30/10/2024

Futilidade celebrada



Glamour de gente rica

Apodrecendo na lama das vaidades

Derretendo na insegurança do não ser

E sempre buscando refúgio na futilidade.


Gente de plástico 

Artificial

Fedem à morte perfumada

Pensam que o dinheiro pode tudo

Rendidos ao falso deus dinheiro

Acostumados a comprar qualquer coisa.


Gente deslumbrada que compra gente

Muitos se curvam em bajulação 

Um culto miserável ao dinheiro 

A prostituição da dignidade em troca do estatus social

Na esperança de terem o que os milionários ostentam.


Gente pobre, miserável e grotesca

Escravos do que é desprezível 

Desfigurados pelas suas ambições

Seus rostos revelam o quão áridos são seus corações

Que apesar dos aplausos do mundo

Suas vidas são a glorificação do desperdício.


João Eduardo



22/10/2024

Deus nos atribui grandiosíssimo valor


Nesta longa estrada da vida...

A Bíblia usa diversas figuras para descrever a vida: um sopro, erva do campo, um grão de areia...

Diante da grandiosidade de todo o universo e da infinitude do tempo nós somos muito pequenos e limitados, o nosso tempo por aqui nesta vida é ínfimo e as nossas realizações variam de grandeza e importância se compararmos o que as pessoas fazem entre si, mas sempre serão minúsculas se comparadas à grandeza do que Deus, o Criador e sustentador do universo, fez e faz. 

E é Deus, o soberano e Todo-Poderoso que é muitíssimo distinto de nós, tanto em grandeza como em poder, em infinitude e santidade, que apesar da nossa pequenez nos atribui grandiosíssimo valor na medida em que nos fez à sua imagem e semelhança e, mesmo com a nossa degeneração pelo pecado nos amou, mandando o seu Filho Santo e amado, Jesus, para vir ao mundo, fazendo de si mesmo um de nós em nossa humanidade para dar a sua própria vida pela nossa para redimir a muitos da condenação do pecado e nos elevarmos à digníssima e graciosa condição de sermos, também, filhos de Deus.

Não existe dignidade maior que algo tão efêmero possa receber quanto o amor de Deus que foi evidenciado na vida e na obra do Senhor Jesus Cristo em nos salvar da maldição do pecado e nos conceder a graça do perdão e da vida eterna como participantes da sua glória na presença do, agora, nosso Deus e Pai. 

Volte-se para o Senhor Jesus, Ele é a ressurreição e a vida, a nossa verdadeira esperança e refúgio salvador. É nele que encontramos o amor de Deus. Todos somos como crianças feridas e cansadas que são recebidas pelos seus braços.

"Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?"

Mateus, 6: 26

"Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas."

Mateus, 11: 28, 29


Veja também:

Quem ensinou aos pássaros?

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/12/quem-ensinou-aos-passaros-dependerem.html

21/10/2024

Igrejas más X boas.


Estou pensando seriamente em recomendar claramente às pessoas que saiam da sua igreja problemática para frequentarem uma igreja melhor fundamentada na Bíblia, tanto no culto como no ensino, visando uma qualidade maior e mais fiel na vida cristã de suas famílias.

