19/11/2024

O problema da validação.

O problema da validação.


Vivemos um tempo de profunda e crescente confusão sobre o entendimento da Palavra de Deus. Mas não há nada de surpresa nisso, uma vez que as Escrituras nos advertem sobre a apostasia de muitos supostos crentes ao longo de toda a história da igreja e mais especificamente nos tempos do fim, tempos em que os homens teriam comichão nos ouvidos acerca da verdade e que dariam crédito aos ensinos de demônios por meio de manipulações na pregação e no ensino das doutrinas do Senhor e pela inserção de mentiras corruptoras da fé por parte de falsos pastores, falsos mestres, falsos profetas e falsos apóstolos que misturam seus fermentos na Palavra de Deus, corrompendo, assim, a fé de incontáveis incautos.

Esses deturpadores da fé, que o Apóstolo Paulo chama de anátemas, deveriam ser expostos pela pregação da verdade, porque somente assim alguns deles têm a esperança de se arrependerem, e deveriam ser combatidos pela pregação fiel do Evangelho e, em casos de perseverança nas suas mentiras eles deveriam ser denunciados e expulsos por servos zelosos do Senhor do meio da igreja visando a integridade do povo de Deus. Deveriam ser claras e evidentes as diferenças entre o que é pregado por servos fiéis do Senhor do que é pregado pelos servos do Maligno, o sedutor e ardiloso pai da mentira. 

Contudo, me parece que o trabalho do zelo dos fiéis em expulsar os lobos tem sido largamente negligenciado. E pior, os lobos têm sido legitimados por pregadores que parecem ser fiéis nos seus discursos, mas que andam lado a lado com os pervertedores da fé como se fossem aliados, como se estivessem servindo às mesmas causas, ao mesmo Espírito, à mesma doutrina, à mesma fé e ao mesmo Senhor. E assim eles têm promovido confusões, um desserviço que requer arrependimento.

Um pastor ou crente reformado deve saber que a doutrina que professamos não pode ser harmonizada com vendilhões da fé, nem com místicos que fazem da Palavra de Deus o trampolim para suas loucuras, mentiras e tipos estranhos de espiritualidades que não procedem dos padrões bíblicos. Pastoras, profetas e apóstolos não existem! Revelações e profecias não fazem parte dos dons da igreja nos nossos tempos e a fé cristã não é uma feira livre onde adquirimos apenas as "partes" que nos interessam e que podemos interpretar as verdades do Senhor como a nossa cachola maluca quiser. Atos proféticos e misticismos não podem ser consideradas ações do Espírito Santo, tais coisas são corrupções da fé. Quem faz tais coisas peca contra o Senhor Jesus e peca gravemente contra o Espírito Santo ao atribuir a Ele certas práticas que são obras da carne e que são derivadas de sincretismo religioso, um fermento maldito que nega o Evangelho - e os pecados contra o Espírito Santo são os mais graves de todos, podendo ser até mesmo os únicos que são imperdoáveis! E um pastor e qualquer crente fiel deveriam saber que dentre os seus deveres está o de se opor às mentiras, principalmente (mas não somente) às referentes ao Senhor e à sua Palavra, porque é nosso dever zelar pela honra do nosso Senhor Jesus, por tudo o que Ele nos ensinou, ordenou e confiou e também pela santidade do culto e pela santidade da igreja. Condescender com erros (que são graves), nesses casos, é apoiar o erro, é alimentá-lo, é vender-se.

A ideia de comunhão a qualquer preço, e de "unidade nas coisas essenciais e de tolerância nas diferenças não essenciais" (quem somos nós para descartar qualquer "jota" da Lei ou para legitimar deturpações?) e de respeito aos "colegas", respeito aos cargos e às instituições acima dos nossos deveres para com a verdade (e para com o Senhor) têm sido portas escancaradas e muito largas para a entrada e multiplicação das confusões e apostasias no meio da igreja, porque nessa frouxidão condescendente a nitidez da verdade nas consciências dos fiéis tem sido cada vez mais ofuscada por incontáveis mentiras de Satanás que têm permeado sorrateiramente os ensinos e as práticas das igrejas, e isso sob a validação de quem deveria resistir a essas infiltrações que como ervas daninhas ou como o fermento na massa estão envenenado a muitos. "Qual é o problema em ir buscar a revelação do profeta cicrano se o pastor reformado beltrano falou no mesmo congresso?" - Eis o problema da validação, faz parecer que todos agem sob um mesmo Espírito e isso NÃO É VERDADE!

Faço essa postagem não com o intuito de confrontar gratuitamente a ninguém, mas sim com o propósito de exortar aos irmãos a que se arrependam desses erros e se apeguem com fé e esforço aos nossos deveres diante do Senhor da Igreja, o incorruptível Senhor Jesus, a personificação da verdade em sua plenitude e que requer que o seu povo cresça na assimilação da sã doutrina para a exigida santificação dos crentes, a identificação gradual e eficaz com o Senhor Jesus Cristo por meio da adequação aos padrões da sua Palavra, santificação sem a qual ninguém verá ao Senhor.


Pode, um pastor reformado num púlpito com a "Arca da Aliança" e "apóstolos", profetas e pastoras? 

Que confusão!