15/04/2024

A história do mundo corrompido é a história do embate de civilizações.


A proeminência do mal sempre será apenas provisória e parcial, com vitórias pontuais e danos reais mas passageiros ao longo do desenvolvimento da história.

Mas o final da era presente será marcado pelo triunfo do Senhor Jesus Cristo, que em sua primeira vinda cumpriu a função de servo sofredor como Cordeiro de Deus para ser entregue no holocausto da cruz, em contraste com a sua segunda vinda, a volta iminente do Senhor Jesus ressurreto, vitorioso e glorificado, que virá como Leão de Judá em poder e glória para acabar com o tempo presente, julgar o mundo, impor seu severo juízo sobre os réprobos e o seu Reino de justiça com os fiéis.

"...para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai."

(Filipenses, 2: 10, 11)

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A história do mundo corrompido é a história do embate de civilizações, de culturas e de povos com seus interesses, intercalados por tragédias de grandes dimensões que alteram todo o quadro e contribuem para a alternância dos poderes. 

Mas o poder maior e soberano que é exercido sobre tudo e todos é o do Senhor da história, em quem nós, os cristãos, descansamos.

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A história humana é uma história cíclica de alternância de poderes, do surgimento de impérios que dominam reinos mais fracos; de ascenção, glória e queda desses poderes que podem durar anos ou séculos, mas que são sempre transitórios; da sucessão de potências dominadoras de colônias, de vassalos que terão alguns rebeldes que lutarão por liberdade - na maioria das vezes sufocados, vencidos e suprimidos.

Nossa história nesse mundo caído, de caos e sem justiça verdadeira, é a história do opressor, do imperador, do tirano, do comunista, nazista, do multimilionário capitalista impondo suas ambições sobre terceiros, sobre vassalos, e alguns vassalos esperneiam, então a dor lhes é imposta, mas pode ser que alguns consigam justiça...

Os ventos sopram para tempos ruins. Depois da calmaria sempre vem a tempestade. Nunca houve tão duradouro tempo de relativa paz e prosperidade no mundo, mas o atual modelo está ruindo e temos uma massa humana como nunca houve para servir a um novo modelo de império que se aproxima.

Mas, a despeito do caos de um mundo caído, nossas consolações e esperanças residem no fato de que existe um Deus Soberano que é Todo-Poderoso e que jamais deixou de exercer seu domínio numa história que caminha para a glória completa do Senhor Jesus Cristo ao lado do seu povo.

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Israel como "relógio de Deus" na história?

É evidente que o Israel de Deus sempre foi a igreja, os eleitos de Deus que existem dentro e fora do povo judeu. Mas a aliança espiritual estabelecida em Abraão que apontava para a obra do Senhor Jesus coexiste com as promessas feitas à descendência carnal de Abraão.

Então sim, parece-me óbvio e evidente que Deus usou a história de Israel no passado e continua usando essa história de forma especial conforme apontam as Escrituras, especialmente no Antigo Testamento.

De fato, Deus não revoga seus dons e o que Ele decretou será feito.


Karl Barth, o teólogo mais influente do século 20, era um cristão em sintonia com a visão de retorno dos judeus a Sião, terra histórica do povo da Bíblia. De tradição reformada, via a soberania de Deus na história. Em contraste com vários teólogos de tradição sua tradição reformada, que tratam a rejeição de Israel suficiente para quebrar a aliança de Deus com Israel, Barth de fato cria que "o dom de Deus é irrevogável" e que a soberania divina domina a história a despeito das falhas humanas. Para o suíço Barth, que confrontou o nazismo e o liberalismo, a criação do Estado de Israel, em 1948, era uma ‘parábola secular’, um símbolo da ressurreição e do reino de Deus. Conforme Karl Barth, o retorno dos judeus em grandes contingentes para a terra deles, no século anterior, foi cumprimento de profecias bíblicas. Os profetas hebreus previram uma história de Deus com o povo judeu que chega até nossos dias. O teólogo cria que os ossos secos em Ezequiel que tornam à vida (Ez 37) são uma profecia da restauração de Israel a sua terra. Barth advertiu para o fato de que toda nação que se opusesse a Israel não prosperaria a longo prazo.” O grande teólogo sabia que o povo voltaria a Sião para de lá nunca ser mais desarraigado (Am 9). Isso não significa que Israel é perfeito ou que não pode ser desafiado, como qualquer outra nação. Mas, conforme Barth: "o povo escolhido, de um modo que não compreendemos, tem sobre si a mão de Deus, e, quando as nações deparam com ele, é com Deus que deparam.”

Luiz Sayão


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Sobre civilizações antigas.

Pode ser um engano a ideia de que a nossa civilização é a mais desenvolvida na história humana do ponto de vista científico. A história humana não é um contínuo linear, muitos registros se perderam junto com conhecimentos antigos por causa do embate de civilizações e toda sorte de tragédias. O incêndio da grande biblioteca de Alexandria é um exemplo dessas irreparáveis perdas.

O fato é que não conseguimos explicar como construções engenhosas antigas foram feitas, como encaixaram tão perfeitamente pedras brutas que parecem ter sido modeladas, como edificaram as grandes pirâmides e tantas outras façanhas que são tratadas como mitos. Mas, a despeito da falta de respostas convincentes para essas e outras perguntas, o fato é que muitos dos nossos ancestrais dominavam artes e ciências de modos que ainda desconhecemos.

















Veja também:

  • O Senhor da história e o caos aparente.
  • A soberania de Deus em tempos difíceis.