Contar o testemunho pessoal de conversão, ou fazer caridade, ou fazer pregações de textos bíblicos para tratar das lutas e dos problemas das pessoas são abordagens que podem ter as suas importâncias nas múltiplas atuações dos crentes como agentes das misericórdias de Deus no mundo, mas essas coisas não são a mesma coisa e não têm a mesma eficácia, poder e ordenamento de pregar o Evangelho, pois somente ele pode produzir fé verdadeira e a salvação dos perdidos.
Pregações não cristocêntricas não substituem a necessária pregação do Evangelho. E o que é o Evangelho? É a proclamação de quem é o Senhor Jesus e do que Ele fez - desde a sua humilhação, quando nEle, o Deus criador de todas as coisas fez de si mesmo um homem, esvaziando-se das glórias que sempre teve junto do seu Deus e Pai no milagre da sua encarnação; o seu ministério público em Israel com suas pregações, ensinos e sinais, conforme atestam os Evangelhos; a sua morte substitutiva como cordeiro Santo que se ofereceu em sacrifício pelos pecadores que são eleitos de Deus; a sua vitória na ressurreição dos mortos e a sua ascensão aos céus de onde reina soberano ao lado de Deus-Pai.
Eis o Evangelho, e nós devemos anunciar a Cristo, e não a nós mesmos!
Além disso, pregar um texto bíblico qualquer sem fazer a necessária conexão com a obra do Senhor Jesus é desperdício. Toda a Bíblia diz respeito ao Senhor, Ele é o seu tema central e em tudo Ele deve ter a primazia.
É somente pela assimilação dos atos de Cristo que se obtém a verdadeira fé salvadora. Nele nós vemos a glória de Deus e também vemos as nossas misérias, o mal do nosso pecado. Somente o Evangelho é o poder de Deus para nos reconciliar com Ele por meio da fé necessária e requerida no Senhor e Salvador Jesus Cristo, porque sem essa fé, nem toda caridade ou rigor moral são capazes de nos legitimar perante Deus e não podem nos salvar.