto maior onde esse problema é visto, não se constituindo de uma reflexão baseada num caso, mas considerando o caso como um sintoma de um problema ou desvio muito maior do que o próprio caso. E isso é típico em tempos como esses nossos, conforme descreveu o Apóstolo Paulo:

"Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos."

(2 Timóteo 4: 2-4)

Julgo que esse exercício é necessário tanto para a minha fé manter-se fiel às Escrituras, pois é uma forma de reflexão que busca discernir os certos dos errados, como também pode servir às outras pessoas para que elas também tenham o necessário discernimento para serem o mais fiéis possíveis às santas exigências do Senhor, nos seus preceitos e doutrinas, nas verdades que têm sido atacadas por uma infinidade de mentiras e de desvios sob as mais variadas justificativas. 

Por isso, para mim, tem sido cada vez mais impossível ser simpático com quem transtorna a pregação e o ensino da Palavra de Deus. Meus ouvidos explodem quando o sujeito usurpa da verdade das Escrituras para tagarelar um monte de desnecessidades que estão ocupando o lugar que era para ser da Glória de Deus, somente. 

E para quê tagarelar um monte de desnecessidades se está diante de todo e qualquer pregador ler e pregar o texto lido de forma simples, expositiva, fiel e suficiente? Deixem as Escrituras falarem por si! Se as Escrituras são a Palavra de Deus, a pregação expositiva é anunciar a Palavra da forma mais fiel possível. Que Deus fale! Por que a tola opção de muitos de fazer da pregação uma colcha de retalhos, uma ostentação de si mesmos, da sua cultura, do seu "brilhantismo humano" com a exposição de tantas histórias, ilustrações e testemunhos que simplesmente estão tomando o lugar de Deus. E esses "pequenos desvios" (que de pequenos não têm nada) são caminhos para outros desvios maiores que são praticados quando esses pregadores-prevaricadores passam a apreciar as glórias dos púlpitos e aumentam suas corrupções. O poder de ter audiências crescentes de seguidores sempre é tentador e muitas vezes corrompe inclusive a muitos pregadores que começaram bem suas carreiras. Muitos lobos que construíram impérios religiosos começaram como cordeiros pacíficos que faziam parecer que amavam ao Senhor e que apenas queriam pregar o Evangelho.

Pregadores relapsos ou prepotentes arruínam o culto a Deus.

Um mau pregador, que é sempre um usurpador praticante do pecado de prevaricação (e que com esse pecado arruína todo um culto), pode fazer com que uma plateia de incautos se lhe submetam e aplaudam seus enganos, mas o Deus cuja glória foi usurpada não se submete a ninguém e Ele costuma olhar para os prevaricadores como quem olha para um ladrão de almas e da glória que lhe pertence.

Por isso, dada a gravidade dos desvios da fé, condescender não é uma opção para mim.

17/08/2023

Equívocos no que se entende por "Pregar a Palavra"

 


Vivemos um tempo de ampla profusão do "Evangelho". 

Muita gente, e das mais variadas formas, têm "pregado o Evangelho" (eles acham que estão fazendo isso) e muitas vezes isso é feito de formas estranhas e irreconhecíveis, se comparadas com as doutrinas do Senhor.

(o que é o Evangelho? https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/08/o-evangelho.html)

A "palavra do Senhor" tem sido ministrada às pessoas, às plateias e freguesias nos mais variados graus entre fidelidades e distorções - e no campo maior, o das distorções, o foco tem sido não o de anunciar a Graça salvadora de Deus que confronta pecados e exige conversões ao Senhor Jesus, mas sim o de proporcionar às pessoas uma "experiência" com Deus ou alguma forma de obter dEle alguma coisa, qualquer coisa. 

Muitas vezes as prioridades são de fazer as pessoas serem acolhidas e "recebam uma palavra" para "se sentirem bem", para serem "alimentadas" ou "energizadas" para viverem os próximos dias "sob a graça (genérica) de Deus" - o culto, para muitos, é equivalente a ir "receber um passe", não de um pai de santo, mas de um pastor - e isso é estimulado por muitos desses pastores. Mas, evidentemente, à parte dos corruptores, é claro que não são apenas distorções que têm sido pregadas por aí, pois a Palavra de Deus também tem sido pregada fielmente (e essa fidelidade também é em variados graus) por crentes que procuram ser íntegros, pois sempre existe o "remanescente fiel" que com certeza é formado por uma minoria de pregadores, de crentes e de igrejas através dos quais o Reino do Senhor avança, mas isso não costuma estar nos holofotes, nem na moda - e nem deve estar. 

Algumas distorções nas pregações parecem ser mais "sutis", são abordagens repletas de positividade e de sentimentalismos, de ênfases em noções subjetivas de amor, de esperanças vagas e de uma fé pouco fundamentada nas doutrinas dos Apóstolos, e essas abordagens que são agradáveis para todos os gostos costumam receber misturas de outros embasamentos além das Escrituras, como os da psicologia e do mundo corporativo - sim, eu já ouvi pastor orientando seus subordinados que "naquele trabalho" eles não devem falar em pecado, mas apenas focar em "palavras de esperança" (mas que raio de esperança pode haver para quem não se converter a Cristo? E como isso pode acontecer sem o necessário arrependimento de pecados?), e já ouvi falar de missão cristã que NÃO FALA DE JESUS - certa vez perguntei a uma missionária que atua num país pós-cristão como eles evangelizam, ao que ela respondeu que eles não falam de Jesus porque isso espantaria as pessoas (!!!). O que eles fazem é "investir nos relacionamentos" para mostrar o "testemunho cristão" e, assim, pode ser que "algum dia" as pessoas perguntem sobre suas religiões, abrindo-se a oportunidade de falarem de Jesus "aos poucos"... já ouvi essa "brilhante estratégia" evangelística de não falar de Jesus em outros casos também, normalmente justificados no respeito à religião do outro e na prática de uma "sabedoria" praticada nos modos com que se pisam em ovos...