Não pense que a tua igreja é bíblica e fiel ao Senhor se nela são praticados os afrouxamentos com doutrinas bíblicas, uma abordagem antropocêntrica constante, a proteção ao esquerdismo, a indiferença com as múltiplas ações do ministério cristão que são cada vez mais substituídos por atuações que a Bíblia não ensina, a indiferença com o pecado e com a necessária santificação dos crentes, a inclusão de modismos worship como meios de se provocar sensações nas pessoas, os cultos show, o excesso de música, o espetáculo, a artificialidade, a influência da psicologia, e do marketing, a dependência da tecnologia, a profissionalização da fé onde tudo envolve dinheiro, a transformação da igreja numa empresa que é administrada sob a perspectiva de um negócio e que por isso os líderes são muito mais administradores e executivos do que cumpridores dos requisitos bíblicos, eles são muito mais homens bem-sucedidos na perspectiva mundana do que exemplos das práticas espirituais... saiba que essa igreja não pode ser considerada fiel ou bíblica! Nela está sendo praticada a perigosa e progressiva apostasia da verdade e da fé. Saiba que nem todo pastor é verdadeiro servo de Cristo ainda que ele tenha carisma, que fale bem, que domine a arte do púlpito e tenha muitos diplomas e cursos. O critério principal para se avaliar se uma igreja ou liderança são fiéis ao Senhor é a pregação e ensino fiéis às doutrinas bíblicas, não o espetáculo da carne.

Pregadores que fazem mau uso dos púlpitos para enrolarem as igrejas e zombarem de Deus com suas profanações do culto através de abordagens vazias do exame fiel e submisso das Escrituras e que substituem a proclamação das suas verdades e doutrinas visando a glória do Cordeiro e a edificação e santificação dos crentes, trocando-as por contos da carochinha, por muitas histórias, por conteúdo antropocêntrico, bajulador de si mesmo e de outras pessoas, ou um discurso vitimista, ou político, coaching, de auto-ajuda, ou progressista, relativista dos fatos bíblicos, ou permeado por teologia liberal, ou da prosperidade, ou arminiana, ou qualquer outro tipo de discurso desleixado, heterodoxo ou herético; tais pregadores não deveriam ter voz ativa em nenhuma igreja e devem ser confrontados e corrigidos, ou denunciados, demitidos e substituídos por servos do Senhor Jesus que sejam mais responsáveis e fiéis aos seus ensinos e ordens. O que está em jogo é a integridade espiritual das igrejas, e os lobos infiltrados por Satanás estão nesses lugares para perverter a missão dos crentes e as ordens que recebemos do próprio Deus de oferecermos a Ele cultos que lhe sejam santos e agradáveis.

Somente líderes indignos de confiança e que se entregam às suas arrogâncias na busca pelas suas realizações pessoais através da imposição das suas predileções mundanas renegam ou relativizam as velhas e seguras tradições dos fundamentos dos Apóstolos para aderirem às idolatrias progressistas dos seus corações envaidecidos e gananciosos. Esses são corruptores da igreja que buscam exaltar a si mesmos através do mau uso dela, como se ela não tivesse um Rei e Senhor que é zeloso e que exigirá prestação de contas do que lhe pertence.

Saia dessas comunidades onde misturam a verdade inegociável da Palavra de Deus com os fermentos que a transtornam antes que você seja anestesiado e teus filhos sejam envenenados com muitos enganos e todos percam de vista o que é a fé bíblica e fiel ao Senhor Jesus, errando, como consequência, o estreito caminho da verdade e da vida. 

Procure uma igreja genuinamente fiel à Bíblia, elas não são muitas, são cada vez menos comuns, não costumam ser grandes e não têm apelo midiático. Mas elas existem e todo crente verdadeiro deve juntar-se a elas!

20/10/2024

A visão do profeta Isaías

 

A visão do profeta Isaías 

Pregação expositiva (apenas áudio) do texto de Isaías 6, versos 1 a 8, que descreve a visão que o profeta Isaías teve da glória de Deus - do Senhor Jesus Cristo assentado no seu alto e sublime trono 700 anos antes de vir ao mundo - e do chamamento do profeta para o seu ministério.

Essa pregação foi feita num culto doméstico, numa atividade missionária em Guarulhos, SP no dia 20/10/2024.


Texto: Isaías 6: 1 a 8

A visão de Isaías e o seu chamamento

1. No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo.

2. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava.

3. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória.

4. E as bases dos limiares moveram-se à voz do que clamava, e a casa se enchia de fumaça.

5. Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!

6. Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;

7. e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado.

8. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

(Isaías, 6: 1 - 8)

18/10/2024

Jesus de esquerda? Não, Lula é um ignorante mentiroso!

 

Isso aí é tão lixo que é difícil comentar com alguma paciência. 

Já escrevi diversos textos sobre a completa incompatibilidade entre a fé cristã bíblica e o pensamento esquerdista. Tem dois links abaixo sobre isso.

Mas NÃO, Jesus não era nem esquerdista, nem progressista! Ainda que essas terminologias e as ideologias que compõem essas terminologias tenham sido elaboradas muitos séculos depois do tempo em que o Senhor Jesus viveu neste mundo (Karl Marx viveu no século XIX), Jesus não pregou nem praticou nada que sequer se parecesse com as ideologias políticas das esquerdas. Ele confrontava as invencionices das tradições dos homens, e não a velha Lei de Deus, que reafirmava.

O Senhor Jesus cumpriu toda a Lei e dentre as exigências divinas Ele reafirmou, por exemplo, o "não cobiçarás as coisas do teu próximo" e reafirmou as penas para quem rouba, mata, mente ou pratica idolatria. Ele ensinou sobre as autonomias nos tratados entre senhores e servos, sobre os diferentes pagamentos nas diferentes medidas e as diferentes distribuições dos talentos. Ele ensinou a sermos sempre fiéis, seja no muito ou no pouco e jamais ensinou sobre o nivelamento dessas posses. Ele não pregou sobre justiça social, mas sim sobre justiça (como aplicação da Lei) e sobre misericórdia (e as multiplicações de pães e peixes não eram sinais para a justiça social, mas sim para a misericórdia e para a providência) e Ele fez clara distinção entre o Reino de Deus e a sua justiça dos demais reinos, a partir do reino de Roma como também dos reis e autoridades dos reinos deste mundo. 

A justiça e a redenção pelo Estado secular jamais foram expectativas do Senhor Jesus, mas sim de Judas, o traidor, que como zelote que era, ansiava por um Cristo guerreiro e revolucionário, coisas que o Senhor Jesus não foi, pois deixou claro que o seu Reino não era desse mundo, mas que já era chegado através do Evangelho e praticado de forma incipiente na Igreja, não no Estado nem nos reinos deste mundo.

Lula é um ignorante, é mal-intencionado, é um inimigo de Cristo e é mentiroso! Crente que lhe dá ouvidos é tolo, pois não discerne a voz do Senhor das vozes dos lobos.

Veja também:

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2024/04/o-projeto-do-colapso-da-civilizacao.html

https://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/01/lideres-eclesiasticos-de-esquerda.html

15/10/2024

Educação dos filhos - responsabilidade dos pais ou dos professores?


FELIZ DIA DOS PROFESSORES!

Mas apenas aos verdadeiros, àqueles que se dedicam ao ensino dos conhecimentos necessários para o desenvolvimento dos seus alunos visando o progresso da sociedade (esses sim são nobres professores!) e não aos cretinos militantes da esbórnia esquerdista que estão enfiando suas ideologias pervertidas em audiências cativas que não têm como se proteger das suas investidas venenosas, e assim estão destruindo as vidas de incontáveis crianças e jovens na formação de toda uma geração de zumbis militantes. 

Esses falsos professores que são discípulos infiltrados de Marx, do Che Guevara, de Gramsci, Paulo Freire, de Dirceu e que foram fomentados pela maldita onda "pátria educadora" de Dilma/Luladrão não merecem saudações, mas sim freios e algemas.


E LEMBREM-SE!

QUEM EDUCA NÃO É A ESCOLA, SÃO OS PAIS!

É dever dos pais educar os seus filhos (na Palavra de Deus). O papel da escola, dos professores (e da igreja) é COMPLEMENTAR, cabendo à escola o ensino de matérias e de conhecimentos necessários ao progresso da vida comum, à transmissão dos conhecimentos que são recebidos e aprimorados de geração a geração. 

