19/05/2023

O erro de se buscar uma igreja relevante para o mundo

 Irrelevante para quem?

Para o mundo?


Print feito de um vídeo do YouTube em que o pastor Tim Keller anuncia o congresso "City to City" realizado em SP e no RJ em janeiro de 2019.

Seria possível a um único eleito de Deus para a salvação não ser salvo?

Se um único eleito, predestinado para a salvação em Cristo, não for salvo, segue-se que ou Deus não é soberano, ou Ele não é Todo-Poderoso ou a doutrina da soberania de Deus na salvação dos seus eleitos é falsa.

Mas como Deus é Soberano, e Ele é Todo-Poderoso e a doutrina da soberania de Deus na salvação dos seus eleitos é bíblica e é verdade, então não é possível que nenhum dos eleitos de Deus se perca. 

E, como é verdade que, para que haja salvação de alguém é necessária a pregação do Evangelho, então só podemos concluir que sempre e sem exceções a igreja pregou, e pode ter sido um crente qualquer, e sempre prega o Evangelho para que os fins predeterminados soberanamente por Deus se cumpram, sempre alcançando a todos os eleitos de Deus que possam estar espalhados em qualquer lugar deste mundo, mesmo nos mais afastados ou mais escondidos.

Sendo assim, a verdadeira igreja cristã que é composta pelos fiéis servos do Senhor, JAMAIS foi e nunca será irrelevante. Esse candelabro é aceso e mantido aceso pelo Senhor da Igreja, e brilha onde e quando o seu Senhor assim a quiser neste mundo de trevas.


O discurso da relevância.

Alguém que diz que a igreja é irrelevante porque considera o que as pessoas não cristãs pensam dela não está se baseando na perspectiva correta.

Essa forma de analisar a igreja para procurar soluções e tentar fazê-la "relevante para as cidades" incorre, necessariamente, em cair na sedução do Diabo. Isso porque a igreja existe não para satisfazer ao mundo e se submeter às suas demandas e modismos como formas de mostrar-se atraente, contemporanizada e relevante para o mundo caído, mas, muito diferente disso, a igreja existe para servir a Deus numa expressão de fé fiel à sua Palavra, em santidade, ainda que essa fidelidade lhe custe o preço de ser párea da sociedade que persevera escrava do pecado.

Portanto é impossível existir uma igreja que seja fiel às Escrituras e que seja "irrelevante", pois essa qualificação descabida que alguns atribuem à igreja contemporânea (porque não seria "percebida" no mundo?) não ficaria restrita a ela, mas recairia, necessariamente, sobre o seu Senhor, pois é Ele que ajunta, soberanamente, pela mediação da pregação do Evangelho, os seus eleitos em igrejas para, em primeiro lugar reconciliar os redimidos com o próprio Deus a fim de que o adorem corretamente e também para praticarem a fé tanto na santificação dos remidos como na difusão da Graça de Deus através do ministério cristão que é exercido no mundo, não como o mundo gostaria, mas através da pregação do Evangelho com exortações aos arrependimentos de pecados - ações que estão sempre presentes naqueles que foram objetos da Graça salvadora de Deus. É impossível "irrelevância" aqui e isso é um insulto às ações de Deus no mundo por meio da sua igreja militante a não ser que se parta do princípio que pregar arrependimento de pecados e fé evangélica na obra de Cristo sejam coisas irrelevantes, hipócritas, fracas e provincianas - seria aí o diabo quem fala?

Dizer que a igreja é irrelevante e que deve ajustar-se aos novos tempos e, para isso, abrir mão de verdades bíblicas para mostrar-se mais conectado com a ciência dos homens (adotando o evolucionismo deísta, por exemplo, como alternativa ao evidente e reafirmado criacionismo bíblico - como fez Tim Keller) e incorporar elementos estranhos no culto (como expressões artísticas subjetivas em apresentações de ballet diante da mesa da ceia - como ocorreu na igreja pastoreada por Tim Keller) para reinterpretar a espiritualidade cristã e ela ser mais relevante, pragmática e seduzir as pessoas de fora com tais artifícios - será que a igreja precisa disso? 