Paralelamente existem outras distorções mais escandalosas, são ostentações de absurdos que nada têm a ver com o Evangelho, pois o Santo Senhor jamais corroboraria certas coisas que o ofendem - afinal, nos lembremos sempre que o Senhor Jesus MORREU na cruz para pagar pelos nossos pecados, logo Ele jamais será condescendente com a insistência de muitos de relativizar pecados na igreja a pretexto de fazê-la "melhor" e mais acessível aos pecadores. Coisas extremas como as campanhas do "vale do sal à sombra do onipotente", vendas de tijolinhos e de toalhinas ungidos, de "Bíblia da vitória financeira", de campanhas de sete semanas do desencapetamento total (sempre com um "ato de fé no altar de Deus" que se traduz em dar dinheiro à "igreja"), de unção da cobertura espiritual do pai-póstolo, do profeta, da sumidade mística, do ente ungido, do reverendo Arcanjo e muitos outros absurdos através dos quais se arrecada muito dinheiro de incautos entorpecidos para o sustento de um tipo detestável de religiosidade e dos luxos de falsos pastores e que financiam construções de "templos" ostentatórios e abomináveis onde o Senhor Jesus não é servido, mas é blasfemado. 

Eu não acredito que esses falsos pastores fazem as atrocidades que praticam por convicções reais, como que acreditando estarem servindo ao Senhor. Eles não são inocentes, nem ingênuos, sabem que não servem a Cristo. Tenho por certo que eles são cínicos, são escarnecedores convictos do Evangelho. Pode até ser que sejam ateus ou adoradores de Satanás que transtornam a Palavra de Deus de propósito, e conscientemente, simplesmente porque não têm nenhum temor de Deus por ofendê-lo com suas mentiras para tirarem dinheiro fácil de multidões de ignorantes manipuláveis. E quem tem coragem para perverter a Palavra de Deus e a fé tem, também, a mesma coragem para perverter qualquer coisa, isso porque esses homens não têm escrúpulos. Seus corações são de pedra, eles são obstinados, não se importam em proferirem blasfêmias contra o Senhor. Esses são os piores dos homens que vivem no mundo.

Mas eles costumam arrastar multidões atrás de si. Suas perversões são muito prósperas, pois Deus tem dado aos ímpios as impiedades que desejam. Mas as suas prosperidades, os seus números têm tentado a muitos líderes de igreja. Muitos tem se perguntado "por que não acatar parte dos seus estratagemas?" - e muitos têm sucumbido a essas tentações...

Eis um falso profeta proferindo suas mentiras numa sinagoga de Satanás.
Aborto X 6° Mandamento 
"Não matarás" (Êxodo 20: 13)

Falas absurdas de um "celebrado" (falso) pastor progressista.
Atualizar Bíblia X 2 Tm. 3: 16, Gl. 1: 6-9, Mt. 24: 35

São quase que infinitas as variações de bizarrices diabólicas que zombam do Senhor e que nada têm de Deus senão o uso excessivo e descabido do santo nome do Senhor com a quebra escandalosa e sistêmica do 3° mandamento. A ordem de não dizer o santo nome do Senhor foi substituída por usá-lo como se fosse uma palavra de ordem, um abracadabra que faria Deus ter a obrigação de atender a quem o reivindica, fazendo dEle um tipo de gênio da lâmpada mágica - um desejo de muitos... 

Acredito que os demônios agem e falam muito mais nos púlpitos dessas abominações do que num culto de magia negra (embora estejam agindo lá também), simplesmente porque todas as vezes em que Satanás aparece na Bíblia ele está pervertendo a Palavra de Deus, e ele parece ser muito comportado enquanto propaga suas mentiras, um sujeito diplomático, um "gentleman", ele não impõe suas mentiras aos gritos, mas costuma colocar em dúvida as ordens claríssimas de Deus e propõe seus sofismas após a expressão "se" ("se você realmente é o filho de Deus, transforme essas pedras em pães..."). Ele é o tentador, é sagaz, astuto e ardiloso. Nesses cultos "pseudo-cristãos" praticam-se muitos mais desvios da verdade, adulterações da Palavra de Deus, ofensas ao Senhor e disseminações da mentira em escalas muito maiores e com maior eficácia do que numa reunião de uns poucos delinquentes que lêem livros de magia negra enquanto praticam transes em cultos pagãos e animistas.

O que se vê nessas distorções "evangélicas", especialmente do campo neopentecostal (mas não somente nele - é fácil bater no que é bizarro enquanto se está assentado sobre suas próprias infidelidades) não é Evangelho, nem culto a Deus, é afronta ao Senhor com a corrupção da fé e da verdade onde apenas se acumula pecado sobre pecado, ofensa sobre ofensa. 

E esses corruptores, vendilhões da fé, nem disfarçam o propósito de se obter lucro através desse mau uso da palavra de Deus.

O fato é que abordagens de uma graça barata (ou corrompida) tem ocupado, cada vez mais, o lugar da necessária pregação do verdadeiro Evangelho que consiste no chamamento ao arrependimento de pecados e à fé no Senhor Jesus Cristo através da assimilação e prática das suas doutrinas.

SUTILMENTE, ESTAMOS SUBSTITUINDO A NECESSÁRIA EXIGÊNCIA DE CONVERSÃO AO SENHOR JESUS POR MERA ADESÃO ÀS NOSSAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS.

Mas, é lamentável que a religião tem sido administrada por muitos como se lhes pudesse ser sujeita, como um "negócio" que pode ser muito lucrativo, uma empresa administrada para prestar serviços espirituais selecionados onde se descarta alguns ingredientes e se reforça outros, gerando um serviço espiritual feito sob medida para uma freguesia exigente (e que paga pelo serviço) e muitas igrejas tem se amoldado para atender consumidores de experiências religiosas, evidentemente forjadas, fabricadas, falsificadas, mas que ainda assim atingem o propósito de tocar nas emoções das pessoas. E essas pessoas confundem essas experiências emocionais e sensoriais, coisas da carne, estimuláveis,  com atuações do Espírito Santo, o que é muito grave, pois assim caminha-se num limiar perigoso para o cometimento do único pecado que não pode ser perdoado - o da blasfêmia contra o Espírito Santo - quando se atribui ao Diabo as obras que são de Deus. As fabricações de falsas experiências religiosas atribuem a Deus as obras que são apenas da carne, e que por isso não podem alcançar os efeitos que somente Deus produziria (a transformação da mente, a conversão genuína, a adoração verdadeira), e que além de serem falhas e inconsistentes - obras da carne atribuídas a Deus - ainda podem ser instrumentalizadas por demônios que estão a serviço do velho pai da mentira, um ministro maligno que, como vimos, infelizmente tem pregado em muitos púlpitos e influenciado a muito crentes mal discipulados e mal instruídos nas doutrinas do Senhor. 

