"Digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais podem fazer.
Mas eu vos mostrarei a quem é que deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, digo, a esse temei.
Quando, pois, vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer."
(Lucas, 12: 4, 5 e 11)
Um famoso congresso cristão no nordeste do Brasil teria dentre os seus preletores um pregador que é odiado por progressistas por causa da sua teologia fiel - isso porque na carta do Apóstolo Paulo a Filemon, o Apóstolo intercede por Onésimo para ser aceito novamente como servo do seu senhor num texto neotestamentário que não toma partido na causa da escravidão - isso porque o Evangelho visa a salvação do homem para um Reino vindouro e não visa uma redenção social, nem a restauração deste mundo como desejam os progressistas, um ensino simples e evidente reafirmado pelo preletor detestado, um escândalo para quem faz "teologia" social em lugar de teologia bíblica.
Em pouco tempo a horda de progressistas arregimentou um exército barulhento nas redes sociais e ameaçaram transtornar o evento caso esse pregador participasse dele. Diante disso a direção do evento temeu pelas possíveis consequências e cedeu às pressões, cancelando a participação do preletor indesejado pelos progressistas - isso foi uma vitória deles!
Agora, "empodeirados", eles poderão refazer as mesmas pressões quando quiserem se qualquer preletor for contra quaisquer pautas progressistas. O cara tem posicionamento contra a causa LGBT+? Cancelem esse evento homofóbico ou quebraremos tudo! Não terão pastoras dentre os palestrantes? Cancelem, é misoginia! Não terão palestrantes representantes de outras crenças? Cancelem por intolerância religiosa! Falem somente o que queremos ou incendiaremos tudo!
Diante da concessão feita, agora a militância está mais empoderada. Está como o "Zé Pequeno", do filme "Cidade de Deus", que, no avanço dos seus domínios intimidava os outros "donos de bocas" dizendo "quem disse que a boca é tua, mané?" ou, aplicado ao contexto do congresso, os ímpios estão se impondo soberbamente e já estão decidindo quem pode e o que deve ser dito num congresso cristão - e se eles se sentirem um pouco mais encorajados, e isso pode ser questão de tempo, poderão dar outros passos para impor as mesmas ingerências às igrejas e aos seus cultos: "vocês não têm direito de falar em pecado, isso é discurso de ódio!"
Tem outro filme (muito ruim) cujo título soa como princípio que deveríamos considerar: "Retroceder nunca, render-se jamais!". Em questões de fé e de prática onde a verdade de Deus é evidente nós jamais deveríamos recuar. Nós estamos em guerra espiritual e não podemos ceder diante das ameaças do inimigo. Suas investidas não cessarão.
Essas demonstrações de temor diante das pressões do mundo não são vistas apenas em congressos cristãos ou nas mídias e nas redes sociais, mas também são amplamente vistas em outras esferas da vida pública, nas atitudes dos cristãos de se omitirem e de se esconderem diante dos mais variados avanços da iniqüidade. Lá na empresa foi adotada uma política de promoção da causa LGBT+ e os cristãos ficaram caladinhos por medo de sofrerem sanções e de perderem seus empregos. Agora a onda é promover as causas identitárias, os empoderamentos e o aborto tem sido tratado como se fosse uma causa justa, e os cristãos da empresa, da faculdade ou de qualquer outra coisa fingem que não vêem ou que não tem nenhum problema em pecados serem celebrados como bandeiras que nossos atuais contextos defendem.
Não percebem que é exatamente esse o princípio da "marca da besta" de Apocalipse 13: 16 - 18, o de ter em sua testa (consciência) e na sua mão (trabalho) o domínio de um sistema regulador anticristão que lhe permita comprar e vender sob a autoridade do pecado agindo no mundo a quem você é subserviente? São muitos os cristãos que têm vendido sua atuação como testemunhas da verdade do Senhor pelas benesses do sistema de um mundo caído e condenado.
"Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.
Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre."
(1 João, 2: 15 - 17)
Esqueceram?
Ceder aos inimigos não é próprio à fé. Omitir-se não é opção dada aos cristãos.
Leia sobre isso neste link:
"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa." (Mateus, 5: 14, 15)
Se os ímpios estão se organizando para nos atacar, que venham. Nós os confrontaremos com a pregação do Evangelho. Nisso teremos oportunidades para dar maior testemunho do nosso Senhor. A fé implica em sofrer por seus valores, como ensinou e predisse o Senhor Jesus, o autor e consumador da fé:
"Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa.
Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós."
(Mateus, 5: 10 - 12)
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