Isso é negligenciar a fidelidade necessária, ordenada e prioritária a Deus, é corromper a fé para agradar aos homens e ao mundo. Esquece-se que erra quem faz de si um amigo do mundo porque essa amizade implica em inimizade contra Deus?

Mas tem sido assim que igrejas estão se tornando cada vez mais relevantes para o mundo num progressismo jamais requerido nas Escrituras, numa mundanização combatida em toda a Bíblia. Ao se dedicarem aos amores secundários empenhados às causas humanas, esses progressistas se esquecem e negligenciam deliberadamente o primeiro amor, a causa primeira da igreja, que é a devida fidelidade a Deus, com todas as forças, com toda a alma e com todo entendimento.

O pragmatismo secularizado é um mal que entrou em muitas igrejas, e é muito sedutor, articulado, celebrado, obtém vasto reconhecimento e é muito frutífero - igrejas secularizadas crescem muito mais e mais rápido! Óbvio, seus valores são relativos, muito pessoais, subjetivos. E mesmo com cada um montando a sua própria opção pessoal de fé cristã, numa evidência muito típica do nosso contexto decadente de pós-verdades, de fluidez e de repúdio a valores absolutos, o fato é que esse tipo de proposição faz as pessoas se sentirem muito bem, e acolhidas, e aderem a uma proposição religiosa "cristã" mais light, mesmo que para isso estejam diante de um ídolo inventado a que deram o nome "Jesus", um homônimo falso. Por isso esse progressismo, e é claro que existem níveis dele, para mais e para menos, é um veneno que precisa ser combatido pela ortodoxia, pela reafirmação das verdades imutáveis das escrituras que são expressas em doutrinas que a igreja jamais deve parar de ensinar.

A devoção da igreja é ao seu Deus e Senhor por meio de Cristo, apenas. E dessa ação prioritária decorrem todas as demais nas ações da igreja no mundo. Jamais existirá amor verdadeiro ao próximo pervertendo o amor primário a Deus - e isso inclui fidelidade escriturística.


Ballet realizado por 3 homens no "prelúdio" perante a mesa da ceia na igreja "reformada" de NY.

*** É fato que não sejamos perfeitos em nossas teologias e práticas. É fato que todos estamos sujeitos a erros, inclusive teológicos e sobre práticas que possamos considerar boas. Mas não devemos acatar erros como se fossem inofensivos, nem nos submeter a quaisquer proposições sem o devido exame bíblico.

Não é a morte que faz de alguém um santo, mas sim a sua identificação com Cristo, primeiro na conversão ao Evangelho, seguida da perseverança na fidelidade à Palavra de Deus.  

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Vídeo de divulgação do congresso de Tim Keller em São Paulo em janeiro de 2019


Na última reunião com um Concílio eclesiástico que participei eu reclamei de um líder estrangeiro, recentemente falecido, que tem sido muito acatado e celebrado no meio religioso. Me queixei da sua prerrogativa equivocada e pela sua notória influência progressista e esquerdista. Ele dizia que "a igreja tornou-se irrelevante" na apresentação de um congresso feito no Brasil no início de 2019, ao que eu protestei ser isso impossível uma vez que o Soberano Deus a estabeleceu e sustenta e que nenhum dos eleitos de Deus poderá deixar de ser salvo. Assim, a igreja fiel, a remanescente, necessariamente cumpre sua função naquilo que ordenou o seu Senhor e Deus e é impossível a ela tornar-se irrelevante. E perguntei, "irrelevante para quem, para o mundo? É o Diabo que fala?" - ao que ouvi que ela se tornou irrelevante como instituição...

Hoje estou considerando que a institucionalização da igreja é que é um grande problema. Mas não sei se tem jeito para isso, pois a igreja é tanto uma obra de Deus como é um fazimento humano que reflete suas falhas e pecados. Junto das ordens bíblicas ela é repleta da invenção de regras e de práticas que são convencionadas pelos homens mas que jamais foram ordenadas pelo Senhor. A forma como homens tentam se assenhorar dela e fazer nela os seus negócios mundanos, seus comércios, seus esquemas políticos e seus jogos de poder também são formas de a macularem - e a história da igreja é notadamente marcada pelos pecados dos jogos de interesses dos homens com suas ambições disfarçadas de piedade, infelizmente.

