26/09/2013

EVIDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DO FIM

"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar." (Mateus 24:35)


O aquecimento global parece ser um fato. Junte a isso a superpopulação humana crescente e o colapso iminente do sistema energético que não apenas abalará a sociedade moderna como também toda a economia mundial.

Adicione o fato de que o topo da pirâmide social é ocupado por poucas pessoas que manipulam a economia e o cenário político mundial num jogo de interesses onde as pessoas são apenas consumidores ou massa de manobra, variando de úteis a descartáveis. Tanto a economia como a política são jogos de interesses e interesses mudam conforme as necessidades mudam. E as necessidades estão mudando, e rápido!





(Cientista faz uso de analogia e da matemática para explicar um possível colapso da nossa civilização em pouquíssimo tempo.)

Mas nós estamos muito entorpecidos com nossos gadjets, nossos profetas são programadores de futilidades e nossos ídolos apenas promovem sensações e não têm nada a dizer, mas mesmo assim ocupam completamente nossas atenções a ponto de não percebermos os sinais de alerta de um mundo que agoniza espiritual e fisicamente.

Junte também a crescente desmoralização humana e o culto a si mesmo em torno de conceitos subjetivos que desprezam qualquer verdade e onde, supõem, Deus não é necessário. Necessário, dizem, é o bem-estar humano, não importando sua condição moral.

Dessa somatória, o que se pode esperar é um aumento alarmante de doenças, de fome, de guerras, de instabilidades sociais, de desesperos e de apegos a qualquer tipo de esperança imediatista.

O mundo será tomado por lobos devoradores e é nisso que seremos pressionados a nos transformar. O amor dará lugar à necessidade, as mãos serão estendidas não para fortalecer o enfraquecido, mas para tomar o pouco que ele ainda tem porque o alimento, o remédio, o dinheiro, tudo será escasso. A consciência dará lugar ao entorpecimento para não ceder à loucura porque a dor e o lamento calarão quase todas as canções e esperanças com que hoje nos entretemos.

E essas coisas, previstas em linhas gerais há muito tempo por aquele que é o Senhor da história, são apenas "o princípio das dores", evidências de um fim iminente dessa nossa história humana.
(Mateus cap. 24)


"Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens." 

(Salmos 115:16)


E então, o que nós fazemos com a terra que nos foi confiada?



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As revelações bíblicas sobre os tempos 

Uma abordagem equilibrada.




É preciso considerarmos as ponderações a seguir sobre os métodos de interpretação de textos profético-alegóricos (estilo literário judaico denominado apocalíptica) a que pertencem trechos do livro de Daniel e o Apocalipse de João, antes de acatarmos qualquer tipo de interpretação desses difíceis textos.

As Escrituras (a Bíblia toda) realmente são a Palavra de Deus e constituem a Verdade que o próprio Senhor Jesus é em pessoa, pois Ele mesmo é o Verbo de Deus que criou todas as coisas e apresentou-se como sendo o caminho a verdade e a vida. Disso, não tenhamos dúvidas (Jo. 1.1; 14. 6).

Além de constituírem a verdade, as Escrituras revelam os planos de Deus para todo o Universo, indo além dos esclarecimentos sobre o plano divino para a humanidade (e para exemplificar isso, Isaías fala sobre um novo céu e uma nova terra; Jesus diz que passarão os céus e a terra, mas suas palavras não passarão, etc - Is.65.17; Mt. 24. 35), mas muitas dessas evidências bíblicas - as que estão especialmente relatadas em Daniel e em Apocalipse - para o cumprimento de certas "etapas" dos decretos de Deus para a história do Universo devem ser interpretadas com muito zelo, além da realidade de que muitas coisas ditas nas Escrituras – e especialmente nos textos da apocalíptica – são utilizadas linguagens e metáforas que estão fora da nossa momentânea capacidade de interpretar por estarem situadas num tempo na história muito específico, sendo na maior parte dos casos, no momento histórico em que foram escritos - e que foram escritos para confortar as comunidades da fé de seu tempo em épocas de perseguição e de dificuldades num tipo de linguagem que estas comunidades entenderiam (Daniel para Israel em tempos de exílio e Apocalipse para a Igreja em tempos de severa perseguição no 1° - 2° século).