É fácil bater nas heresias dos outros. Mas e quando as prevaricações são como essas, deste vídeo? https://youtu.be/H68mbfuza_0

Infelizmente até mesmo os Reformados têm relativizado bastante a ortodoxia e estão acatando o progressismo como norma de conduta e de culto e estão abraçando "estratégias" pragmáticas para o crescimento das igrejas como se o Senhor aceitasse adulterações da verdade (que são mentiras) e invencionismos que são atribuídos ao Espírito Santo (um pecado muito grave), em coisas que Ele jamais fez, nem fará. 

Parece que tem prevalecido a ideia de que agradar e servir aos homens é o mesmo que agradar a e servir a Deus, numa péssima interpretação da verdade de que é impossível dizer que se ama a Deus, a quem não vemos, se não amarmos ao próximo, a quem vemos. Isso que dá ignorar DOUTRINAS e ignorar, convenientemente, que o amor de Deus é Santo, que não pode ser corrompido conforme desejam os gostos das pessoas - na versão "mundana" de amor "toda forma de amor é válida", mas o AMOR de Deus não é assim, é Santo, sacrificial e é cumpridor da Lei ("quem me ama guarda os meus mandamentos") e isso implica em fazer não o que as pessoas querem, mas sim o que Deus quer. E é esse amor SANTO de Deus que devemos nutrir, um amor fundamentado não nos relacionamentos meramente humanos e comuns, mas fundamentado na comunhão com o Pai e com o seu Filho, o nosso Senhor Jesus no Espírito Santo (o autor das Escrituras). Ou seja, a verdadeira comunhão e o verdadeiro amor são baseados na obra de Cristo visando a santificação da Igreja, e não se ajustando aos progressismos e aos costumes do mundo, conforme ensinam os fundamentos do Senhor e dos seus Apóstolos (João 17 e 1 João 1: 3)

A nova onda tem sido confundir agradar aos homens com agradar a Deus, como se fossem a mesma coisa. Mas não são!

"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento..."

(Oséias, 4: 6/ Mateus 22: 29)

Assim, as igrejas têm tomado as mais variadas formatações, que vão desde as fiéis, bíblicas (graças a Deus por elas!), perpassando por aquelas que podem ser confundidas com clubes onde a prioridade são as convivências, ou confundidas com empresas, ou descambando para aquelas que se transformaram em cultos irreconhecíveis para os padrões bíblicos.

Um modelo que tem sido bastante acatado, como evidência de mundanismo e secularização, é o de igrejas que podem ser confundidas com um clube, um sistema religioso administrável como uma empresa onde se foca em resultados pragmáticos, em números, em quantidades de gente e de dinheiro. E para isso se estabelecer adota-se um padrão mediano de espiritualidade, de exigência doutrinária, caso contrário os rigores do Senhor afastariam grande parte dos adeptos, dos associados. E normalmente isso estará diretamente relacionado ao engrandecimento do líder local, à celebração do seu nome. Seus focos estão na adesão religiosa e não em conversões verdadeiras. Essas igrejas não querem ser congregações de santos, de crentes professos, de discípulos engajados do Senhor. A fidelidade bíblica é facilmente descartada sob rótulos pejorativos como "fundamentalismo, legalismo, preciosismo, capricho...". Eles focam em resultados, em números, em multidões administráveis que serão sempre dependentes das ministrações dos seus líderes - nesse contexto os discípulos mais engajados do Senhor Jesus devem ser evitados, pois criarão problemas, eles costumam denunciar os erros dos que pervertem as coisas pois têm uma coisa perigosa: consciência própria e bíblica, mas que é servil e não relativiza a ortodoxia (= caminho de retidão). Os cultos, em muitos desses contextos, não são para Deus, não é uma liturgia ou serviço ao Senhor como Ele mesmo prescreve (entenda o Princípio Regulador do Culto), mas são para as pessoas se sentirem bem, para elas serem "ministradas". Não se prega e ensina o Evangelho em sua inteireza (até porque muitos dos seus líderes não o conhecem, e não precisam conhecer para fazer o mau serviço que fazem), nesses lugares não há esforço verdadeiro para se fazer discípulos do Senhor, porque, em muitos casos, isso faria muito mal para os negócios.

Mas, graças a Deus, sempre, até que o Senhor Jesus volte, sempre haverá o Remanescente fiel, sempre existirão crentes fiéis e íntegros e sempre haverão boas igrejas para a nossa comunhão, ainda que sejam minoria e sempre, sempre, até o Dia do Senhor, haverá misericórdia para os arrependidos e a possibilidade de igrejas corrompidas por enganos e práticas más se voltarem à fidelidade ao Senhor, porque o nosso desafio continua sendo o de lutarmos pela fidelidade: "Igreja Reformada sempre se reformando".

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Pregadora-profetiza-cantora-influencer-coatching-mirim

Nesses tempos de redes sociais, de YouTubers e de Influencers tem surgido um exército de jovens pregadores-prodígio, de influencers carismáticos que mesmo sem uma base sequer mediana de Bíblia tornaram-se disputados por muitos milhares de seguidores "sedentos" pelas suas ministrações, ainda que essas ministrações sejam demonstrações estapafúrdias de mensagens genéricas típicas da onda "coatching". E isso têm servido como inspiração para jovens cristãos desejarem ingressar nesse tipo de carreira.

Foi um caso desses, ocorrido nesta semana, que me levou a considerar o contexto atual do movimento evangélico e a escrever tudo o que está acima. 

Pregadora-mirim do iPhone que se transformou em fenômeno como influencer para muitos, e motivo de MEMES para outros.

Nesta semana veio à tona um caso bastante representativo sobre o cenário do confuso evangelicalismo brasileiro. Uma pregadora coatching-mirim, que também é "profetiza", e é cantora gospel, e influencer, e que ficou famosa por suas mensagens peculiares que costumam virar meme, foi contratada para "ministrar" num aniversário de um influencer gay. E lá ela "profetizou" (profetizar seria Deus mandar uma mensagem direta - o que Ele NÃO FEZ) e "evangelizou" as pessoas e muitos teriam "aceitado a Jesus".