17/05/2023

A perseguição aos justos e o Salmo 37

A perseguição aos justos e o Salmo 37
A cassação do Deltan Dallagnol


"NÃO te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade.

Porque cedo serão ceifados como a erva, e murcharão como a verdura.

Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado.

Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração.

Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.

E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia.

Descansa no Senhor, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.

Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal.

Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra.

Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá.

Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz.

O ímpio maquina contra o justo, e contra ele range os dentes.

O Senhor se rirá dele, pois vê que vem chegando o seu dia.

Os ímpios puxaram da espada e armaram o arco, para derrubarem o pobre e necessitado, e para matarem os de reta conduta.

Porém a sua espada lhes entrará no coração, e os seus arcos se quebrarão.

Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios.

Pois os braços dos ímpios se quebrarão, mas o Senhor sustém os justos.

O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre.

Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão.

Mas os ímpios perecerão, e os inimigos do Senhor serão como a gordura dos cordeiros; desaparecerão, e em fumaça se desfarão.

O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá.

Porque aqueles que ele abençoa herdarão a terra, e aqueles que forem por ele amaldiçoados serão desarraigados.

Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e deleita-se no seu caminho.

Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o sustém com a sua mão.

Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão.

Compadece-se sempre, e empresta, e a sua semente é abençoada.

Aparta-te do mal e faze o bem; e terás morada para sempre.

Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os seus santos; eles são preservados para sempre; mas a semente dos ímpios será desarraigada.

Os justos herdarão a terra e habitarão nela para sempre.

A boca do justo fala a sabedoria; a sua língua fala do juízo.

A lei do seu Deus está em seu coração; os seus passos não resvalarão.

O ímpio espreita ao justo, e procura matá-lo.

O Senhor não o deixará em suas mãos, nem o condenará quando for julgado.

Espera no Senhor, e guarda o seu caminho, e te exaltará para herdares a terra; tu o verás quando os ímpios forem desarraigados.

Vi o ímpio com grande poder espalhar-se como a árvore verde na terra natal.

Mas passou e já não aparece; procurei-o, mas não se pôde encontrar.

Nota o homem sincero, e considera o reto, porque o fim desse homem é a paz.

Quanto aos transgressores, serão à uma destruídos, e as relíquias dos ímpios serão destruídas.

Mas a salvação dos justos vem do Senhor; ele é a sua fortaleza no tempo da angústia.

E o Senhor os ajudará e os livrará; ele os livrará dos ímpios e os salvará, porquanto confiam nele."

Salmos 37:1-40

O justo Deltan Dallagnol foi injustiçado pela sanha de vingança de um conluio nocivo que se alojou nos poderes e foi cassado do seu cargo de Parlamentar, como Deputado Federal eleito pelo Estado do Paraná.

Ele é objeto de vingança porque ao lado do Sérgio Moro e de outros homens da Lei ousaram combater a corrupção com a Lava a Jato. Mas a fraternidade dos corruptos reagiu, reestabelecendo na Presidência deste país um corrupto notório e usando todo o sistema dos poderes para caçar quem os ameaçou com a imposição da justiça.

Mas será o próprio Deus quem confrontará aos ímpios, coitados!

"Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus"

Mateus 5:10

Todo apoio ao meu irmão Deltan.

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Coletânea de ameaças feitas pelo descondenado ao Deltan Dallagnol, ao Sérgio Moro e aos agentes da Lava Jato.


"Missão dada é missão cumprida" - frase dita pelo Ministro Benedito Gonçalves a Alexandre de Moraes na ocasião da diplomação de Lula como presidente da República em 12/12/2022.

Lula já tinha deixado muito clara a sua sanha de vingança contra Deltan Dallagnol, Sérgio Moro e todos os responsáveis pela #LavaJato.

Lula jamais foi inocentado, o STF anulou os processos contra ele às vésperas das prescrições dos prazos simplesmente porque esses processos ocorreram em Curitiba e não em São Paulo ou em Brasília.

E assim, o bandido foi DESCONDENADO, seus crimes caíram no esquecimento e todo o conluio de "cumpanheiros" se uniram a partir dos cargos nos poderes para, conforme disse o Zé Dirceu, "RETOMAREM O PODER, e isso é diferente de se ganhar uma eleição".