Dito isto, quero fazer algumas observações à “estudos” desenvolvidos com a finalidade de decifrar os tempos prescritos especialmente em textos da apocalíptica, textos esses que são de fato difíceis de compreender, tais como são os textos inspirados de Daniel e de Apocalipse. Esses textos são constantemente deturpados e reinterpretados conforme os delírios de quem costuma fazer associações deslocadas de contexto do texto bíblico com eventos do seu tempo. Assim, tenho visto ultimamente releituras de textos da apocalíptica em personalidades contemporâneas como o presidente americano, a guerra do Iraque, a queda das Torres Gêmeas, a Aids, etc, como se a Bíblia falasse especificamente de tais coisas como sendo cumprimentos específicos de profecias. Certamente, tais coisas estão inseridas no plano divino e portanto, estão no contexto da revelação, mas os textos não se referem especificamente a elas e é sobre isso que quero discorrer aqui a fim de que sejam evitados erros que a verdadeira Igreja de Cristo não deve cometer com idéias fantasiosas e fanatismos irracionais.

Reconheço que Daniel e que Apocalipse abarcam o plano divino para toda a história e todo o universo, mas esse plano está em andamento desde a sua criação e seu ponto central ocorreu na chamada plenitude dos tempos (Gl. 4. 4), que ocorreu quando Deus nos enviou Jesus. Esse foi o momento "clímax" da história para o qual toda a Escritura aponta, Deus proveu o cordeiro para reestabelecer a ordem de um Universo desestruturado pelo pecado. O ponto central de toda a Escritura é a vinda de Jesus ao mundo e é a partir daí que todo o resto das Escrituras devem ser interpretados. Devemos lê-las como Jesus a leu.

É perigoso tentarmos transferir exatamente para o nosso tempo certos cumprimentos bíblicos como se nós fôssemos "a geração onde se cumprirão..." É certo que temos muitas evidências à nossa volta de que a Bíblia está se cumprindo: apostasia, esfriamento da fé e do amor, ciência se multiplicando, desastres, guerras, doenças, etc; MAS atentemos bem que essas coisas sempre aconteceram ao longo da história! Sempre houveram guerras, tiranos, falsas religiões, tragédias, doenças, etc.


Um vídeo retirado da internet parodiando o costume de diversos grupos cristãos norte-americanos de sempre relacionarem calamidades ao juízo divino de acordo com suas crenças (equivocadas).http://www.youtube.com/watch?v=U3yxvPxd48Y

No chamado “Sermão profético” de Mateus 24, Jesus nos adverte sobre os sinais que precederiam sua vinda. A 1ª parte (vs. 6 a 8) fala do “princípio das dores” (as evidências acima) que já estavam e que continuariam acontecendo como sinais dessa desordem universal decorrente do pecado, que evidenciam a ruína não somente da humanidade, mas também de toda a criação, que será, em breve, refeita (novos céus e nova terra). A 2ª parte (vs. 9 a 14) fala de sinais específicos para que os crentes em Cristo estejam advertidos e acautelados, pois sua Igreja passaria a ter um papel central no andamento da história estabelecida pela soberania divina e isso, não começou agora, está em andamento desde sua fundação com o ministério terreno do Senhor (apostasia, manifestação do Anticristo e evangelização mundial). Já a 3ª parte (vs. 15 a 22) os sinais preditos por Cristo são mais imediatos (Mt. 24. 34), ou seja, cumpriram-se na destruição de Jerusalém em 70 d.C por Roma e a fuga dos remanescentes judeus por todo o mundo (diáspora) e especialmente para um centro de resistência judaico (Jâmnia), sendo que esta “parte” pode prefigurar uma “grande tribulação futura”. Assim, Jesus nos adverte a compreender a história sob a ótica da sua palavra e a praticarmos. Fazendo assim, nos manteremos fiéis e preparados para a vida dentro dos propósitos do Todo-Poderoso. Vigilância é, simplesmente, viver de acordo com o ensino de Cristo, praticando o que Ele ensinou, servindo-o, evangelizando, discipulando, cultuando, etc. A prática do cristianismo puro e simples, por si só, já é vigilância.

Alguns detalhes que devem receber nossa especial atenção é a ênfase dada por Cristo na sua volta de forma indiscutível, com data incerta (Mt. 24. 36, 42, 44), mas de forma que seja reconhecida por todos (vs. 23, 27, 30), como um raio que se mostra do ocidente ao oriente. Antes disso acontecerão alguns sinais como a manifestação de mentirosos da religião (falsos cristos e anticristos – vs. 11, 23, 24), que acarretaria em apostasia e na manifestação do Anticristo. Outra importante evidência é o trabalho progressivo da Igreja que acarretaria na evangelização mundial.