Os primeiros professores e mestres das crianças são os seus pais e isso foi designado por Deus.

Deuteronômio 6, versos 4 a 9.

Sobre as perdas de diversas batalhas nos campos do mundo.

Um líder religioso tolo e incompetente (e possivelmente mal-intencionado) é aquele que é relapso acerca dos perigos que ameaçam a integridade espiritual da igreja, a começar da comunidade onde ele serve. Você o vê no púlpito sempre sorridente e propagando uma graça rasa e barata - e muitas vezes com altas doses de encenação e cinismo - como se baixar o nível da espiritualidade e do comprometimento dos crentes com Deus fossem toleráveis e suficientes para resistir aos ardis de um mundo caído que, sob a influência diabólica, investe incansavelmente contra a integridade da igreja através das múltiplas corrupções da verdade.

Esse tipo de pastor autoconfiante e tolo vê os perigos no derredor com desdém, ele menospreza os avanços da iniquidade e não se importa com as brechas nos muros, nem com as frouxidões na armadura por onde entram os dardos inflamados do inimigo; e ele costuma dizer, de forma muito genérica "confiem em Deus" como se a segurança na sua Graça ignorasse os zelos necessários com a fé, esquecendo-se que o Deus da nossa confiança requer do seu povo vigilância, disciplina, perseverança na doutrina, muita dedicação servil e esforço no combate às distorções da verdade. Nós estamos em guerra e o nosso inimigo é incansável, trapaceiro, sangrento, covarde, é muito experiente e não nos foi dado o direito de baixar a guarda.

Nesse embate, a nossa jornada de vida e de fé, o Deus que é Santo exige integridade santa em todas as coisas: na doutrina, no culto, na prática e na vida tanto em particular como em público.

Não é por acaso, nem coincidência, que nas comunidades desses pastores tolos que baixam os padrões da fé como se isso fosse tolerável pelo Rei e Senhor da igreja, muitos dos pais crentes (e muitos deles são presbíteros) cada vez mais estão perdendo os seus filhos para o mundo, e isso porque por terem negligenciado o zelo e a luta, apesar dos seus filhos terem "crescido na igreja", são praticantes de forte e perseverante negligência no trabalho pastoral como pais, uma vez que aprenderam a terceirizar as funções que lhes foram confiadas e, obviamente isso frutifica mal. Os fundamentos de muitos desses filhos e jovens foram administrados de forma bastante superficial e de forma insuficiente para eles resistirem aos covardes, iníquos e desleais apelos sedutores das muitas vozes de Satanás que são propagadas por todo o mundo, e por isso, muitos deles têm sucumbido às seduções do mundo. É por isso que muitos jovens cristãos não conseguem se manter na fé durante o período de universidade (por exemplo), pois eles estão tão mal preparados para as abordagens adversas da fé que são presas fáceis para qualquer lobo predador.

Diante do poder incomparável da Palavra de Deus seria impossível aos crentes que dela se alimentaram e cujas convicções e consciências foram por ela forjados se deixassem seduzir e se perdessem diante das doutrinas mundanas, como nos casos das ideologias progressistas, ou do cientificismo, do materialismo, da agenda "Woke" e tantas podridões corruptoras que fazem parte dos atuais modismos que têm fomentado inúmeras iniquidades e perversões. Isso seria impossível a não ser que a administração das verdades de Deus aos crentes e aos nossos filhos e jovens estivesse sendo feita de forma relapsa, genérica e superficial. Infelizmente, em muitos casos, as verdades bíblicas têm sido administradas muito mal e porcamente - e isso tem sido feito através de pregações e de ensinos de versões de uma graça barata bastante esvaziada de doutrina e carregada de emocionalismos antropocêntricos ou de mero conteúdo moral - e graça barata não é a Graça de Deus. 