Entramos num novo tempo do Brasil, tempo de celebração da corrupção, de exaltação de cretinos e de cerceamento das liberdades individuais. A Argentina e a Venezuela estão a um suspiro de distância.



Perversos! Sequência de mensagens de rábulas celebrando a cassação de Deltan, e fazendo menções distorcidas de textos bíblicos. 

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Flávio Dino e o fim da liberdade de expressão no Brasil.


Parece que chegamos ao fim da liberdade de expressão no Brasil - oportunizada, convenientemente e covardemente, pela onda de postagens em redes sociais ocorrida no início de abril de 2023, em que estudantes fizeram ameaças de atos de violência nas escolas. 
Mas o projeto de controle da internet por parte deste governo é anterior a esses fatos e nada tem a ver com isso, e sim com o controle das "fake news", ou de conteúdos que são indesejáveis a este desgoverno. Isso porque bandidos e canalhas não querem ter suas podridões expostas e porque ditadores não toleram ser questionados.


13/05/2023

A glória dos homens é pó, mas a glória de Cristo é eterna.

 

A glória dos homens é pó, mas a glória de Cristo é eterna.

O homem costuma se gabar da sua consciência e dos seus feitos, mas o pobre coitado não se deu conta de que essa consciência e as glórias das suas ações refletem apenas a decadência de um mundo caído e agonizante cujo fim, um descarte iminente, inclui o fim das suas glórias e presunções, o costume tolo de considerar a si mesmo alguma coisa muito além do que realmente é: pó.

Sem a regeneração pelo Evangelho, todos somos parte da ferrugem que será extirpada pelo ferreiro, somos parte da sujeira a ser removida pelo purificador, somos parte da erva daninha e da praga que o jardineiro arrancará para fazer o seu jardim onde brotarão somente os que foram regenerados pelo poder da vida e da obra do Senhor Jesus, um poder manifestado em nós pela fé, poder que consiste em salvar pecadores destinados à perdição e fazer deles novas criaturas, filhos de Deus que desfrutarão das glórias do Cordeiro em seu Reino por toda a eternidade.

Um dos efeitos da Graça de Deus em Cristo mediante a fé no Evangelho é a libertação da escravidão a Satanás a que todos os incrédulos estão presos e servem, muitas vezes sem perceberem, sem que tenham consciência disso. Mas sempre, sem excessão, até que sejamos salvos pela fé em Cristo, todos éramos e muitos ainda são, escravos do pecado e do Diabo e, portanto, inimigos de Deus, avessos à sua santidade e quebradores da sua Lei.

A obra do Senhor Jesus consiste em transformar gente que era escrava deteriorada e definida pelo pecado, que estava sob o poder de Satanás e destinada à ira justa e santa de Deus na condenação eterna do inferno em pecadores redimidos, perdoados, libertos, santificados e que recebem uma nova identidade e sentença, a de serem filhos de Deus em vida eterna e plena, agora destinados às glórias ao lado do Senhor Jesus Cristo ressuscitado e glorificado. O Senhor Jesus reconcilia antigos inimigos de Deus por meio do seu sangue, unindo-os para sempre.

Somente a fé no Evangelho e o arrependimento de pecados podem dar a qualquer pessoa, homem ou mulher, velho ou criança, preto ou branco, rico ou pobre, indouto ou letrado a verdadeira dignidade humana de ser filho de Deus e dos benefícios reais da liberdade e da verdade em sua plenitude. 

Venha a Cristo, creia no Evangelho e o siga!

"E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.

Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.

Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?

Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos."

Evangelho de Lucas, capítulo 9, versos 23 a 26

11/05/2023

Evangelização



Evangelização

Muito provavelmente a maioria dos cristãos sabe que é uma ordem do Senhor Jesus que os seus discípulos (a sua igreja) preguem o Evangelho e façam discípulos do Senhor por todo o mundo.

O ministério de evangelização da igreja não consiste em eventos que dependem de agrados a serem oferecidos às pessoas. Isso é deturpar a evangelização fazendo com que se pareça com um favor às pessoas, um comércio, uma barganha. Há casos em que esses agrados são tratados como se fossem a evangelização em si, substituindo e dispensando a pregação da obra de Cristo.