TUDO ERRADO!

O Senhor não envia esse tipo de mensagem. Não existe esse tipo de profecia. 

A escolha do Senhor pelos seus implica em arrancá-los da escravidão do pecado e não em confirmá-los onde estão. 

Veja https://youtu.be/HGl0GYl0Mxs e https://youtu.be/1cB7WFpxp1A e no Instagram da menina Vitória Souza

Para muitos, isso é "pregar o Evangelho" e a despeito dos graves erros a justificativa predominante é "mas o importante é que o nome de Jesus está sendo pregado..."

Contudo esse tipo de coisa é falsa profecia e é falso Evangelho. O "Jesus" pregado é falso. Mas, de forma genérica, todas essas coisas fazem parte do "grande bolo" que é a igreja evangélica brasileira. Uma confusão!

Depois disso a pastora-influencer passou a sofrer boicote de pastores e de igrejas e postou desabafos sobre isso. E, obviamente, esse caso já foi cooptado pela causa LGBT+etc.

15/08/2023

O que é o pecado?

 


Pecado é o estado de corrupção da criação em decorrência da rebelião humana contra a Lei de Deus. O pecado é o mal que degenerou a natureza e nos colocou em inimizade contra Deus. 

O estado atual das coisas não é o que era em sua origem, pois toda a natureza está maculada, corrompida, adulterada pelo mal do pecado que a tudo afetou. A natureza de todas as coisas criadas foi degenerada, tornando-se repulsiva para o elevado padrão da santidade do Criador. Fomos, então, banidos dEle. O Deus Santo é totalmente separado dessa sua criação, Ele é inacessível a nós mas nós não somos inacessíveis aos seus atos de misericórdia e de Graça, e por esses atos Ele age na criação. 

Por causa do pecado existe uma ruptura entre o Deus Criador e nós, suas criaturas, uma separação intransponível para nós e que só pode ser reparada pelo próprio Deus. 

Sendo Deus a fonte inesgotável de vida e o sustentador de toda a criação, a ruptura do pecado nos impôs morte e destruição. O destino da criação, então, é o colapso e a morte. A criação está em agonia, caminhando para a sua ruína, para o seu fim que será imposto pela manifestação de Deus no retorno glorioso do Senhor Jesus, o Juízo final. Então a atual criação será destruída pelo fogo (o poder da santidade de Deus se impondo à criação) e serão criados uma nova Terra e novos céus, sem pecado e sem os seus efeitos, em plena santidade e perfeição.

A intransponível separação entre a criação e Deus, por causa da ruptura da queda no pecado é a impossibilidade de união entre a santidade de Deus e a degeneração de todas as coisas, não apenas do homem, mas do mundo e do universo onde o ser humano foi estabelecido por Deus como "cabeça" da criação, o jardineiro do Éden, o administrador, o cuidador e líder de tudo o que podemos ver e entender por criação, por mundo e por universo. Isso porque fomos criados de uma forma que nos distingue de todas as outras coisas criadas - somente o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, moldado pelas mãos hábeis, cuidadosas e poderosas do Criador. Somos seres dotados de elevadíssima e exclusiva dignidade, e foi-nos dada a ordem de cuidar da criação, de cumprirmos mandatos espirituais, sociais e culturais estabelecidos pelo próprio Deus e, dentre as ordens dadas por Deus havia uma única Lei restritiva que previa severas penas: De todas as árvores Adão podia comer dos seus frutos, exceto uma! Ele não podia comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Adão tinha diante de si todo o universo para conhecer, de tudo podia usufruir, mas tinha uma única árvore que lhe outorgava a liberdade de escolher permanecer numa realidade de perfeição e de santidade ou podia escolher conhecer o bem e o mal, recebendo todas as sansões previamente anunciadas por Deus, a morte e as consequências de ser banido da sua santidade e, portanto, ser amaldiçoado e assim degenerar tanto a si como a tudo que lhe foi submetido. Somente Adão, dentre toda a humanidade, tinha, de fato, o livre-arbítrio. Pois somente ele, e nenhum de nós, podia escolher permanecer na perfeição ou decair no pecado. Diferente dele, desde então, todos somos escravos do pecado (até que Deus nos salve dele) e temos "livre-agência" apenas dentro de um contexto limitado em que não temos como desfazer o que Adão fez e nos foi imputado. Então, ainda no Éden, Satanás pôde se aproximar da esposa de Adão, nas proximidades da árvore proibida, e tentou à Eva, que deu ouvidos à proposta em que foi pervertida a palavra de Deus (as mentiras do Diabo costumam ser sutis), Eva, então, atentou para a beleza convidativa dos frutos da árvore proibida, comeu do seu fruto e o deu também a Adão, selando, assim, a nossa rebelião contra Deus. Isso porque em Adão toda a humanidade estava representada, ele era o "cabeça"da humanidade, todos estávamos nele e todos faríamos (ou fizemos) o que ele fez, e todos herdamos a sua degeneração, as maldições da queda e da imposição da separação de Deus. Quando pecamos em nosso pai Adão (onde todos estávamos representados) nós caímos em desgraça e em maldição, corrompendo a nós mesmos e submetendo a criação que nos foi confiada a todos os danos da separação de Deus.

E nessa separação a Santidade qualifica a Deus como o "totalmente outro", porque santidade é SEPARAÇÃO. Embora Deus seja onipresente (Ele se faz presente, mas não é parte das coisas), Ele está totalmente "substancialmente" separado da criação, embora se imponha sobre ela e a sustente. Deus e criação (incluindo a humanidade) são totalmente distintos - aqui se comprova que crenças animistas e que atribuem divindade às coisas criadas são falsas. 

A santidade de Deus é o seu atributo onde todos os demais são fundamentados - o amor de Deus é santo, o poder de Deus é santo, a sabedoria de Deus é santa, etc. Deus é santíssimo, puríssimo, incontaminável, incorruptível, impecável. Para nós, portanto, Ele é um fogo consumidor, pois se nos aproximarmos dEle em nossa atual condição de pecadores a sua santidade nos fulminaria. Por isso Deus deve ser temido.

