Crê-se, conforme ensina o Evangelho, no amor e na bondade de Deus. Crê-se na sua justiça e que seus ouvidos estão atentos àqueles que o invocam. Crê-se que Ele toma partido pelos fracos, pelos que sofrem e por isso os cristãos valorizam a fé e a esperança. Mas embora estas sejam características da fé cristã, muitas vezes a realidade nos faz cogitar que Deus tem se silenciado perante os clamores dos que clamam, perante a dor dos que sofrem, perante a injustiça descarada e continuada, perante genocídios, pestes, fome, desesperança, violência ou desastres naturais.
Quanta gente teve seu último suspiro sufocado pela desesperança, pela violência e pela dor? Muitos deles, nesses momentos de luta pela vida clamavam com o coração desesperado por misericórdia ou por socorro enquanto o fôlego se lhes esgotava. A vida deles cessou num contexto de sofrimento, de descaso e de um aparente silêncio daquele que cremos ser o salvador.
Deus se silencia? Se ausenta ou se omite?
A própria Bíblia registra, muitas vezes, tal sentimento humano: o sentimento de quem clama àquele que pode salvar e que é invocado na angústia, mas que se silencia diante de tal clamor. O próprio Senhor Jesus Cristo foi tomado por semelhante sentimento enquanto estava agonizando na cruz.
Eis que clamo: Violência! Porém não sou ouvido. Grito: Socorro! Porém não há justiça. Jó 19:7
Clamo a ti, porém, tu não me respondes; estou em pé, porém, para mim não atentas. Jó 30:20
Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego. Salmos 22:2
E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Marcos 15:34
Certamente Deus ouve aos clamores a Ele feitos, até mesmo os clamores daqueles que o desconhecem mas que suplicam por salvação, misericórdia, justiça ou livramento, pois tais coisas lhes são próprias e exclusivas. Mesmo aqueles clamores silenciosos que são bradados apenas pelos corações enquanto conseguem bater. Mas nem sempre os atos de salvação são vistos no mesmo tempo em que é feito um clamor ou no tempo da necessidade e enquanto "o dia" da salvação não chega, vivenciamos dias, e diversos e repetidos dias em que a salvação parece demorar para chegar.
Vivemos um "livro da história" e estamos apenas no meio dessa história em trânsito, onde somos personagens únicos e centrais segundo as nossas próprias perspectivas individuais, mas esta história da qual participamos é universal e somos apenas uma personagem dentre tantas que se suscedem geração após geração, apesar de cada pessoa ter uma importância única, pois cada um de nós possui a imagem impressa em si do próprio criador. Mas, o propósito maior é o todo nessa história e seu tema central é a evidência do amor do seu autor, que nem sempre é claramente percebido em certos momentos dessa história ou em muitas vidas que a compõem. Vemos que a aflição tem acometido gerações e culturas inteiras e como no exemplo bíblico do povo israelita escravizado no Egito, a salvação chegou a eles de forma poderosa mas até que chegasse, passaram-se mais de 400 anos de servidão. Muitos morreram no sofrimento antes que a poderosa mão de Deus se manifestasse e muitos teriam se deixado levar pela conclusão de estarem abandonados. Não, não estavam abandonados, mas a misericórdia chegou triunfante num futuro distante para alguns e que hoje é um passado distante para nós. Alguns poderiam deduzir que foi tarde demais, mas não o foi sob a óptica do todo, da história e do propósito. Esse acontecimento foi apenas um capítulo da história que ainda segue e da qual participamos, assim como seguem as tragédias e os sofrimentos aparentemente sem salvação ou resposta que vemos. As pessoas também não deixam de existir quando morrem e a esperança estrapola a presente vida.
Certamente Deus se pronunciará, pois haverá um dia em que a perfeita e imaculada justiça será feita, os injustiçados serão vingados, os clamores atendidos, os ofensores justamente punidos e a inviolável felicidade na eternidade alcançada por aqueles que no Senhor esperam. Mas a plenitude desses atos divinos se consumarão num tempo futuro, quando a atual e condenada época sucumbir dando lugar a um novo tempo, como já vem sendo sinalizado e cujos sinais podem ser vistos ao longo da história conforme Jesus Cristo ensinou (Mateus 25), como Ele "lia"a história.