E é isso que em muitos casos foi feito, um trabalho muito ruim e mal feito, uma simbiose impossível de Palavra de Deus com aspirações e doutrinas mundanas. Uma administração impossível da verdade quando se baixa os altos padrões da Palavra de Deus para que se viva algum dos tipos de cristianismos "light" (sim, existem versões diferentes para a escolha do freguês, tal como numa prateleira de supermercado), como se essas anomalias fossem validadas pelo imutável Senhor. Só que de Deus não se zomba, se é a corrupção que foi semeada, será a corrupção que será colhida. Se as exigências do pacto foram descumpridas, o pacto foi quebrado. Evangelho sem arrependimento de pecados não é Evangelho. Vida cristã sem santificação não é vida cristã, e não é salva nem regenerada - e não existe santificação sem doutrina, sem que a pessoa se submeta aos padrões exigidos por Deus ao seu povo.

Vocês perderam muitas batalhas porque foram negligentes, e enquanto o eram se gabavam disso. Agora sobra-lhes o choro do necessário arrependimento e aos que ainda têm a oportunidade de educar os seus filhos, façam-no na disciplina do Senhor, não delegando esses deveres aos outros, nem às escolas, nem aos departamentos infantis das igrejas, nem às supostas escolas confessionais (elas estão repletas de armadilhas e muitos jovens progressistas tiveram seus conceitos formados justamente nesses ambientes) pois essas invencionices jamais terão o poder de substituir o ordenamento dado aos pais de assumirem para si mesmos o dever eficaz de serem os Ministros de Deus para os seus próprios filhos, inculcando neles a Lei do Senhor para que sejam herdeiros da Graça que de Deus recebemos num desdobramento prático da Teologia do Pacto/ Doutrina da Aliança.


Veja também, educação pervertida:


Abaixo, para descontrair, alguns videozinhos sobre os modos como se tratavam as crianças à moda antiga em contraste com o modo "leite com pêra" da atualidade.

John Wayne ensinando um menino a nadar à moda antiga.

Uma mãe moderna educando o seu alecrim dourado conforme os novos cânones pedagógicos.

Uma excelente recomendação.

05/10/2024

O vazio do mundo em contraste com a obra de Cristo



O vazio do mundo em contraste com a obra realizada por Cristo.

Eclesiastes 4: 1 - 3 e Hebreus 12: 1 - 3

Pregação feita no culto da Capelania Evangélica do Hospital São Paulo sobre a impossibilidade de existir verdadeira justiça e sentido para a vida nas coisas criadas deste mundo decadente em contraste com as glórias da nossa salvação realizada pelo Senhor Jesus Cristo.


Trecho da pregação feita em Ec. 3 e Hb.12

Eclesiastes, 4: 1 a 3

"1. Depois volvi-me, e atentei para todas as opressões que se fazem debaixo do sol; e eis as lágrimas dos oprimidos, e eles não tinham consolador; do lado dos seus opressores havia poder; mas eles não tinham consolador.
2. Pelo que julguei mais felizes os que já morreram, do que os que vivem ainda.
3. E melhor do que uns e outros é aquele que ainda não é, e que não viu as más obras que se fazem debaixo do sol."

Hebreus, 12: 1 a 3

"1. Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta,
2. fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus.
3. Considerai, pois aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas."

01/10/2024

Cultos que são superproduções imersivas.


Cultos que são superproduções imersivas.

Vivemos uma epidemia apóstata da tendência de transformação do culto a Deus em eventos de imersão em experiências sensoriais. 

O verdadeiro culto cristão é a prática de um conjunto de ações que são biblicamente orientadas para a adoração a Deus, somente. 

O Evangelho é a nossa reconciliação com Deus, realizada pela obra redentora do Senhor Jesus Cristo, o único Mediador entre o povo e Deus. Portanto, por meio do Senhor Jesus Cristo o povo congregado está na presença santíssima e sublime do Todo-Poderoso, e nós devemos adorá-lo em cumprimento do propósito primeiro da nossa existência, pois fomos criados para adorarmos a Deus e desfrutar dEle. 