A santidade e o pecado são opostos, são incomunicáveis, são realidades impossíveis de serem unidas. E suas forças são de tal forma desproporcionais que a santidade fulmina, incinera a todo pecador pois não existe a possibilidade do pecado resistir à presença Santa do Todo-Poderoso. E esse poder repelente não é passivo da parte de Deus, é intencional, pois Deus odeia e não tolera o pecado, sendo todo pecado e todo pecador objetos da sua justiça, da sua ira.

Estamos de tal forma separados e postos em contraste a ponto de Deus e sua glória serem o mais letal inimigo para o nosso estado de degeneração. Nós que originalmente fomos feitos para o apreço de Deus agora, por causa do pecado, somos objetos do seu juízo (por isso o inferno é um fogo que não se apaga, é Deus impondo as justas penas com todos os rigores da sua santidade - porque a sua Lei é santa), porque o pecado nos corrompeu de tal forma que, apesar de termos um indelével senso de necessidade de Deus, nós odiamos a santidade de Deus (e isso só é mudado, pelo próprio Deus, na ação do Espírito Santo de transformar o nosso coração e consciência, através do poder do Evangelho) e é exatamente por isso que os nossos corações enganosos são fábricas de ídolos, pois temos consciência de que precisamos de Deus, mas enquanto estivermos sob o domínio do pecado nós teremos aversão ao verdadeiro Deus e por isso inventamos deuses falsos para devoções idólatras. Nós, em nosso estado natural de pecado, estamos em guerra contra Deus.

Entendemos, então, que pecado não é apenas o que fazemos. Pecado é o nosso estado de corrupção após a queda. É a nossa natureza. Os pecados que cometemos são apenas os frutos condizentes com a natureza degenerada do pecado. Somos como uma espécie de árvore que foi alterada em sua genética, em sua natureza, e que sempre produzirá frutos impróprios para o consumo, putrificados e que estragam tudo no seu derredor, disseminando doenças em quem come dos seus frutos. Por isso o agricultor exterminará a todas essas árvores más da sua plantação. E isso é um direito seu, uma coisa boa a ser feita.

Nós não somos pecadores porque praticamos pecados, nós somos pecadores e por isso praticamos pecados. Os atos de  pecado são frutos da nossa natureza pecadora, contra a qual nada podemos fazer. Alguém não é pecador simplesmente porque mente, porque pratica adultério, porque adora Maria, porque é homossexual. Esses são alguns dos pecados, dentre tantos outros, que qualquer um de nós praticamos, são frutos diversos condizentes com a natureza de quem está separado da santidade de Deus. Todos nós nascemos corrompidos pelo pecado, mesmo um bebê recém nascido já é pecador. Pecador é o que somos, indistintamente. O pecado nos define, porque todos somos filhos de Adão, pecamos nele e fomos amaldiçoados com ele.

A Redenção

Mas Deus ama a sua criação e ama, especialmente, a sua criação humana. E por isso Ele fez o que nós não podíamos fazer: o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo foi enviado por causa do seu amor por nós, mesmo nós sendo ainda pecadores, e isso foi feito para nos salvar.

Diante da impossibilitado dos homens se salvarem, o abismo intransponível entre a santidade de Deus e a degeneração pelo pecado humano foi superado pela encarnação do Filho de Deus para cumprir uma penosa missão.

Jesus, o Unigênito de Deus, o criador de todas as coisas, a Palavra com todo o seu poder abriu mão da sua glória, glória que tinha junto ao Pai, esvaziou-se de si mesmo e fez-se homem nascido da jovem virgem Maria. Assim o Messias pré-anunciado em todo o Antigo Testamento viveu entre nós, um homem verdadeiro, um milagre sublime, o Santo de Deus ensinando a verdade aos pecadores e a sua missão era resolver o mal do pecado, algo impossível a nós, para nos reconciliar com Deus. Então, como Cordeiro de Deus Ele tomou sobre si as culpas dos eleitos de Deus e ofereceu-se em sacrifício no holocausto da cruz. Ali o Santo de Deus, o justo, sofreu em lugar dos depravados e dos injustos, as malignidades dos homens estavam sobre Ele e a ira de Deus o esmagou e puniu em nosso lugar. Sua morte foi substitutiva, pois pagou a nossa dívida, sofreu o nosso inferno, e nós, os que cremos nEle obtemos o perdão pelos nossos pecados, a nossa salvação, a justiça do Senhor Jesus Cristo nos é atribuída. Ter fé no Evangelho do Senhor é receber gratuitamente o poder da sua salvação. O meu inferno foi sofrido pelo Senhor Jesus Cristo para que eu receba os privilégios que pertenciam somente a Ele. Por isso os crentes são adotados por Deus como filhos, uma dignidade que pertencia somente a Jesus.

Aos pecadores é requerido que se arrependam dos seus pecados e que se convertam de uma vida de servidão aos mais variados pecados à fé servil ao Senhor Jesus Cristo, que creiam no Evangelho e vivam sob suas ordens, Graça e doutrinas.

Por isso, por meio do Senhor Jesus Cristo, nós temos a nossa comunhão com Deus restabelecida. Em nome do Senhor Jesus nós oramos ao Deus-Pai e Ele nos ouve. Através do Senhor Jesus nós adentramos no Santo dos Santos na presença de Deus para adorá-lo em espírito e em verdade e Ele recebe as nossas vidas, o nosso culto e a nossa adoração.

E o Senhor Jesus Cristo ressuscitou, a morte ocorrida na maldição cruz não pôde detê-lo, Ele venceu a morte, o pecado e o inferno e retomou a majestade nos céus, ao lado do Pai, de onde reina soberano sobre todas as coisas e intercede pelo seu povo até que chegue o glorioso dia do seu retorno. E então todos ressuscitaremos, os salvos para as glórias do porvir e os réprobos para receberem suas justas condenações.

O Evangelho

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/08/o-evangelho.html

O ódio pela santidade de Deus

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/07/o-odio-santidade-de-deus.html

O amor de Deus e o inferno

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/04/o-amor-de-deus-e-o-inferno.html

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pecado entrou na criação através de Adão e Eva. Mas ele já existia num contexto espiritual. A Serpente, Satanás, o Diabo já tinha caído em pecado, já o conhecia, já era corrompido e já era um corruptor que arrastou, num passado desconhecido, uma parte dos anjos à injustificável rebelião contra Deus. É para a condenação desses demônios que o inferno existe. Contudo os eventos que levaram anjos a se corromperem em tempos diferentes dos descritos no Éden são pouco descritos nas Escrituras e a ênfase da Bíblia como Palavra de Deus é na história da redenção da humanidade, cujo centro é a obra e a glória do Senhor Jesus Cristo.

