08/03/2023

Quaresma e Páscoa cristã

 Quaresma, os 40 dias de preparação para a Páscoa 

A "quaresma", um período de "preparação" de 40 dias para a Páscoa NÃO É um período ensinado no Novo Testamento à igreja genuinamente cristã. É ato religioso que faz parte de diversas tradições mas que não corresponde à verdadeira doutrina cristã.

A nossa Páscoa é celebrada na Ceia, um sacramento ordenado pelo Senhor que substituiu o velho costume da Páscoa judaica, um evento anual que celebrava a "passagem" do anjo da morte dos primogênitos egípcios (a 10° praga do Egito) mas que livrou os primogênitos hebreus porque os umbrais das suas portas estavam tingidos com sangue de cordeiros, prefigurando o holocausto definitivo feito pelo Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus, que ofereceu-se em sacrifício na cruz para salvar o seu povo. 

Na ceia, então, o Senhor fez do cálice com vinho e do pão da comunhão os verdadeiros símbolos do seu sangue e do seu corpo oferecidos na cruz, e essa ordenança deve ser praticada pelos cristãos em comunhão como forma de substituição e de cumprimento da antiga Páscoa, e como anúncio da volta do Senhor, um memorial litúrgico que deve ser praticado até que Ele venha.

Celebrar a páscoa como data "especial" no calendário cristão é incorporar ritos estranhos à verdadeira fé, é incrementar elementos judaicos já caducados e combatidos na epístola de Paulo aos Gálatas e é atentar contra e diminuir a importância da verdadeira páscoa, a simplicidade sublime da Ceia do Senhor.

Tal consagração, uma vez que é estranha ao ensino neotestanentário, é totalmente nula em todos os seus efeitos e pode ser, ao contrário do intencionado, um costume ofensivo ao Senhor.

_________________________________

A páscoa vem aí!

Ela é celebrada em todas as vezes que é praticada a ordenança feita pelo Senhor Jesus, o sacramento da partilha do pão e do cálice pela igreja reunida na simplicidade bíblica da ceia do Senhor.

Celebramos a ressurreição do Senhor todas as vezes em que a igreja se reúne para a adoração congregacional a Deus nos domingos, o dia do Senhor - não numa data caducada que o mundo absorveu em sua cultura caída.

O resto, como as celebrações de datas caducadas, é fermento no pão, é acréscimo indevido no culto a Deus e na prática cristã, é inventar adereços desnecessários e tentar impor complementos no que já é perfeito. 

Nós podemos nos enganar com as bobagens que inventamos, mas o problema é que Deus, o Senhor, não se submete a nós e não aceita ofertas prejudicadas pelos nossos enganos.