Muito embora a evangelização possa ser praticada de forma planejada (porque na verdade ela deve ser constante no dia a dia dos crentes e isso independe de planejamentos), e pode se realizar eventos a seu pretexto, é necessário que se entenda e pratique o seu verdadeiro propósito que é o de fazer conhecido e compreendido o Evangelho, que é a obra de Cristo. Sem pregação do Evangelho não há evangelização, falar sobre outros assuntos não é tornar conhecido o Evangelho.

Evangelização é, simplesmente, comunicar, pregar, ensinar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo às outras pessoas (óbvio!). É falar a todo tipo de gente sobre a obra do Senhor Jesus que foi feita para a salvação das pessoas que estão perdidas no pecado a fim de que tenham a verdadeira fé no Deus verdadeiro, se arrependam dos seus pecados e sejam com Ele reconciliadas. Essa é a única salvação do juízo que será imposto a este mundo caído. A verdade do Evangelho é a única alternativa ao inferno e é a esperança real diante de todos os efeitos do pecado e os seus enganos na existência humana. 

A pregação do Evangelho tem como objetivo fazer com que as pessoas entendam quem Jesus é (o Messias, o Senhor e Salvador), quem nós somos perante Deus (pecadores perdidos nas trevas e destinados ao juízo) e o que foi feito por Deus em Cristo para o nosso perdão e salvação.

A obra na cruz é o centro da evangelização, e o Evangelho é a mensagem das boas-novas que comunica a nós a obra de Deus em Cristo, desde a sua encarnação miraculosa, seus ensinos, a sua morte na cruz em pagamento pelos pecados do seu povo e a sua ressurreição para reassumir sua glória e majestade ao lado de Deus-Pai, de onde voltará a este mundo em breve para impor o Juízo no Dia do Senhor. A história do Filho de Deus encarnado neste mundo se manifestando e intervindo na história da humanidade é a demonstração do poder de Deus para a salvação de todos os que crerem nessa mensagem que requer fé.

Somente pela obra de Cristo na cruz é que os crentes obtém o perdão dos seus pecados e a redenção, e assim passam a ter verdadeira comunhão com Deus numa vida regenerada, separada para Ele e que persevera em fé e em santificação até a ressurreição. E essa nova vida no Evangelho é selada pelo Espírito Santo, é uma vida destinada à eternidade com Deus. Na fé do Evangelho Deus é corretamente adorado e servido porque somente nessa fé existe verdadeira comunhão do ser humano com o seu Criador, e assim os crentes no Evangelho desfrutam de todas as bênçãos de Deus e passam a fazer parte do seu povo, sua igreja (que é universal, incluindo pessoas de todas as partes do mundo e de todas as épocas), seu Reino - e tudo isso para a glória de Deus. 

E será o Espírito Santo que fará o trabalho como desdobramento da pregação do Evangelho que foi realizada (no seu poder) - e isso se, como e quando Ele quiser - agindo poderosa e irresistivelmente no convencimento daqueles que lhe aprouver, distribuindo o dom da fé a quem Deus, de forma soberana, quiser e realizando a salvação e a regeneração de todos os seus eleitos que estão distribuídos por toda a Terra.

Por isso a parte que cabe aos cristãos na salvação dos perdidos é pregar a obra do Senhor Jesus Cristo a todas as gentes de todos os lugares, é fazer conhecido quem Jesus é e o que Ele fez para salvar pecadores (como todos nós) e isso não inclui os esforços artificiais que podemos fazer para agradar as pessoas como tentativa de conquistá-las ou de convencê-las, porque isso, o convencimento de que o Evangelho é a verdade, a mudança da mente e do coração é obra exclusiva de Deus, não nossa.

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Fé pessoal e pública 

A fé pessoal no Senhor Jesus tem o necessário desdobramento de ser, também, uma fé pública.

Assim, o ministério da igreja deve ser notável também no mundo exterior, fora das congregações.

Igreja que não exerce o seu ministério profético no tempo e no local onde está inserida não é fiel à fé que professa. Não é possível uma fé privativa sem seus desdobramentos nas questões do seu mundo. 

A verdadeira fé cristã não é omissa, suas deturpações é que são.

Evangelho:

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/08/o-evangelho.html

09/05/2023

Carregar em si a Graça de Cristo é um privilégio.