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Ainda que o pecado tenha alterado e degenerado toda a criação, e especialmente à humanidade, ele não foi um "acidente de percurso".

Se considerarmos que o Senhor Deus é onipotente e onisciente, Ele necessariamente exerce sua soberania sobre todas as coisas e nada escapa do seu senhorio, do seu conhecimento, nem dos seus planos. 

Todas as coisas aconteceram exatamente como Deus predeterminou.

Efésios 1 descreve toda a Trindade agindo pela salvação dos eleitos e é dito que "Deus nos escolheu nEle (em Cristo) antes da fundação do mundo" - ou seja, antes de o mundo ser criado e antes da queda de Adão, Deus já tinha elegido a sua igreja (gente de todas as eras e lugares) e a salvou pelos atos redentivos do Senhor Jesus. Disso concluímos que a queda não foi acidental, mas estava dentro dos planos soberanos e sempre perfeitos de Deus, isso porque o plano de salvação já estava predeterminado tanto sobre os fins como nos seus meios. Se Cristo sempre foi o Cordeiro de Deus desde a fundação do mundo isso implica no fato de que os atos da cruz já estavam preordenados e que a redenção de pecados era parte central dos planos de Deus mesmo antes do pecado ter entrado no mundo e antes mesmo do mundo ter sido criado. Jesus, no Evangelho, é o "pleroma", a plenitude dos tempos, a plenitude de tudo, a glória de tudo por meio de quem tudo veio a existir e tudo converge para Ele, porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas.

A humanidade não é o centro do mundo, o Senhor Jesus é quem é. E a história da redenção é o meio pelo qual se desenvolve a sua glória.

Na história da redenção, e especialmente no seu desfecho, na glorificação, percebemos que houveram coisas boas que só se evidenciaram por causa da queda: Adão não conheceria perdão, redenção, misericórdia e outras ações e atributos de Deus especialmente reconhecidos no Senhor Jesus Cristo, que nós conhecemos, e a glória do Cordeiro de Deus se impôs sobre a criação por causa da queda, da redenção e da glorificação.

Ou seja, conhecemos, como Deus disse, tanto o bem como o mal. Nós podemos conhecer a Deus como Adão jamais pôde.

14/08/2023

Regra de ouro para a submissão às autoridades.


Regra de ouro para a submissão às autoridades.

"Você deve se submeter às autoridades enquanto essas autoridades forem submissas à Palavra de Deus".

Essa regra é libertadora, revolucionária, inegociável.

A partir do momento em que essa regra é infringida não deve haver submissão ao corruptor.

- Não se sujeite a quem quer impor iniquidades e normatizar pecados;

- Não se sujeite a quem toma o mal por bem e o bem por mal;

- Não se sujeite a quem corrompe a justiça para ter poder nas mãos;

- Não se sujeite a corruptos e a corruptores da verdade.

Essa regra se aplica a todos os tipos de poderes humanos, sejam eles políticos ou religiosos.

12/08/2023

12 de agosto de 2023 - 164 anos de IPB



Nesta data, há 164 anos, chegava ao Brasil o Rev. Ashbel Green Simonton. E sua chegada marca o início da história da Igreja Presbiteriana do Brasil. 

Em sua jornada, vale destacar que em 12 de janeiro de 1862, Simonton organizou a primeira Igreja Presbiteriana no Brasil, celebrando a Ceia do Senhor. Ele criou o primeiro jornal - A Imprensa Evangélica,e organizou o Presbitério do Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1865, quando também foi ordenado ao ministério o ex-padre José Manoel da Conceição.

Em sua última participação no Presbitério do Rio de Janeiro, antes de falecer devido à malária, o pastor americano pregou um sermão intitulado: "Os meios necessários e próprios para plantar o reino de Jesus Cristo no Brasil", fazendo uma reflexão de que para o Evangelho ser difundido em nosso país, é necessário que os crentes sejam testemunhas.

É com gratidão e louvor a Deus que comemoramos os 164 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil, a primeira igreja protestante em solo brasileiro.

Vamos comemorar com gratidão e louvor a Deus pelos 164 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil. É tempo de celebrar a condução do Senhor ao longo da história da nossa amada IPB.

Texto copiado de @ipboficial

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O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Influenciado por um reavivamento em 1855, fez a sua profissão de fé e, pouco depois, ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.

Texto copiado de:

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid02xrNa1BhCex6q81MKbYFn4BJGiaGtWyoPsm1SC994P8Hdwkaz99URzw8V5KxcZaiDl&id=100066717873871&mibextid=9R9pXO


Quem foi Simonton?

Veja no link:

https://www.ippinheiros.org.br/pastorais/ashbel-green-simonton-pioneiro-da-igreja-presbiteriana-do-brasil/

11/08/2023

Diferenças entre a fé cristã protestante e a católica romana.

 

Emblema do papado

Diferenças entre a fé cristã protestante e a católica romana.

A principal diferença entre os cristãos protestantes e os católicos romanos é que para os protestantes a obra do Senhor Jesus é suficiente e é perfeita e por isso as Escrituras são suficientes.

O que o Senhor realizou na cruz é obra completa e perfeita, não carece de nenhum complemento;

O que o Senhor ensinou durante o seu ministério e por meio dos seus Apóstolos (e dos discípulos deles) é ensino completo, doutrina perfeita. O "cânon" das Escrituras, a Bíblia, a Palavra de Deus, está completa, perfeita, selada. 

Contudo, para os católicos romanos o que Jesus fez precisa de ajudas e de complementos... (e isso é um absurdo!)

