As igrejas bíblicas precisam considerar mais atentamente a ordem do Senhor de expansão do Evangelho e, um modo que (creio eu) precisa ser considerado para se fazer isso é o da divisão para a multiplicação.
Atualmente a tendência das igrejas é a da acomodação, ficando sua membresia acumulada por décadas numa convivência cômoda com muitos crentes bem preparados nas Escrituras mas entregues ao sedentarismo espiritual e à infrutibilidade, pois se entregaram ao comodismo numa congregação onde já tem quem faça os trabalhos, sobrando-lhes apenas a função cômoda de apenas estar presente, de ser servido, sem precisar se empenhar por fazer coisa alguma. Esse costume de apenas congregar por anos e anos sem que se assuma responsabilidades na seara não promove a verdadeira expansão do Evangelho.
O certo é se praticar o discipulado das membresias visando a formação de servos capazes de ensinar outros em vez de se praticar um trabalho comum que é indefinidamente cíclico e sem propósitos, e assim, no discipulado propositado, considerando a maturidade dos irmãos, seria indicado que sob a condução da liderança da igreja local que se formassem grupos de irmãos destinados a formar novas congregações em outros locais, fazendo com que eles sejam migrados da igreja-mãe para a formação de igrejas-filhas.
Assim é o crescimento orgânico e expansivo da Igreja e do Reino de Deus, através do discipulado dedicado e da divisão intencionada das igrejas visando a sua multiplicação e espalhamento por todas as partes do mundo.
Mas, para isso, precisamos mudar certa mentalidade de que igrejas devem ser grandes. Isso enche nossos olhos, é verdade, mas também os nossos orgulhos... Precisamos entender que quando uma igreja começa a ficar "grande" pode ser que ela esteja, na verdade "inchada", e que chegou a hora de dividí-la em igrejas menores que resultem na multiplicação e no espalhamento do trabalho dedicado pelo Reino do Senhor.