12/12/2016

Louvores e música do mundo


A invasão de músicas antropocêntricas (que têm por finalidade engradecer o gênero humano) e sentimentais no repertório do que deveriam ser louvores a Deus nos cultos cristãos está muito relacionada à estúpida dicotomia que muitos evangélicos fazem entre músicas "de Deus" e "músicas do mundo". 

Ao cometerem o erro de banirem de suas vidas as músicas "seculares" que tem por função o entretenimento e o prazer (não há nada de errado no prazer desde que não seja corrompido pelo pecado) esses evangélicos trazem para dentro de suas espiritualidades e para dentro de seus cultos as suas carências recreativas através de um arsenal de músicas que não louvam a Deus por não estarem centradas na sua vontade, mas, pelo contrário, estão baseadas na vontade humana para estimular, de uma forma bastante corrupta, sentimentos de prazer e de emoções durante o culto - um momento totalmente impróprio para se buscar o prazer. 

Confunde-se então, pecaminosamente, a experiência emocional induzida por canções extravagantes, letras que dizem coisas diferentes dos ensinamentos bíblicos, melodias hipnóticas, sussurros, gritos e gemições - que às vezes levam as pessoas ao entorpecimento dos sentidos e da razão (ou mesmo da histeria coletiva) - com o "mover" do Espírito de Deus. Dessa forma o culto que deveria ser um serviço devocional para Deus acaba sendo subvertido em um culto voltado para o próprio homem e, portanto, transforma-se numa prática antropocêntrica e idólatra - um pecado.

"Portanto, irmãos, exorto-vos pelas compaixões de Deus que apresenteis o vosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos amoldeis ao esquema deste mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12: 1, 2)


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