Sua obra na cruz não é suficiente e precisa da complementação das boas obras humanas e da purificação complementar das almas na invenção do purgatório para a salvação;

O sacrifício único do Senhor na cruz precisa ser repetido em toda missa, quando de novo, de novo e em todas as vezes a hóstia e o vinho se trans-substanciam na carne verdadeira e no sangue verdadeiro do Senhor que são novamente partidos e distribuídos aos fiéis na missa;

A proeminência do Senhor como cabeça e Rei da Igreja precisa de um complemento que o substitui no mundo, que é o Papa;

A mediação do Senhor entre nós e Deus e a sua intercessão por nós perante o Pai precisam das ajudas complementares de Maria e dos santos;

O ensino da Palavra de Deus (a Bíblia) precisa das interferências, de acréscimos e de invenções feitas pelo magistério da igreja e pelas bulas papais, com suas ideias mirabolantes que distanciam cada vez mais os fiéis da igreja católica romana da pureza do Evangelho;

Para a seita católica Jesus não é o Senhor conforme ensinam as Escrituras. Eles inventaram um simulacro incompetente, uma versão fraca que é assimilada por meio de imagens e de estátuas que são idolatradas. Nessa religião o Senhor precisa de quem o ajude em tudo, o descaracterizaram da sua proeminência, da sua glória, do seu poder e autoridade. Então, nessa prática religiosa, em tudo Ele é vilipendiado.

A igreja católica romana é uma seita que vilipendia do Senhor através da devoção a distorções, falsificações e incrementos à fé .

https://www.seminariojmc.br/index.php/2017/12/13/1025/

08/08/2023

A luta pela fidelidade à verdade

 


Crentes em Jesus sempre estão no campo de batalha. E mais importante do que as batalhas pelas causas pessoais é a luta constante pelo Evangelho, para que a verdade do Senhor seja reconhecida e crida. 

Mas o Evangelho, como tudo nas Escrituras, está no campo do conhecimento, é texto, e como tal pode ser manipulado, torcido, interpretado e aplicado de forma equivocada, sendo os erros de menor ou maior gravidade, intencionais ou não. 

Portanto a nossa luta espiritual é no campo das ideias, na pregação, no ensino, na apologética, na confrontação do erro religioso, e não porque somos perfeitos (porque estamos muito longe de o ser), mas sim porque é o nosso dever velar pela verdade como parte da nossa própria santificação e dos deveres que temos diante do Senhor que nos salvou. A perfeição da doutrina deve ser mantida e está acima das nossas qualidades pessoais, e essa perfeição não se baseia nas nossas qualidades ou méritos, jamais. Porque a glória das Escrituras pertence unicamente ao Senhor. Nós é que temos que nos amoldar aos seus elevados padrões, nunca o contrário.

Mas, muitas vezes (ou quase sempre) essa luta pela verdade se dá a partir de dentro do ambiente religioso. Sempre foi assim nas Escrituras, foi assim com o próprio Senhor Jesus e com os seus discípulos. Isso porque a religião também pode ser manipulada, pois é fonte tentadora de poder. Os fariseus, os saduceus e a elite religiosa nos tempos do Evangelho adoravam suas proeminências clericais e muitos dos profissionais da religião reproduzem exatamente os mesmos pecados de se assenhorarem da igreja e da verdade de Deus como se não existisse um Rei, um Senhor e um único Cabeça, porque tanto o Evangelho como a igreja têm um SENHOR que não tolera ser usurpado, enquanto que a nós, crentes, cabe apenas serví-lo.

Mas muitos homens o negligenciam, se rebelam, se articulam politicamente para fazerem as coisas concernentes à religião do seu próprio modo. Nas sombras fazem seus acordos, compram e vendem apoios, armam botes, mostram os dentes, abusam das autoridades que seus idolatrados filactérios ostentam. E os defensores da pureza da verdade como coisa imaculável, são tratados como ratos, como oportunistas, como ervas daninhas cujas ideias precisam ser resistidas antes que causem desordem e descontrole. São tratados como intrusos, como ilegítimos (assim como faziam os líderes das sinagogas quando o intruso Paulo ousava lhes pregar o Evangelho nos seus redutos) como aqueles engenheiros enxeridos que vem fiscalizar construção feita por outros - mas a obra é de Deus, é ou não é? Se a obra for "do homem" então que sejam cultuados os méritos dos homens. Mas igreja é uma cooperação dinâmica de muitas partes que se ajustam, se complementam, se corrigem, se aperfeiçoam... Mas esses reformadores que apontam para a necessidade de se voltar para os velhos fundamentos (os chatos) serão acusados não por serem seguidores de Jesus ou porque crêem no Evangelho (até porque quase todo mundo segue ao "Jesus", mesmo que seja o simulacro das abordagens progressistas) mas sim por coisas derivadas de uma cosmovisão ortodoxa, como serem acusados de fundamentalistas, de enxeridos, de sabichões, arrogantes, intolerantes, de homofóbicos (anota aí), transfóbicos, misóginos, legalistas, reacionários, puritanos, etc e essas acusações darão todo o embasamento para que sejam censurados, cancelados, sabotados, perseguidos, caçados, e se possível decapitados, jogados aos leões e, por que não, crucificados? Já fizeram isso antes, e várias vezes... Normal.

E assim a parte da igreja que quer se mundanizar sem ser incomodada enche o seu próprio ventre com corrupções de toda sorte, com um ensino bíblico relativista, adocicado, moderado, feito sob medida para as plateias que pagam pelo serviço. Seus cultos são antropocêntricos, não focados nas exigências do Deus que requer adoração como a Bíblia prescreve, normas que relativizam; sua prática missional é omissa, negligente e facilmente dá lugar ao entretenimento.

Então, para se certificarem de que seus projetos, postos, ambições e outros bezerros de ouro não serão ameaçados, os líderes desses ajuntamentos em franca corrupção se lançam à política cada vez mais suja, impondo suas ingerências e pecados a um arraial que tem um dono que está sendo desprezado mas que se levantará em sua fúria.

Pode ser que os crentes que tentam ser fiéis sejam sabotados, desterrados, que aparentemente estejam em desvantagens. Por isso o juízo começa na igreja. Foi assim com todos os Apóstolos (a companhia é boa!). Mas não se engane, o Senhor Todo-Poderoso pode parecer que está distante e que esteja tudo ok com as prevaricações de muitos, mas Ele requerirá a glória que lhe pertence e nesse Dia os usurpadores sofrerão a sua ira. 

Sempre é melhor fazer as coisas direito e sempre, até que o Senhor Jesus Cristo volte, é tempo de se consertar as coisas.