Pensemos um pouco nesses sinais (1 – Apostasia e 2 – Anticristo):

1 – Apostasia – esse é um termo que diz respeito ao desvio da fé cristã e isso pode acontecer de algumas formas distintas:

A) pode-se simplesmente abandonar a fé cristã (isso só pode acontecer com alguém que já professou sua fé em Cristo), buscando um tipo de vida baseado em qualquer outra coisa que não no Evangelho de Cristo (outra religião, ideologia, ateísmo, etc) e esse desviar-se é apostasia (apostatar da fé), e alguns exemplos disso são os países europeus, berços da Reforma Protestante que atualmente desprezam o cristianismo e vivem o “pós-cristianismo” ou os países do Oriente Médio que abandonaram o Evangelho ainda no 6° século com o surgimento do Islamismo – vemos portanto que este não é um mal exclusivo do “nosso tempo”;
B) pode-se deturpar ou corromper a verdade da fé cristã, com a propagação de idéias ou doutrinas diferentes daquelas que a Bíblia prega, ainda que para isso, se faça uso (ou melhor, o mau uso) da própria Bíblia e do nome de Cristo. Cria-se aí um outro tipo de cristianismo, idealizando-se outros “Cristos” que são diferentes do verdadeiro (Mt. 24. 24). Uns bons exemplos disso podem ser facilmente encontrados no atual cenário evangélico brasileiro ou na igreja Católica Romana.

Sobre a apostasia, esse sinal não é visto apenas em nosso tempo, mas pode ser facilmente notado durante toda a história de Igreja, e uns exemplos antigos disso podem ser observados no gnosticismo combatido por João e Paulo, no mundanismo e misticismo em Corinto, na própria igreja Romana, etc e muitos dos apóstatas que são hoje observados são frutos da dedicação da tentativa de decifrar os sinais dos tempos! Fica aqui um alerta para nós diante de estudos sensacionalistas: tanto as Testemunhas de jeová (Russelitas – Russel), como os Mórmons (Joseph Smith) e os Adventistas do 7° dia (Ellen G. White) entre outros (Jim Jones, Igreja da unificação - rev. Moon, Meninos de Deus, etc) são resultados de líderes “visionários” que “decifraram” os textos de Daniel e de Apocalipse conforme algum espírito os iluminou para interpretarem os tempos e textos bíblicos hereticamente. (2 Co. 11. 14; Gl. 1. 8 – o engano pode vir do “mundo espiritual” com aparência de boas-intenções).

2 – Anticristo – esse é um sinal que refere-se à pessoa (ou pessoas) que encarnam o espírito do anticristo, que está atuando no mundo desde os tempos apostólicos e cuja função é combater o avanço da igreja em seu trabalho evangelizador e discipulador pelo mundo. Para isso, são estabelecidas ideologias contrárias ao espírito bíblico, religiões e regimes políticos que visam coibir a propagação da verdade de Cristo ou a subversão da verdadeira mensagem. Por isso, qualquer um que se posiciona nesse espírito contrário às Escrituras pode ser categoricamente qualificado como um anticristo (anticristo – aquele que se posiciona contra Cristo, um inimigo seu – às vezes “bem-intencionado”).

Sobre o Anticristo, esta figura pode se manifestar de 2 formas distintas:

A) anticristos – agentes que ao longo da história encarnam o espírito de oposição à Cristo, perseguindo sua Igreja (1 Jo. 2. 18) e já foram assim qualificados o imperador romano Nero, alguns Papas, Hitler, o islamismo, regimes políticos, a própria Reforma Protestante (considerada assim pelos católicos), etc.
B) O Anticristo – a pessoa ou o regime político-religioso que em certo momento da história poderá encabeçar a “paz” mundial ao preço da intolerância ao verdadeiro cristianismo. Tal “regime” já vem sendo consolidado ao longo da história. Na verdade, o sistema mundano já era reconhecidamente mau desde os tempos apostólicos (1 Jo. 5. 19) e a história é simplesmente o desenvolvimento do que foi semeado no passado: a inimizade do pecado resultante na progressão da malignidade com conseqüências de morte e de destruição, ou a reconciliação salvadora de Cristo, resultante em vida abundante.