 


Um testemunho e uma recomendação.

Às vezes faz muito bem considerar a jornada da tua vida em Cristo, e evidentemente esse é um privilégio restrito aos crentes, porque se você prestar atenção certamente perceberá que a boa mão do Senhor tem se feito presente, te conduzindo, amparando, protegendo e te fazendo florescer.

Reconheço que o Senhor tem provado a sua fidelidade, pois a despeito do mal do mundo (e das minhas próprias imperfeições e pecados) a sua bondade é uma marca constantemente presente na minha vida, na minha família e certamente é assim com todos os que são seus. E isso não significa perfeição moral ou sucesso nos meus empreendimentos, significa outra coisa...

Muitas vezes nós somos tentados a dar demasiada atenção aos percalços do caminho (que não são acidentais!) e aos vales com suas sombras de morte. E então nos deixamos influenciar pelo mal, lamentamos, murmuramos e somos tentados à desesperança. Mas se considerarmos esse mesmo caminho por uma perspectiva superior, não imediatista mas sim escriturística, nós veremos o cenário com maior amplidão e realidade, e essas sombras são diminuídas diante do todo, porque no todo tudo tem propósito, tudo é providencial.

Sim, na jornada existem perdas, danos, dores e frustrações do ponto de vista humano e secular. Mas observe bem o quanto a salvação do Senhor e a sua glória têm florescido no seu derredor! - e esse é o propósito principal da tua vida em Cristo.

Talvez você não tenha notado mas a luz do Evangelho tem irradiado em toda essa jornada e você nem percebeu quanta gente foi agraciada pelas misericórdias de Deus que têm se multiplicado por esse mesmíssimo caminho que é a tua jornada de vida.

Se a tua vida for ceifada pelo Senhor hoje, ou amanhã, ou daqui a 50 anos, saiba que ela cumpriu perfeitamente o excelente propósito do teu Senhor e as glórias do porvir com Cristo, que é o Senhor dessa tua vida cristã, essas glórias te aguardam "ansiosamente" - assim como um noivo virtuoso anseia pelas bodas com a sua noiva tão amada.

A vida cristã é tanto beneficiada pela Graça de Deus quanto é um instrumento propagador dessa Graça salvadora no mundo - sem nenhuma exceção.

Crente, talvez você não esteja consciente disso, e precisa estar, mas a tua vida é muito bem-aventurada! Carregar em si a Graça de Cristo é um privilégio.

"Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.

Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas." - Provérbios 3:5,6

"Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre." - Salmos 23:6

02/05/2023

Deus de pacto, de aliança.

 

Nós, cristãos reformados, cremos e ensinamos que o Senhor Deus é Deus pactual. 

Ele fez uma promessa de redenção, assim que aconteceu a queda de Adão e Eva no pecado, e estabeleceu o seu pacto com Abraão, o pai da fé, pacto que incluiu a sua descendência numa promessa de que nele seriam benditas todas as famílias da terra e que a sua descendência seria numerosa como as estrelas do céu. Ou seja, o pacto estabelecido por Deus de redimir e de formar um povo exclusivamente seu é uma ação divina que se expande no desenvolvimento da história até alcançar a todo povo almejado, escolhido pelo próprio Deus.

Esse pacto foi sendo revisitado ao longo do Antigo Testamento, conforme a história da redenção ia se consolidando até chegar na sua plenitude, que foi a vinda do Messias - a encarnação, a vida e a obra do Senhor Jesus Cristo (o Evangelho) - e muitos estudiosos preferem chamar essa progressão histórica de uma progressão de diferentes pactos, ou de diferentes dispensações. Mas nós, reformados, cremos e ensinamos que sempre houve apenas um pacto tipificado em acontecimentos bíblicos que são marcos no seu desenvolvimento histórico, mas que todos esses acontecimentos apontam para a obra do Senhor Jesus Cristo, especialmente os seus atos na cruz como oferta e sacrifício de si mesmo para comprar, com o seu sangue, um povo para a propriedade exclusiva e santa do Senhor Deus. A cruz é a efetivação do pacto realizado por Deus, é a concretização da aliança demonstrada em diversos eventos bíblicos que, como sombras, apontavam para o holocausto do Cordeiro de Deus para a expiação de pecados, salvação e formação do seu povo, do seu Reino.