A adoração a Deus que nos é requerida é feita por meio de Cristo e jamais se baseia em nossos méritos. Nós nos baseamos somente nos méritos do Senhor Jesus, pois somente Ele cumpriu toda a Lei e se ofereceu como sacrifício perfeito, o Cordeiro de Deus oferecido no holocausto da cruz para pagar pelos nossos pecados, e assim somente Ele satisfaz às exigências da Lei e da santidade de Deus e assumiu, perante Ele, as maldições das nossas dividas, sofrendo a santa e justa ira de Deus em nosso lugar, nos outorgando o seu perdão pleno, fazendo-nos, então, aceitáveis diante da suprema santidade do Deus-Pai que nos adota como filhos com o seu Unigênito, agora Primogênito dentre muitos irmãos.

Diante disso, o culto a Deus não consiste em nós, no que queremos, no que julgamos serem as nossas prioridades, mas sim na glória do Cordeiro de Deus que nos resgatou e que ressuscitou dos mortos, triunfando da morte, do pecado e do inferno, e que vive e reina para sempre. O verdadeiro culto cristão é focado no Senhor, na sua obra e na sua glória e não em nós. E por estar focado e baseado no Deus que é Espírito, e que não pode ser visto, nem sentido pelos nossos atributos carnais, mas conhecido pela fé somente, e que é Santo e incontaminável, o culto a Deus deve estar fundamentado nesses mesmos fatos e nesses elevadíssimos valores que nós não podemos reproduzir - não no que vemos, não nas nossas obras, mas somente no que de Deus conhecemos pela sua auto-revelação que é feita nas Escrituras. 

O culto é a adoração a Deus na beleza da sua santidade. O culto tem um destino definido, tem uma beleza definida e tem um modo santo e incontaminável definido. É Deus que deve ser contemplado, apreciado, e nós só o podemos conhecer pela sua auto-revelação que é por meio das Escrituras somente. Portanto apreciamos o que as Escrituras dizem sobre Ele, o verdadeiro louvor a Deus é a proclamação dos seus atos e dos seus atributos. Nós não inventamos coisas sobre Deus, nós proclamamos o que sabemos sobre Ele, o que Ele mesmo diz. Nossas invencionices não cabem nesse contexto.

O culto é um serviço congregacional oferecido a Deus, é quando os crentes, os santos de Deus, que são chamados de santos porque Deus os comprou com o precioso sangue de Cristo, separando-os do mundo para si, se reúnem para cumprir o que Deus requer deles como povo de sua propriedade exclusiva. Esse povo adora a Deus declarando seus atributos, as virtudes que de Deus conhecemos na mesma medida em que delas desfrutamos em santa e solene reunião. Não são as belezas que podemos produzir nem as virtudes que podemos praticar que saudamos ou louvamos, nós exaltamos o Deus invisível que preenche o recinto com a sua glória excelsa, porque podemos adentrar o Santíssimo lugar sob a cobertura justificadora e santificadora do seu Filho, o nosso Redentor. E a Palavra de Deus que diz respeito ao próprio Filho de Deus encarnado, porque toda ela se refere a Ele, nos é proclamada, e nela as grandezas do Todo-Poderoso se evidenciam e nós as assimilamos, e a nossa fé é edificada, e somos santificados, limpos, guiados, fortalecidos e instruídos. A glória do Deus Espírito nos preenche e transforma a nossa consciência à semelhança de Cristo. Mas o que fazemos enquanto as glórias do Todo-Poderoso se tornam evidentes é a simplicidade de quem não tem coisas semelhantes às grandezas recebidas para oferecer. Tudo o que temos para oferecer é o esvaziamento de nós mesmos. São petições de suplicantes, não exigências. São louvores aos atributos de Deus, e à beleza da sua santidade, e aos seus grandiosos feitos, não expressões da vaidade humana. O eu diminui em contraste com a evidência da sublimidade das glórias do Deus Santo que nos concede a graça de estarmos numa presença tão grandiosa e incomparável. O comportamento adequado da nossa parte, então, é de contrição, de quebrantamento e humilhação, de santo temor e de consciência da nossa finitude e pequenez diante da glória suprema do Santo dos santos. Não é lugar para auto-exaltação, nem de palavras de ordem. Diante do Senhor toda a Terra deve se calar pois é Ele quem tem a prerrogativa da fala.