Ditas essas coisas, precisamos separar o joio do trigo:

Vigilância é simplesmente praticar as verdades bíblicas: vida piedosa, relacionamento com Deus e com a Igreja, prática espiritual (oração, aprendizado bíblico, culto), serviço cristão, prática do amor e busca pelo Reino de Deus e sua justiça – daí deriva-se a incompatibilidade com a injustiça e o papel profético da Igreja como denunciadora do pecado e da redenção em Cristo.

Coisas que NÃO ESTAMOS AUTORIZADOS A FAZER, e que eu me sinto no DEVER de corrigir:

Subverter os textos bíblicos, aplicando interpretações fantasiosas e sensacionalistas às coisas que nos rodeiam como a comparação às Torres Gêmeas à chifres de determinadas profecias, afirmando coisas como o presidente americano ser o chifre menor (...), interpretações baseadas em deduções de números, fórmulas “bíblicas”, interpretações de códigos escondidos, de segredos e mistérios, apegos e decifrações de nomes, de lugares, etc.

Deve-se reconhecer que o sistema mundano é subvertido e inimigo de Deus, e que neste sistema, o “líder” da vez é os EUA, mas que essa liderança tem sido rotativa ao longo da história dos sucessivos, decadentes e presunçosos impérios mundanos. Os EUA centralizam o atual espírito mundano (capitalista, consumista, materialista), e este espírito é suscetível à outro modelo que possivelmente pode se levantar como um novo modelo predominante, mas que continuará a ser contrário ao Espírito das Escrituras. Assim, os EUA não estão sozinhos nesse sistema mundano de inimizade contra Deus, não se trata de uma luta de forças políticas, de um embate de Nações que representam as forças das trevas contra outras que representam as forças do bem, isso é tolice. Trata-se do embate da força do Evangelho, da Graça de Cristo em iluminar uma criação e uma humanidade que insiste nas trevas do pecado e na inimizade contra Deus. Deve-se tomar o cuidado de não cairmos na tolice de sermos fantasiosos, sensacionalistas, imaturos, empolgados, dados à fantasias, levados à especulações que nos tiram daquilo que realmente devemos enfatizar.

Estudos que fazem associações fantasiosas como as mencionadas, se não forem devidamente corrigidos, são prejudiciais à saúde espiritual da Igreja, pois não estão comprometidos com a sujeição à verdade bíblica, pois interpretam os textos que realmente são difíceis de uma forma altamente questionável e irresponsável.

Tentativas de decifrar os tempos interpretando os textos bíblicos em personalidades ou em eventos marcantes são iguais em teor àqueles desenvolvidos pelos Adventistas do 7° dia, pelas Testemunhas de jeová, pelo rev. Moom, pelo “movimento apostólico” atual e outros tantos que, no afã de decifrar os tempos levaram milhões à alienação religiosa e precisaram ser diversas vezes refeitos quando, no discorrer da história, ficaram comprovados os erros, ou seja, suas predições não aconteceram como disseram. O pior é que esses movimentos prosperaram e atualmente e desvios como os ensinados pelas “Testemunhas de jeová” (o nome está em minúsculo de propósito, pois inventaram outro jeová e esse não é Deus) crescem vertiginosamente em número ao redor do mundo, utilizando-se de um apelo de cumprimentos de profecias subvertidas.

Um estudo sério das Escrituras nos levará a concluir que a nossa esperança deve ser o retorno visível e glorioso do nosso Rei Jesus e que nossa vigilância é feita enquanto o servimos ao aprendemos e praticamos o que a Bíblia realmente quer daqueles que são os filhos de Deus, a verdadeira Igreja. Atribuir interpretações loucas aos tempos e às pessoas podem nos levar a ter de prestar contas por isso, por mau testemunho, calúnia e desvio do caminho.

Aos fiéis, quando os sinais acontecerem, estes os reconhecerão e com sabedoria saberão agir, nunca com sensacionalismos, mas com a retidão de quem está andando no caminho.

Não dêem ouvido a tudo o que ouvirem, os discípulos reconhecem a voz de seu Pastor e ela está registrada, com sabedoria, nas Escrituras.

A verdade não deve ser um segredo! A Bíblia nos exorta a pregarmos em tempo e fora de tempo, a toda criatura, em altas vozes (Mc. 16. 15; 2 Tm. 4. 2; Is. 58. 1).

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