Ao longo do Antigo Testamento esse pacto, ou aliança, era continuado na circuncisão dos meninos, um ato religioso que marcava que os descendentes do povo de Deus herdavam os direitos, os privilégios e os deveres da continuidade de ser povo de Deus ao longo da história e que repassariam esse privilégio aos seus descendentes. E como parte desses privilégios e deveres os pais deviam ensinar a Lei do Senhor aos seus filhos, inculcando neles (e não relativizando), seus primeiros e mais importantes discípulos, as verdades da fé, da Palavra de Deus.

A partir da manifestação do Senhor Jesus Cristo, o antigo modelo do pacto caducou. Agora as sombras deram lugar à iluminação plena, mudando também o modo de se praticar o símbolo desse pacto. Da circuncisão dos filhos hebreus agora se batizam os convertidos de todos os tipos de gente, de todas as etnias e povos, mas mantém-se a aliança familiar. Por isso crentes reformados batizam seus filhos, porque a aliança bíblica permanece a mesma.

Essa é a razão porque Paulo e Silas disseram ao carcereiro de Filipos a frase famosa "crê no Senhor Jesus e será salvo tu e a tua casa" (Atos 16). Os servos do Senhor Jesus não estavam fazendo uma promessa específica ao carcereiro, mas estavam invocando ali toda uma doutrina bíblica. Pais crentes são sacerdotes em suas casas, porque ao receberem a Graça do Senhor eles são pelo Senhor capacitados e ordenados a compartilhar essa mesma Graça com seus subordinados, e especialmente com seus filhos. Por isso é biblicamente correto afirmar que crentes em Jesus que são fiéis terão os seus filhos salvos, pois a aliança de Deus inclui toda a sua casa, porque a sua casa é uma extensão da igreja.

E, mantendo-se a aliança, são mantidos os deveres de se ensinar os filhos, conforme prescreve Deuteronômio 6, esse é um dever atribuído por Deus aos pais, um dever que não deve ser terceirizado, nem negligenciado. É promessa de Deus que filhos de crentes fiéis sejam, também, crentes participantes da aliança, do pacto - ainda que hajam desvios pontuais durante o percurso, tal como os descritos na parábola do filho pródigo. Contudo, mesmo perdidos ou equivocados, nenhum dos filhos dessa história pregada pelo Senhor Jesus deixou de ser filho e ambos se voltaram para o seu pai. Assim, filhos de crentes que apostatam - uma possibilidade - ou retornarão à fé no Senhor, caso o trabalho dos seus pais tenha sido fiel às Escrituras; ou, se eles apostaram por causa da negligência dos pais que agora estão a colher os frutos de um péssimo trabalho feito na educação dos filhos que o Senhor Deus lhes confiou, nesse caso fica difícil crer que haja alguma promessa de Deus para suas restaurações. Porque pais omissos e negligentes na tarefa de inculcar nos filhos a Palavra de Deus são quebradores da aliança, pois descumprem as responsabilidades exigidas por Deus e colhem o mal que semeiam. Porque a responsabilidade de se educar os filhos nos caminhos do Senhor é equiparável ao dever dos crentes de se pregar o Evangelho às outras pessoas. Ainda que Deus seja soberano na salvação, Ele nos concedeu o privilégio de sermos os seus cooperadores na pregação e no ensino da sua Palavra, que é a fonte da fé salvadora. Assim se nós não evangelizamos, não haverão novos convertidos ao Senhor; e se não fazemos o mesmo com os nossos filhos, ensinando-lhes a Palavra, eles não serão herdeiros na aliança. Parece estranho mas é completamente óbvio e bíblico que a continuidade na progressão da fé depende dos atos de obediência dos que a professam.

Outro desdobramento lógico da doutrina da aliança é o fato de que pais crentes de filhos que eventualmente possam ter limitações e deficiências mentais, ou que possam ter morrido em estágios da infância em que não puderam, ainda, expressar a sua própria fé, a estes está assegurada a salvação pelo Deus que faz aliança com famílias. Esses pais podem e devem descansar nas promessas do Senhor, porque a Ele também vão as criancinhas. A incapacidade de assimilação do ensino das Escrituras pelos métodos convencionais, humanos, não é restritivo à comunicação sempre milagrosa e transcendente da Graça de Deus. Porque onde somos limitados e no que é a nós impossível o poder da glória do Senhor se impõe.

