29/07/2023

Lideranças fiéis, frutos abençoados

 


A principal razão de a igreja institucionalizada estar passando por um declínio por todo o mundo é a sua secularização. 

Quer ver um exemplo de secularização praticado largamente nas igrejas e que é facilmente detectável? 

Quando o critério para a escolha de presbíteros, pastores ou bispos e de diáconos, por exemplo, é o seu status social ou o seu sucesso profissional. Nesse caso foi praticado o mais torpe dos critérios mundanos para o estabelecimento de uma liderança com qualidades meramente mundanas na igreja. Esse critério pode ser relevante numa empresa, mas não é útil para a igreja e só tem sido adotado em igrejas porque muitas delas passaram a se tratar sob o ponto de vista administrativo similar a uma empresa onde o pastor é uma espécie de executivo.

E se a liderança numa igreja não corresponde às exigências bíblicas, muito provavelmente quase tudo o que será empreendido nessa comunidade refletirá o que está no coração dessa liderança. Ou seja, não espere mais do que materialismo, inaptidão e irrelevância em tudo o que é feito nessa comunidade que cada vez mais ficará parecida com um clube, um bufê ou uma ONG terapêutica e ficará cada vez menos enquadrada nos parâmetros bíblicos de evangelização, discipulado e serviço - e isso é secularização, mundanismo, pecado!

Não é coincidência que tem ocorrido em grande escala os casos de crianças filhas de crentes, de Presbíteros e até de pastores que cresceram dentro das igrejas mas que ao alcançarem o início da vida adulta se desviam da fé. E sim, isso está diretamente relacionado com os modos mundanos de se ser igreja em que os pais deixam de ser inculcadores da Lei do Senhor nos seus filhos e terceirizam a educação deles a quem nunca recebeu tal ordem, direito nem vocação da parte de Deus, tanto quanto é resultado do trabalho de líderes que proporcionam um vasto leque de ensinos e de abordagens diversas que ocupam o lugar do indispensável ensino de DOUTRINAS BÍBLICAS aos crentes. E o triste fato de haver um grande número de fracassos na missão de fazer dos filhos dos crentes os seus primeiros discípulos, isso deveria nos fazer parar imediatamente com os modos como temos trabalhado para fazer uma necessária revisão no que temos feito a fim de consertarmos essas coisas. O mau fruto de filhos apóstatas ou inconvertidos não faz parte das promessas de Deus, então isso só pode estar acontecendo quando se está laborando no erro e na infidelidade, porque a boa semeadura sempre resultará na colheita de bons frutos.

Leia sobre isso aqui:

http://atitudeprotestante.blogspot.com/2023/05/deus-de-pacto-de-alianca.html?m=1

Confira as qualificações necessárias para o estabelecimento de presbíteros (bispos, pastores) nas igrejas, de acordo com o ensino do Apóstolo Paulo em 1 Timóteo capítulo 3 (e também Tito 1)

"Esta palavra é digna de crédito: Se alguém almeja ser bispo, deseja algo excelente.

É necessário que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, equilibrado, tenha domínio próprio, seja respeitável, hospitaleiro, apto para ensinar;

não dado ao vinho nem à violência, mas amável, inimigo de discórdias, não ganancioso.

Deve governar bem a própria casa, mantendo os filhos em sujeição, com todo o respeito

(pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?);

não deve ser novo na fé, para que não se torne orgulhoso e venha a cair na condenação do Diabo.

Também é necessário que tenha bom testemunho dos de fora, para que não seja envergonhado nem caia na armadilha do Diabo."

Observando o texto...

É feita alguma menção a dinheiro, status, ou ser bem-sucedido como requisitos para um líder cristão? Não! 

O que é exigido? Que o líder seja um homem (cristão) irrepreensível. 

E onde se comprova que alguém é irrepreensível e, portanto, é apto para o cumprimento desse papel? 

Especialmente na maneira como esse homem vive fielmente com a esposa, educa os seus filhos e conduz o seu lar. No seu modo equilibrado de viver caracterizado pelo domínio próprio, pela ausência de vícios e pela sua capacidade de ajudar, de servir e de compartilhar a sua fé ensinando as verdades de Deus para as outras pessoas. Na sua capacidade de ser um pacificador e reconciliador (uma característica fundamental para quem será reconhecido como um líder, alguém que lidará com pessoas, umas diferentes das outras). Na sua fé experiente e bem vivida que faz com que o seu bom caráter seja testemunhado por quem o conhece.