Salmo 64

Estamos em guerra

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Por que os protestantes não beatificam outros crentes que são modelos de fé, mas contam os seus testemunhos?


Por que os protestantes não beatificam outros crentes que são modelos de fé, mas contam os seus testemunhos?

"Esta saudação é de próprio punho, de Paulo. Lembrai-vos das minhas cadeias. A graça seja convosco."

(Colossenses, 4: 18)

A Bíblia é repleta de recomendações acerca de "lembrar-se" dos testemunhos de fé de outros crentes, vivos ou mortos, tanto para usarmos de compaixão para com os que sofrem como para o estímulo da nossa fé ao atentarmos para o alto valor da fé dos crentes fiéis. 

No final da sua carta aos Colossenses, o Apóstolo Paulo escreve de próprio punho uma breve saudação onde inclui um pedido, o de que seus leitores se lembrem das suas cadeias, dos seus sofrimentos por causa de Cristo. E considerando a atemporalidade e a inspiração das Escrituras, esse registro atendia uma demanda imediata e também se estende para um sentido mais amplo, e nesse sentido não nos é mais possível praticar alguma ajuda ao Apóstolo (possivelmente a demanda imediata), mas ainda nos é possível lembrar dos seus sofrimentos de forma didática, como estímulo à fé dos seus leitores em qualquer época. O testemunho e os sofrimentos de Paulo continuam pregando, corroborando a mensagem do Senhor a quem ele servia.

Hebreus 11 é uma famosa "galeria de heróis da fé" que tem esse propósito, o de estimular à fé no Senhor Jesus usando o recurso da descrição de alguns atos de crentes ao longo da história, cujos testemunhos são relembrados e isso é muito diferente deles serem usados para algum tipo de devoção a eles dirigida. Nenhum cristão verdadeiro comete o pecado de atribuir a esses ou a outros heróis da fé as devoções que somente ao Senhor devem ser dadas. Nenhum crente em Jesus que sabe que somente Ele é Mediador entre Deus e os homens ora a Moisés, nem a Davi, nem a Daniel, nem a Elias, nem a Maria, nem a Calvino.

Alguns costumam acusar os cristãos reformados de "beatificarem" alguns dos seus heróis de fé. E essa acusação é desonesta, é essencialmente maldosa. Talvez, primeiro precisamos entender o que é "beatificação" e o que é um "beato". Na igreja católica pratica-se a distorção de fé de se venerar aos "santos", e para eles essa veneração é bastante diferente da lembrança dos seus testemunhos de fé, pois consiste, também nas práticas de orações a eles dirigidas. A teologia católica ensina que os santos, dentre eles Maria, intercedem por nós como auxiliadores das intercessões do Senhor Jesus Cristo, como se as intercessões do Senhor não fossem suficientes e como se ajudas de outros fossem possíveis. Além de, supostamente, ouvirem as orações dos católicos - e nenhum santo faz isso - os santos são objetos de contemplação mística, espiritual (normalmente através de imagens amplamente condenadas na Bíblia) e para tentarem se eximir do pecado de idolatria, a teologia católica inventou a expressão "veneração" para tentar distinguir as devoções aos santos da adoração que somente a Deus deve ser feita. Na prática os fiéis dos santos se apegam a invenções tanto visíveis como imaginárias (ambas são práticas de idolatria) que são colocadas entre as pessoas e Deus. São muletas e penduricalhos que desviam da fé que seria suficiente em Cristo. E os "beatos" são, segundo a teologia católica, aqueles que já desfrutam das bem-aventuranças celestes (gente que já morreu e que está com Cristo) e que está num processo de reconhecimento por parte da igreja católica romana de ser reconhecido como um santo - isso porque eles dizem existir evidências, que estão sendo analisadas, de que esse beato faz milagres. Ou seja, as pessoas já têm orado a ele e o têm venerado e crêem que têm recebido suas bênçãos.

Mas os crentes em Jesus sabem que o Senhor é suficiente. Sua obra para a redenção, sua mediação entre Deus e nós e a sua intercessão pelos crentes que estão no mundo não precisam de nenhuma ajuda dos crentes (santos) que já morreram. Cristo basta! Por isso os cristãos reformados não beatificam ninguém e não tratam ninguém como santo no sentido de que o seu modelo, consagração e identificação com o Senhor, por mais iluminados ou bem-aventurados que sejam, jamais os tornarão aptos nem dignos para nenhuma forma de veneração ou adoração, porque essas práticas são corrupções da fé e peca gravemente quem as ensina e quem as pratica - pecados que requerem ARREPENDIMENTO, e não o reconhecimento, a aceitação ou a sua celebração. Não existe fraternidade ou unidade cristã no erro, na rebelião contra o Senhor. A nossa fraternidade e união são na verdade, na incorrupção do Evangelho e na fidelidade ao Senhor. Somente Deus deve ser adorado, Ele não divide a sua glória com ninguém e nenhum dos santos, sejam os crentes que já estão na glória com o Senhor Jesus ou os anjos, ousariam usurpar da glória do Senhor, seja (supostamente) aceitando venerações ou ouvindo orações dos crentes que estão no mundo.

Então, quando os cristãos reformados fazem memória dos seus "heróis da fé", eles o fazem com um propósito que não inclui devoções aos mortos, beatificações ou outras mentiras que foram introduzidas por falsos mestres e absorvidas por outras tradições cristãs que corromperam a fé no Evangelho. O propósito dos reformados é de estímulo à fé tendo por vista, também, atentar para os modelos de fé que nos servem de exemplos, ainda que de pessoas imperfeitas (como nós) mas que ainda assim são exemplos valorosos. E justamente porque são valorosos, muitos deles praticavam a humildade de não falarem de si e de desejarem o oposto do que queriam os fariseus que almejavam as glórias dos homens e os seus reconhecimentos - como ocorre, fartamente, entre os corruptores da fé, entre os falsos mestres e falsos profetas que muitas vezes corrompem a religião e usurpam as glórias de Cristo.

Por tudo isso, os testemunhos dos bons servos de Cristo costumam ser contados, não pelos seus próprios lábios, mas pelos lábios de outrem.

"Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estranho, e não os teus lábios."

(Provérbios, 27: 2)