Então, por mais gloriosa que seja a natureza de um culto a Deus, o que fazemos nele é singelo, simples, humilde e cheio de santo temor. A grandeza não está no que fazemos, mas sim do Deus que é adorado. Da nossa parte, começamos alinhando nossas consciências para que a congregação esteja num mesmo espírito e propósito. Uma reflexão quieta em preparação e uma oração coletiva na adoração iniciada. Nela agradecemos pela oportunidade de obedecermos às ordens da adoração congregacional no dia do Senhor para desfrutarmos do seu amor, e suplicamos a benção do Deus-Espírito em receber e dirigir a nossa adoração coletiva. E imploramos o seu perdão pelos pecados cometidos para, purificados, podermos adentrar o Santo lugar, não as instalações físicas do prédio onde estamos, isso não é um templo, mas o local espiritual onde o Todo-Poderoso exerce sua soberania sobre todas as coisas nos céus e na Terra. E assim, adentramos com ousadia na sua santíssima presença onde anjos não ousam descobrir seus rostos por temerem a grandeza do Senhor de todos, mas nós, cobertos pelo sangue de Cristo podemos contemplar o que antes nos era impossível. E então nós o louvamos, apreciando assim as suas virtudes, os seus feitos, a sua glória. E enquanto o adoramos Ele se agrada de nós e como verdadeiro Pai que é nos ama, nos cura, nos instrui e transforma. O culto de adoração a Deus é a forma mais excelente de desfrutarmos da sua comunhão, verdadeira intimidade e conhecimento. E quando terminamos o nosso louvor, coisa simples porém feita em submissão às Escrituras e de todo o coração, força e entendimento, Ele nos dá mais de si, da sua graça na medida em que pregação fiel da sua Palavra é feita ao povo.  O culto é uma dialética, uma conversa entre o povo congregado com o Deus que é adorado. E Ele responde.

É assim o culto de adoração a Deus, nós estamos reunidos como congregação na presença de Deus por meio de Cristo para adorá-lo na beleza da sua santidade, e não para nos impactarmos uns aos outros com qualquer coisa que nós possamos fazer. 

Cultos imersivos em emoções fabricadas pelo homem estão colocando a glória baixíssima dos homens caídos no lugar da sublimidade da glória do Deus Santo e Todo-Poderoso, e isso é uma inaceitável corrupção do culto, é uma profanação dele, é uma idolatria porque está se praticando a adoração às coisas criadas em lugar do Criador. Cansa ver "ministros" de louvor se esforçando para "contagiar" sua plateia enquanto agem como animadores de auditório em cima de palcos como em shows, teatros e em circos. Mas essas desgraças são pragmáticas, elas funcionam, atendem bem aos desejos hedonistas daqueles que repudiam o culto santo ao Deus Santo porque, em última instância, o odeiam. Os shows exigem mais trabalho por parte dos que os produzem, mas atendem aos apetites dos sentidos ao promoverem o entorpecimento das emoções a quem chamam, equivocadamente, de "mover de deus".