** É dever dos pais cristãos o de ensinar e de discipular os seus próprios filhos e essa responsabilidade não deve ser terceirizada.

Link de vídeo sobre o erro dos ministérios infantil e de jovens nas igrejas.
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A doutrina da Aliança e o casamento.

Essa mesma doutrina, do pacto, é a verdade sobre a qual o casamento, entre um homem e a sua mulher, se fundamenta. O casamento é uma união que tipifica a união do Senhor com a sua igreja, a aliança do Redentor com o seu povo. Os casamentos têm a benção de Deus para o cumprimento dos seus mandatos. Nos crentes é um desdobramento das bençãos da Aliança, pois aí se constitui uma família onde as bençãos pactuadas em Abraão se fazem presentes; é um tipo que representa a união de Cristo com a sua igreja, portanto dificuldades serão subjugadas pelas bênçãos de Deus. O casamento é para sempre e é inquebrável, pois todo casamento é "até que a morte os separe". A possibilidade de quebra dessa aliança do casamento, o divórcio, é uma concessão apenas tolerada para os casos de adultério ou de abandono. Na doutrina cristã todos os pecados são tratáveis pelo caminho muitas vezes sacrificial, porém abençoado por Deus, do arrependimento, do perdão e da reconciliação; a não ser que se opte pela dureza do coração ao se escolher a manutenção do pecado em lugar da obediência à Palavra de Deus. Nesse caso o divórcio é uma concessão, um mal menor do que a continuidade do adultério, ou do abandono (que pode incluir a violência como expressão de abandono ou de subversão dos papéis conjugais) e embora o divórcio seja tolerado para que a parte fiel prossiga a sua vida liberada do mal praticado pelo seu ex cônjuge, isso não confere o direito a um novo casamento a nenhuma das partes. Não parece haver segurança bíblica para se admitir um novo casamento de alguém enquanto seu ex cônjuge ainda está vivo. Os que adotam essa prática se baseiam em interpretações e em convenções temerárias. Todo novo casamento realizado enquanto o ex ainda está vivo é adultério. Os divórcios são detestáveis por Deus, e são apenas tolerados em casos bastante específicos, e os recasamentos são inaceitáveis, a não ser que um dos cônjuges tenha falecido - aí sim, o que vive está livre para um novo casamento.

Ainda que haja discussão sobre a possibilidade de recasamento "da parte fiel", não pode existir essa possibilidade aos oficiais, pois conforme as determinações do Apóstolo Paulo aos oficiais da igreja, recasamentos são proibidos aos Pastores/ Presbíteros e aos Diáconos. Esses devem ter apenas 1 esposa, ou admite-se a sua castidade (pois Paulo e Timóteo exerciam seus ministérios não tendo esposas) - pois devem ser modelo (em tudo) para os fiéis. Portanto não é admitido o casamento com mais de 1 mulher a esses oficiais (nem ao mesmo tempo - poligamia, nem sucessivos recasamentos), sendo isso um dos motivos para que não sejam ordenados e desqualificados para o ministério.

Você tem uma coisa importante a fazer. Mas faz errado...

Você tem uma coisa importante a fazer. Mas faz errado... 

Construiu um edifício sem alicerces fortes. 

Escreveu uma redação cheia de erros de concordância e inverdades. 

Fez a prova mas marcou com X a opção errada. 

Colocou sal no café e açúcar na salada. 

Casou para trair o cônjuge.

Pregação do Evangelho sem pregação da obra de Cristo, e em seu lugar fala de "coisas boas" e promove uma ação social. 

Exposição bíblica sem o exame das Escrituras, e em seu lugar um falatório sobre uma infinidade de coisas não bíblicas.

Culto a Deus que, na verdade, é um exercício compartilhado de auto-afirmação, um show antropocêntrico. 

Entre fazer o errado e não fazer, o que é melhor? (menos pior?)

Se for fazer algo, faça direito. Ou, talvez, seria melhor não fazer.

Desenhou errado? Apague! E refaça...