Vivemos um "livro da história" e estamos apenas no meio dessa história em trânsito, onde somos personagens únicos e centrais segundo as nossas próprias perspectivas individuais, mas esta história da qual participamos é universal e somos apenas uma personagem dentre tantas que se suscedem geração após geração, apesar de cada pessoa ter uma importância única, pois cada um de nós possui a imagem impressa em si do próprio criador. Mas, o propósito maior é o todo nessa história e seu tema central é a evidência do amor do seu autor, que nem sempre é claramente percebido em certos momentos dessa história ou em muitas vidas que a compõem. Vemos que a aflição tem acometido gerações e culturas inteiras e como no exemplo bíblico do povo israelita escravizado no Egito, a salvação chegou a eles de forma poderosa mas até que chegasse, passaram-se mais de 400 anos de servidão. Muitos morreram no sofrimento antes que a poderosa mão de Deus se manifestasse e muitos teriam se deixado levar pela conclusão de estarem abandonados. Não, não estavam abandonados, mas a misericórdia chegou triunfante num futuro distante para alguns e que hoje é um passado distante para nós. Alguns poderiam deduzir que foi tarde demais, mas não o foi sob a óptica do todo, da história e do propósito. Esse acontecimento foi apenas um capítulo da história que ainda segue e da qual participamos, assim como seguem as tragédias e os sofrimentos aparentemente sem salvação ou resposta que vemos. As pessoas também não deixam de existir quando morrem e a esperança estrapola a presente vida.
Certamente Deus se pronunciará, pois haverá um dia em que a perfeita e imaculada justiça será feita, os injustiçados serão vingados, os clamores atendidos, os ofensores justamente punidos e a inviolável felicidade na eternidade alcançada por aqueles que no Senhor esperam. Mas a plenitude desses atos divinos se consumarão num tempo futuro, quando a atual e condenada época sucumbir dando lugar a um novo tempo, como já vem sendo sinalizado e cujos sinais podem ser vistos ao longo da história conforme Jesus Cristo ensinou (Mateus 25), como Ele "lia"a história.
Fomos destinados ao conhecimento do bem e do mal em suas manifestações diversas no tempo presente, nesta vida e criação, sejam por meio do amor vivenciado, do recebimento da Graça divina, da vivência familiar, do carinho, do abraço, dos sorrisos e dos sonhos como das dores e das fomes, das pestes e das catástrofes, da injustiça provisória e do silêncio divino indesejado enquanto que o discorrer de uma história passageira caminha para o seu desfecho. História essa que foi escrita à duas mãos, uma dos homens segundo o conselho de seus próprios corações com suas consequências desastrosas para si e para o seu mundo e outra divina, conforme sua soberania permitindo que o tempo presente fosse afetado pelo gênero humano, o corrompendo, para depois dar lugar a uma nova história escrita exclusivamente por Deus com o sangue de Jesus Cristo, sendo este o salvador triunfante de um estado caótico que faz parte do que somos e do lugar em que vivemos.
Sendo soberano, Deus fez da humanidade a sua mais estimada criatura, feita à sua própria imagem e semelhança e por isso dotada de certos atributos, como a possibilidade de viver fielmente em sua presença ou à parte dela. Qualquer que fosse a escolha, as consequências recairiam sobre o seu destino e sobre o seu mundo. A escolha humana foi a ambição e dela vieram os frutos da ruína. Mas o ato mais extraordinário do amor de Deus não está numa intervenção sua agora ou no futuro, mas foi vista quando Jesus Cristo, por amor a nós e sua criação, se fez homem para intervir de uma vez por todas no caos em que estamos inseridos a fim de nos resgatar para a sua glória, ensinando-nos a verdade sobre o amor de Deus e sua salvação e morrendo por nós para pagar pelas nossas culpas pelo caos que plantamos, a fim de que aqueles que por fé em sua pessoa e em seus atos, possam participar da felicidade que certamente porá um fim a esta história atual e que dará lugar a uma nova história, começada nesta, mas livre do caos e por isso, marcada por aquela felicidade que todo anseio humano busca, aquela salvação que todos queremos, aquela paz e felicidade, que no fundo dos nossos corações está apenas germinada.
Sim, Deus atende aos clamores e é salvador e todo aquele que o invocar será salvo e é exatamente por isso que a sua Palavra e salvação devem ser proclamadas.
João Eduardo Duarte
Sim, Deus atende aos clamores e é salvador e todo aquele que o invocar será salvo e é exatamente por isso que a sua Palavra e salvação devem ser proclamadas.
João Eduardo Duarte