Será possível a vaidade e a integridade andarem juntas?
Existe integridade de caráter maior do que a de Jesus Cristo?
Não, certamente não há. No Senhor Jesus nós vemos o Rei que se sujeitou a ser o servo sofredor, e que cumpriu a sua missão ordenada pelo Pai de forma totalmente obediente até a morte, a mais terrível morte possível. Ele jamais bajulou alguém, não se corrompeu, não negociou vantagens ou reconhecimentos. Simplesmente prosseguiu, resiliente, até a cruz.
Vemos nele algum indício de vaidade?
Não, não vemos. O que vemos no Senhor é o oposto disso. Ele negou a si mesmo e em estado de humilhação não levantou sua voz, não defendeu a si mesmo e ainda demonstrou compaixão por sua mãe que chorava aos seus pés e misericórdia por aqueles que o afligiam.
Eis o nosso modelo de caráter.
Para aqueles que querem seguir após o Senhor o modelo é sempre o mesmo: a integridade plena é a que vemos nEle. E para obtê-la é exigido auto-renúncia, sacrifício de si mesmo e isso é o oposto da auto-afirmação, da vaidade de se buscar reconhecimentos e trabalhar pelo seu próprio prestígio.
O cristão requerido é um servo dedicado e disposto ao anonimato.
E quão tristes são esses nossos tempos em que os olhos dos homens de Deus estão focados nos seus estatus, e que trabalham para que seus nomes e biografias sejam celebrados, enchendo os seus corações de orgulho e fazendo de si mesmos os seus próprios ídolos.
Esses são apenas miseráveis que confundem a glória de Deus com a glorificação de si mesmos. São corruptores do Evangelho que pregam e usurpadores do que não lhes pertence.