É o entorpecimento, as fortes emoções induzidas por um conjunto de coisas embaladas por luzes, músicas muito bem produzidas (aliás, o que seria do movimento evangélico sem o movimento gospel com sua indústria musical?), muita técnica e pirotecnia, palavras de ordem e abordagens emocionais com a odiosa despersonalização e a descentralização de Deus no culto para em seu lugar ser praticada a ênfase no "eu", e no que "eu sinto", e no "meu bem estar", no meu acolhimento e empoderamento, na minha validação quanto à espiritualidade feita sob medida para mim num mercado religioso de múltiplas opções em que o senhor é o meu arbítrio. A corrupção do culto de adoração ao Senhor se transformou numa epidemia crescente de deturpação do ministério da igreja, que em muitíssimos casos tem se prostituído com modelos pragmáticos de se praticar o hedonismo, o culto das pessoas por elas mesmas e das suas emoções na busca do seu próprio bem-estar projetadas num "deus" idealizado que reflita as suas perspectivas e que costuma ser chamado de Jesus, um homônimo vazio do verdadeiro. Eis um culto idólatra e pagão que enche facilmente igrejas em franca apostasia e que profanam cada vez mais o Evangelho e que quebram todos os mandamentos ao adorarem ideais e deuses inventados enquanto invocam o nome do Senhor em vão para tentarem validar suas egolatrias.

O verdadeiro culto a Deus é desprezado pela maioria das pessoas porque elas simplesmente odeiam a Deus. Todos nós já fomos mortos espirituais, inimigos de Deus e da sua santidade, e por isso nos refugiávamos nas nossas idolatrias como desdobramento do nosso pecado, da nossa rebelião. E esse é o padrão humano à parte de Cristo até que o Evangelho nos salve, antes de tudo, de nós mesmos.

Por isso, o passo fundamental que é requerido pelo Senhor Jesus daqueles que pretendem seguí-lo é a renúncia de si mesmos, é a auto-negação e não a auto-aceitação nem a auto-validação, pois conversão é olhar para Jesus e não mais olhar para si mesmo, é esvaziar-se de si para se preencher com Ele.

_____________________________________


Os pilares da igreja são a Palavra de Deus pregada, crida e praticada em fidelidade, somente.

O fundamento da igreja é a doutrina dos Apóstolos, é a obra de Cristo e os seus desdobramentos e não as obras da carne, as ingerências dos homens caídos.

Mas nos nossos tempos os oportunistas têm envenenado a muitos com suas ideias inovadoras, com seus relativismos e ideias do marketing, com conceitos pragmáticos do ambiente corporativo, com abordagens da psicologia, da pedagogia e tantas outras intromissões que não são doutrinas nem ordens do Rei da igreja ao seu povo.

Essa sanha pragmática por resultados produzidos por técnica, controle humano e tecnologias para tornar a igreja num negócio que se expande artificialmente é um câncer em metástase no contexto religioso-evangélico e que fomenta ideias humanistas, meramente terapêuticas e sensoriais, contextos em que a Palavra de Deus é tratada como um meio de se obter algum bem estar e o próprio Deus é reduzido a um mordomo dos homens, algo que Ele não é. 

Essa aberração anticristã tem prosperado inclusive no contexto reformado onde, em muitos casos, o culto de adoração a Deus tem sido desfigurado num espetáculo sensorial feito aos homens que perderam a consciência da glória do Cordeiro e que buscam se sentir bem numa espiritualidade que sirva aos seus hedonismos - e, obviamente, por detrás desse circo existe um comércio oportunista que se agiganta, pois esse fermento levedador da massa do que deveria ser a pureza do Evangelho é sempre a mesma e velha obra da carne que, por sedução do Diabo, corrompe as coisas que deveriam ser santas sem parecer que essa degeneração faz com que rebanhos inteiros apostatem da fé genuína enquanto estão entorpecidos com as fortes luzes artificiais que são embaladas por meias verdades, ou melhor, verdades torcidas a ponto de tornarem-se em mentiras.


Um contraste com os modismos, um modelo santo.